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- Sra e Sra Kim Capítulo 9
julho 26, 2013
Fanfic Sra e Sra Kim
Escrita por ByunBiia
[+18]
Notas da Autora: Oii pessoas liiindas!!! *--* Então, é... desculpa ter demorado é que eu estava com um bloqueio mental enorme e também com muita preguiça hehe''. É só isso (eu acho), qualquer erro ae é só avisar. ^-^
Tiffany
pov
Olhem
só para isto... Ela está sorrindo amplamente pra mim como se nada tivesse
errado. Á minutos atrás estava apreensiva, até me abraçou – como há tempos não
fazia – e agora está com o sorriso convencido de volta na cara!
Sentada
do outro lado da mesa, exatamente como vinha fazendo todas as noites por cinco
longos anos. Os mesmos gestos, as mesmas palavras, o mesmo maldito sorriso.
Sempre sorrindo. Sorrindo para mim. Sorrindo para tudo o que eu dizia. Sem
jamais enxergar o que quer que fosse. E mentindo deslavadamente durante todo
esse tempo.
“Como foi
em Atlanta, querida?”
“Tudo
bem, fora uns probleminhas com uns números. Blá, blá, blá. Acontece, meu amor,
que eu não estava em Atlanta. Estava numa festa de um mafioso, tentando
explodir os seus miolos com uma semi-automatica!”
Por um
instante fiquei ali, observando-a repetir o mesmo teatro de sempre. Será que
pensava em mim quando não estava em casa? Será que riu da mulherzinha ridícula
e impotente quando dava em cima do velho safado? Será que fazia piadas com o
meu nome quando se jogava nos braços de uma agente qualquer, provavelmente
uma garotinha, nas noitadas pós-missão cumprida?
Era por
isso, então, que virava para o lado e dormia feito pedra sempre que passava as
noites comigo. Não que lhe faltasse apetite. Mas gastava cada gota de sua
energia vivendo aquela emocionante vida dupla. Cachorra! Agora vinha para o meu
lado como se fosse uma esposa dedicada, pronto para me servir mais uma taça de
vinho. De repente, meu coração parou. Não gostei nada daquele brilho em seu
olhar. A questão era a seguinte: será que Taeyeon sabia que era eu, sua
mulher, quando descarregou um pente de pistola na minha cara? E agora estava
ali para terminar o serviço?
Talvez
não soubesse. Nem soubesse que eu sabia. E no final das contas quisesse
apenas me servir um pouco de vinho. Ou talvez estivesse cansada da mulher
enfadonha e quisesse dar cabo dela apenas para fugir com alguma agentezinha
ordinária chamada Sunshine! Ela vinha na minha direção, casualmente carregando
a garrafa na palma da mão, olhos sempre pregados nos meus. Aquela garrafa me
deixou tensa. Se quisesse, Taeyeon não teria a menor dificuldade para
espatifá-la no meu crânio.
Meus
olhos procuraram a faca mais próxima. Prendi a respiração, cruzei as pernas,
levantei minha taça. Quando ela se abaixou para me servir — ou matar —, percebi
que ela parecia surpresa.
Meu
vestido havia subido um pouco nas pernas, revelando meu joelho enfaixado e os
hematomas adquiridos na queda da janela.
Ela
deixou a garrafa escorregar de sua mão.
Num
gesto rápido, estiquei o braço e peguei a garrafa em pleno voo. Uma manobra
brilhante. Reflexos excelentes. Reflexos incomuns para uma dona-de-casa.
Que
estupidez, a minha.
Taeyeon
lentamente abriu um sorriso, o meu sorriso predileto. Nosso olhar se cruzou
outra vez. Ela sabia. E sabia que eu sabia. E agora eu sabia que ela sabia
que eu sabia. Isso mesmo. De repente nos transformamos num casal que sabia
demais.
Deixei
a garrafa cair.
Vendo-a
cair — aparentemente em câmera lenta — em direção ao nosso tapete perfeitamente
branco, fui surpreendida por certas lembranças...
Nosso
encontro em Bogotá. Taeyeon sempre envolvida nas coisas. Nunca lhe perguntei o
que estava fazendo por lá, nem por que saía em horários tão estranhos para
trabalhar. Só me interessavam àquelas horas abençoadas em que ela estava livre
para passar em minha cama. Quando não estava fazendo amor com ela, cuidava das
missões que me haviam levado até lá. Quatro assassinatos em apenas uma semana.
E ela? Decerto fazia exatamente o mesmo.
Ela
vinha mentindo para mim desde o início.
Com
um barulho surdo, a garrafa se esborrachou no chão, espalhando vinho para
todos os lados e cobrindo nosso tapete perfeito com uma terrível mancha
vermelho-sangue.
Taeyeon
pov
Nos
encaramos pelo que pareceu uma eternidade, eu levantei e ficamos nessa guerra
de olhares. Acusações silenciosas, a culpa e o medo do que viria. Tudo transmitido
pelo olhar.
—
Vou buscar uma toalha — ela disse.
—
Deixa que eu busco — eu disse. Uma desculpa. Nós duas precisávamos fugir.
Saímos
dessa batalha visual e eu corri até o escritório e fechando a porta, arfando
como se tivesse corrido uma maratona, a mente funcionando a mil por hora.
Minha cabeça girava, minha respiração falhava e meu coração doía. Numa única
noite, num único instante, o mundo inteiro havia desabado junto com aquela
garrafa de vinho. Nenhuma palavra dita. Nenhuma bala disparada. Mas nossos
olhos haviam confessado tudo.
Ela
sabia, eu sabia. Não havia caminho de volta.
Olhando
nos olhos de Tiffany enquanto o vinho se derramava, tive um pequenoflashback. Recordações
de Bogotá. Não tinha perguntado a ela o que fazia ali. Não tinha estranhado a
facilidade com que tinha caído na minha cama. Apenas havia ficado feliz, muito
feliz, por tê-la ao meu lado. E entre um encontro e outro, quando eu dava um
jeito de escapulir para cuidar das minhas missões — quatro assassinatos numa
única semana — ela escapulia para fazer a mesma coisa.
Ela
vinha mentindo para mim desde o início.
Já
havia tentado me matar antes. Agora que estava ciente de que eu sabia de tudo,
não tinha outra coisa a fazer senão me eliminar. Ouvi um barulho de motor
ligando. Colei o ouvido contra a porta, mas não ouvi nada. Fui até a
escrivaninha e abri um compartimento secreto dentro de uma das gavetas. Uma
arma, um pente de balas e um silenciador. Três movimentos rápidos, e as partes
se encaixaram. Escutei o barulho de novo parecia... engoli o nó na garganta,
parecia... Uma serra elétrica.
Minhas
pernas ficaram bambas, apertei com força a arma contra o peito e fui checar o
que era. Na minha cabeça a imagem de Tiffany gargalhando como uma louca
correndo pra cima de mim com uma serra elétrica tirava toda minha coragem - que
ela nunca saiba – mas eu estava morrendo de medo.
Olhei
pela porta e vi por cima da cerca o senhor Lee serrando madeira, suspirei
aliviada. Em seguida escutei a porta bater. A arma escondida nas costas,
respirei fundo e saí para o corredor. Varri com os olhos a sala de jantar. As
chamas das velas cintilavam de maneira estranha. Como se Tiffany tivesse
acabado de passar correndo por elas.
—
Pany? — chamei. — Amor...? - Nenhuma resposta. Talvez já não respondesse por
esse nome.
Então
ouvi um barulho do lado de fora. Imediatamente olhei pelas Janelas. A porta da
garagem estava se abrindo. O carro... Ela estava fugindo de carro! Rapidamente
atravessei a sala, saí pela porta da frente, cruzei o jardim e cheguei à
garagem a tempo de vê-la engatar a ré para sair. Joguei-me no caminho,
impedindo que ela continuasse.
—
Pare o carro, Tippany!
Não
parou. Em vez disso, pisou fundo no acelerador, jogou a traseira do nosso
lindo Mercedes station-wagon contra a mureta externa e seguiu
em disparada sobre a grama do jardim. Sabia que não poderia alcançá-la
simplesmente correndo atrás do carro. Avistei a bicicleta da filha do senhor
Lee, peguei-a e disparei atrás do carro pedalando feito uma louca. Me sentia
uma idiota correndo pelas ruas em uma bicicleta de criança, cor de rosa, com
uma cesta de coraçãozinho na frente. Graças a Deus estava de noite. Avistei o carro
virando a esquina, segui-o a todo vapor. Do nada surgiu um cachorro encapetado
e começou a me perseguir. Era a maldita cachorra dos Park. Eu xinguei e berrei
tentando afasta-lo, mas a criatura não se intimidava. Ela tentou pegar minha
perna e eu consegui acertar um chute nela. Ele saiu rolando e foi parar no meio
dos arbustos.
—
Toma essa cadela maldita! — berrei.
Voltei
a me focar no carro e meus olhos se cruzaram com os de Tiffany. A expressão no
olhar dela teria incendiado até mesmo um boneco de neve, Oh não. Ela estava
achando que eu xinguei ela. Com um sorriso de lado ela freou bruscamente. Eu
não. Meus olhos se arregalaram e eu só tive tempo de soltar o guidão enquanto
voava por cima do carro. Cai como um jaca um pouco a frente do carro. Senti uma
dor terrível nas costas, tossi tentando limpar minha garganta. Eu me virei
ficando com as costas no chão. Senti a dor se tornar insuportável. Tentei me
levantar, mas meu braço ficou sem força. Tentei de novo e acabei caindo pra
trás. Enquanto caia senti um impulso no braço e ouvi um barulho baixo, mas
muito familiar.
Bum! Com o impacto, acidentalmente disparei minha arma.
—
Merda!
As
balas são assim: não há como chamá-las de volta. De certa forma, são como o
sexo. Quando aquele martelo bate e diz "é agora", pronto, a merda já
foi feita. E, tanto num caso como no outro, "acidentalmente" nunca é
uma coisa boa.
Mas
há algo ainda pior do que acidentalmente disparar uma arma. É quando a bala
escolhe — entre uma infinidade de alvos possíveis — acertar o para-brisa do
carro da sua mulher. Cara, se Tiffany já não estivesse morta... decerto viria
atrás de mim. Eu estava fodida!
Tiffany
pov
Talvez
Taeyeon quisesse continuar em casa e brincar de polícia e ladrão. Caubói e
índio. Espião x espião. Mas eu já estava farta de jogar. E não ficaria naquela
casa nem por mais um segundo. Então fugi.
—
Cinco anos... — sussurrei, enquanto atabalhoadamente tirava o carro da garagem.
— Cinco anos...
Saí
cantando pneus pela rua e dobrei uma esquina. De repente entrou no meu campo de
visão Taeyeon, dirigindo uma bicicleta cor-de-rosa e xingando feito louca.
Seria cômico se não fosse trágico.
Ela
berrou um insulto qualquer, que não pude entender, só escutei o final. “Cadela
maldita.”Como ela ousa! Respondi com um olhar de poucos amigos. Senti um
sorriso maroto tomar conta de meus lábios. Ela ia pagar caro por essa ousadia.
Freei o carro, e com prazer assisti ela voar sobre o carro e cai no chão. Senti
um aperto no peito ao vê-la imóvel. Logo ela começou a se mover. Eu ri quando
ela caiu pela segunda vez, mas meu riso morreu com o barulho do disparo.
Uma
bala atravessou o para-brisa do meu carro!
Mal
pude acreditar. A filha da mãe estava tentando me matar!
Instintivamente
fechei os olhos já preparada para o impacto. Precisei de alguns segundos para
constatar que a bala havia passado raspando pela minha cabeça. Suspirando de
alívio, olhei através do furo no para-brisa, e lá estava ela, toda suja, toda
fora do eixo, linda como sempre. Assassina cruel. Nas horas vagas, minha
esposa.
—
Vadia! — gritei.
—
Calma, amor, muita calma! — ela berrou, correndo como uma louca na minha
direção e acenando com a arma. — Não tive a intenção de...
Mas
eu estava furiosa demais para raciocinar. Sabia apenas que não queria mais
ouvir suas mentiras. Pisei fundo.
–
Isso mesmo! — Taeyeon gritou. — Libere a raiva! - Mas depois percebeu que eu
não estava brincando. - Tippany! — berrou. — Pare esse carro!
—
Sinto muito, querida — murmurei para mim mesma. — Você não diz mais o que eu
devo ou não devo fazer.
Uma
das muitas coisas que Taeyeon não sabia a meu respeito era o fato de que, ao
longo dos anos, eu já havia passado por toda espécie de desafio e jamais havia
perdido. Muitos grandalhões poderiam atestar minha coragem se já não estivessem
debaixo da terra.
No
último segundo, ela saltou sobre o capo e depois, para cima do teto. Dei uma
olhadela para trás para ver onde ela havia caído. Tudo bem, para ver se ainda
estava viva. Tomara que tenha desfigurado aquele rosto lindo. Mas nenhum sinal
dela.
O
que não poderia significar outra coisa a não ser... Ela ainda estava no teto!
Meio
segundo depois, uma das janelas de trás explodiu com um tiro, e Taeyeon se
jogou no banco coberta de estilhaços. Ela era boa, devo admitir.
—
Tippany, escuta... — ela começou a dizer, inclinando-se sobre
o banco da frente.
Mas
eu não gostava de ficar atrás. Ela fez a entrada triunfal, então eu iria fazer
a saída: abri a porta do carro e pulei fora, rolando no asfalto até subir num
gramado macio.
Cara
TaeTae — eu gostaria de ter dito depois de pular
— adeus. Nosso casamento acabou. Pode ficar com
o carro.
Mas
ela não teria ouvido. Berrava alto demais.
Taeyeon
pov
Caraca!
Ela pulou
do carro... E eu estou aqui, igual uma idiota, no banco de trás!
Não
restava dúvida. Ela ainda não havia perdoado o tiro acidental!
Olhei
pela janela e á vi, já de pé, limpando a sujeira da roupa como se nada tivesse
acontecido. E senti o carro bater no meio-fio.
—
Tippany! — berrei, os pneus já fora do chão. — A gente precisa conversaaaaar!
Não
sei como, mas naquela mesma noite fui bater — suja, toda machucada, mas sem
nenhum osso quebrado — na porta da Sunny. Fisicamente eu estava bem. Mas o
coração e a mente nem tanto. O primeiro acabara de levar uma surra e a segunda
estava prestes a explodir.
Sunny
abriu uma brecha e espiou para fora. Depois escancarou a porta, dizendo:
–
Que diabos aconteceu com você? - Mancando, atravessei a soleira.
—
Minha mulher.
Tiffany
pov
Sem
saber para onde ir, tomei a direção da minha segunda casa, o escritório. Ao
clicar meu andar, como de praxe o computador me reconheceu. “Tiffany Kim” com
um suspiro cansado eu corrigi.
-
É Hwang! Não Kim. Hwang...
Era
tarde, mas Sooyoung ainda estava lá. Olhou para mim e, sem hesitar, buscou uma
cadeira confortável para que eu pudesse sentar. Respirei fundo e contei a ela
as novidades.
—
Oh... Como é que é?
Respondi
com uma cara de reprovação, pois já não tinha sido fácil cuspir as palavras da
primeira vez. Além do mais, ela havia compreendido muito bem toda a história e
não precisava ouvir tudo de novo.
—
A agente que tínhamos ordem para matar, a mulher que tentou me matar, era um
elemento conhecido. Quer dizer, relativamente conhecido: minha esposa.
—
Mas tudo isso é louco! — disse Sooyoung, puxando uma cadeira onde pudesse se
jogar. — Uma chance em um milhão... — Ela balançou a cabeça. — Mas poderia ser
pior, Tiffany.
As
farpas que meus olhos lançaram na direção dela poderiam ter derrubado um touro
no chão.
—
É mesmo?
Sooyoung
encolheu os ombros de um jeito engraçado, e eu teria rido fossem outras as
circunstâncias. Minha vida sempre foi fora do comum, sempre. Mas era um fora do
comum controlável, então Taeyeon entrou na minha vida e complicou tudo. Fez com
que eu sentisse coisas que jamais havia imaginado poder sentir por alguém. Fez
com que eu desejasse uma vida sabidamente impossível. No calor da hora, eu
havia deixado que a excitação e o perigo de Bogotá me turvassem a razão;
deixado que o inimigo capturasse a última coisa que eu gostaria de um dia ver
capturada.
Meu
coração.
Sooyoung
havia me alertado, mas não lhe dei ouvidos. Felizmente minha melhor amiga era
uma profissional casca-grossa dos serviços de inteligência e tinha muito mais a
oferecer que um lenço e um copo de água com açúcar.
—
Tudo bem — ela disse. — A situação é um pouco esquisita. Mas, pensando bem,
todos os casamentos deveriam vir com uma data de validade. — A julgar pela
expressão no olhar, ela já tinha visto aquele filme antes. Um filme nada
agradável de se ver. Comecei a brincar com minha aliança de casamento.
—
Olha — ela continuou — isso tudo tem um lado positivo... Você não a ama.
Precisa matá-la. Ora, ninguém faz isso melhor que você!
Fiquei
calada. Podia sentir Sooyoung olhando fixamente para mim, tentando ler meus
pensamentos.
—
Espera aí — ela disse. — Não vá me dizer que você ainda ama a vadia...
Depois de
perceber o olhar severo em meu rosto, ela saiu da sala por iniciativa própria.
Era uma agente calejada e sabia como evitar o fogo amigo. Ah, paciência... Eu
me desculparia depois; por ora, estava contente por ficar sozinha. Fui até o
frigobar do escritório e busquei um copo com gelo e uma garrafa de scotch.
Servi a
bebida como se fosse Coca-Cola Light; depois segurei o copo com as duas mãos e
mandei tudo para dentro com um único shot. Nada muito
elegante, eu sei. Mas resolveu o problema.
Aquela
era — afinal — uma ocasião especial.
Enchi
o copo outra vez. Depois tirei a aliança e fiquei olhando para minha mão. Uma
aliança pálida e fantasmagórica permanecia na pele, onde, durante tantos anos,
o ouro havia protegido a carne das vicissitudes da vida.
Essa
marca desapareceria com o tempo? Ou ficaria ali até o último dos meus dias,
como uma cicatriz? A pergunta de Sooyoung pairava no ar.
"Não
vá me dizer que você ainda ama a vadia..."
Santo
Deus, eu tinha medo de saber qual seria a resposta verdadeira. Mas estava
diante de uma nova encruzilhada, e só poderia seguir por um único caminho.
Literalmente.
A
aliança caiu no chão. Dei mais um gole na bebida. E fiz o inadmissível: Eu,
Tiffany Kim, ops, Hwang, — matadora experiente e profissional, coração de
pedra — deixei a cabeça cair entre as mãos e chorei como um bebê.
Taeyeon
pov
Sunny é
meio lenta para algumas coisas, mas naquela noite foi rápida no gatilho ao me
aconselhar. Depois de ouvir toda a história em detalhes, repetiu "eu
te disse" um milhão de vezes (tudo bem, eu tinha feito por
merecer) e depois sentenciou:
—
Apaga a mulher.
-
Você esta louca? Não posso fazer isso. E a Seobaby onde fica nessa historia?
-
Você cuida dela, como sempre vez. É o único jeito. Apaga ela.
Ouvi
aquilo, ainda bufando de raiva, e imediatamente percebi que não havia outra
coisa a fazer.
–
Isso mesmo. Você tem toda razão. Vou apagar a vadia! — Minha frase teria mais
efeito se eu não tivesse me debulhado em lágrimas após dize-la.
–
Olha Tae... não fica assim... — ela disse tentando me conforta. Depois ela sussurrou
— Há algo que eu possa fazer? Eu não sei lhe dar com uma mulher chorando...
–
Tudo bem... eu to bem... Vou terminar com isso – eu disse fungando.
Precisei
afastar um pote de biscoitos, uma fatia de queijo cheddar quase
podre e um vidro de mostarda aberto para pegar uma pistola automática sobre a
bancada da cozinha. Pela primeira vez na vida fiquei feliz por Sunny ser tão
desleixada.
—
Vou levar isto aqui emprestado e você fica de olho na Seo até eu voltar, pode
ser?
Sunny
fez que sim com a cabeça, com total naturalidade, como se eu tivesse pedido
para filar um cigarro. Com a arma na mão, e pilhado de adrenalina, irrompi
porta afora. Eu sempre fui muito no automático pra cumprir minhas missões, mas
dessa vez algo me prendia. Talvez fosse porque a missão era para matar minha
própria mulher.
Alguma
coisa no ar fresco da noite parecia me dizer: "Segura a
onda."
Talvez
fossem as estrelas. Talvez fossem as vozes esquizofrênicas na minha cabeça. De
um jeito ou de outro, não conseguia encontrar forças para atravessar o jardim
de Sunny. Fiquei ali, parada, como se tivesse encurralada por uma espécie de
cerca elétrica psicológica. Estava cansada. É, era isso, eu estava cansada.
Resignada, voltei para a casa e entrei.
—
São quatro da manhã — me expliquei — Amanhã eu acabo com ela.
—
Tá certo, tá certo — ela concordou — amanhã você acaba com ela. Já é tarde. —
Sunny tomou a arma das minhas mãos. — Quer dormir aqui?
Pensei
em dizer "Não, vou dormir em casa", mas logo me dei conta de que não
tinha mais uma casa para onde ir. Então aceitei o convite dela. Ela me levou
até o seu quarto e eu vi a Seo dormindo confortavelmente na cama dela, só
queria que ela pudesse ficar longe de tudo isso. Sunny colocou um coxão de
casal no chão para agente dormir, me deitei e logo depois ela se juntou a mim.
Nós ficamos em silencio.
–
Sabe Tae... – ela gaguejou – eu estou aqui. Pro que você precisar.
Sunny
podia ser mulherenga, cara de pau, mas sempre foi uma boa amiga. Esteve comigo
em todas as horas. Eu sabia que ela me amava, ela sempre o fez, mas sempre
respeitou minha escolha. E como agora, na maioria das vezes, ela sempre foi a
única pessoa com quem eu pude contar.
—
Boa noite, Sun. — eu disse, desmaiando logo em seguida.
—
Boa noite, Taengoo. — ele disse. Ela ergueu sua mão e tomou a minha, foi
um conforto e tanto ter algo em que me segurar.
Tiffany
pov
Ah, minha
linda casinha...
Minha
equipe esquadrinhava todos os cómodos, virando tudo de cabeça para baixo. Tive
de morder a língua para não gritar: "Parem! Parem!"
Era
a casa com a qual eu havia sonhado desde menina. Bairro bom, rua boa, quintal
grande. Dentro, tudo era espaçoso e bonito. Carpete grosso. Xícaras de
porcelana enfileiradas numa prateleira. Geladeira sempre estocada com o que há
de melhor. E um lindo quarto compartilhado com minha linda esposa. Outro lindo
quarto para a minha sobrinha. Tudo perfeito. Como as casas que aparecem nas
revistas.
E
agora uma equipe de agentes bem treinadas jogava tudo abaixo, desterrando os
seus segredos mais íntimos. Hyomin berrava ordens como um sargento do exército:
—
Coisas esquecidas nos bolsos. Recibos. Caixas de fósforos. Vocês sabem o que
fazer.
Sim,
elas sabiam. E eu sabia também. Quantas vezes já não havia revirado pelo avesso
a vida de alguém até que tudo se reduzisse a impressões digitais e pedacinhos
de fibra?
Eu
mesma havia treinado aquelas mulheres; sabia que eram boas, e também o que
estavam fazendo ali. Investigavam a "cena do crime", à procura de
todo tipo de pistas. Logo estariam bisbilhotando os e-mails de
Taeyeon, examinando nossas contas, vasculhando nossas gavetas, nossas
recordações, nosso lixo.
Como
se dissecar as coisas fosse me ajudar a compreender melhor a situação. Disse a
mim mesma para voltar à realidade, para fazer o que precisava ser feito. Quanto
antes melhor. Passando pelo quarto vi uma delas levando a mão na primeira
gaveta do criado-mudo. Arregalei os olhos e fechei a gaveta antes que ela
olhasse dentro.
—
Deixa que eu cuido disto.
Ignorei
o olhar divertido no rosto dela e me mantive firme em frente ao criado mudo, o
protegendo como se minha vida dependesse disso. Após ela se distanciar, eu
peguei uma caixa deixada em cima da cama e derramei todo conteúdo no chão.
Varias fotos se espalharam no chão e eu sequer me senti tentada a olhar para
elas. Uma vitória. Mas então caí de joelhos. Ao lado da pilha de fotos,
encontrei um jornal amarelado, um jornal de língua inglesa com uma flor seca
escapando das páginas. Peguei-o com todo cuidado, lembrando...
Nossa
primeira "manhã seguinte" juntas. O jornal com aquela
florzinha selvagem e reles escondida na dobra, um singelo presente de amor. Até
mesmo um marciano teria sentido uma centelha de nostalgia.
—
Encontrou alguma coisa? — perguntou Sooyoung.
Levantei
o rosto e vi que minha amiga me observava. Desfiz o nó na garganta e respondi:
—
Estou apenas checando os bens pessoais do nosso alvo. - Joguei o jornal sobre a
pilha de fotos e saí da sala.
De longe
vi uma garota se aproximar assustada, com uma bolsa na mão, era a Seo. Sabia
que Taeyeon não seria capaz de cuidar dela por muito tempo.
-
Seobaby, onde estava? A Taeyeon te trouxe aqui?
-
Eu passei a noite na casa de uma amiga da Tae-unnie, ela me trouxe aqui, uma
tal de Sunny. Ela disse que a Tae-unnie esta estranha e que a ela não pode
mais voltar para casa. O que você fez dessa fez? – Ela parou de falar,
observando o que estava acontecendo ao seu redor, continuou. – E porque todas
essas pessoas estão aqui?
-
Eu não fiz nada com a Taeyeon. – Ela me olhou esperando eu continuar – Essas
pessoas são da policia e estão atrás da Taeyeon.
-
Porque?! A Tae-unnie não fez nada de errado! É tudo culpa sua! É sempre
assim!!! – Ela saiu correndo escada acima e eu fiquei extremamente confusa, me
pergunto quando essa garota ficou tão revoltada e como tem a ousadia de falar
assim comigo. É isso que dar deixar uma criança, vulgo Taeyeon,
criar outra.
Mas
eu tenho coisas maiores para se preocupar do que uma adolescente rebelde. Eu
continuei ali, vagando de um cómodo a outro, fiscalizando o trabalho da minha
equipe, tive a sensação de que via minha própria casa pela primeira vez.
Lembrei-me de como estava a sala de visitas quando nos mudamos: totalmente
vazia, e cheia de esperanças. Na primeira noite, Taeyeon e eu dividimos
uma pizza e uma garrafa de vinho, jantando à luz de velas sobre um
caixote emborcado. E depois fizemos amor ali mesmo...
Senti
um aperto no coração. Fazia anos que eu não pensava naquela noite. Agora a
casa estava completamente mobiliada e lindamente decorada com peças elegantes
e caras. Quando foi que tudo isso deixou de ser tão maravilhoso?
Sem
nenhum motivo específico, subi as escadas e parei diante de uma fotografia
emoldurada: Taeyeon e eu em Coney Island, sorrindo. Sorrindo e mentindo.
Senti
que alguém me observava e olhei pela porta da suíte. Meu enorme urso de pelúcia
estava sentado à beira da cama, acenando com seu sorriso pateta. Sorri de
volta, lembrando-me do dia em que ganhei este prêmio, numa feira de rua. Da
expressão no olhar de Taeyeon quando eu...
Então
vi uma faca afundar no coração do urso. Uma de minhas colegas havia cortado a
pelúcia e começava a vasculhar o estofo à procura de pistas. Outro nó na
garganta. Mas levantei o queixo e respirei fundo. Eu não ia chorar.
Minha vida naquela casa tinha sido apenas um disfarce esperto, só isso.
E
então ouvi a voz de Taeyeon dentro do quarto. Meu Deus! Ela estava ali? No meio
daquela confusão toda? Fui correndo ver o que era e me deparei com um cenário
parecido com uma festinha de colegiais. Algumas das minhas colegas estavam
aboletadas na cama, assistindo a uma fita de vídeo que eu havia gravado numa
viagem de férias.
Dali
saíra a voz de Taeyeon. E minha voz também. E risadas. Muitas risadas. No vídeo
ela se curva e me beija. Olha o quanto nós fomos felizes e saber que era tudo
mentira era como uma facada no peito.
- Sorria
pra câmera, Pany
- Se você
para de me beijar, talvez eu sorria - no
vídeo eu virei e sorri.
- Ok,
mudei de ideia, pode parar de sorri e volta a me beijar - e foi o que eu fiz. Eu me lembro de nunca ter sido tão feliz como
naquele dia.
–
O que é isso? — perguntei.
–
Aparentemente sua lua-de-mel. — respondeu Jiyeon.
–
Sei muito bem o que é! — desferi. — Quero saber o que vocês estão
fazendo com essa fita!
–
Pesquisa — disse Jiyeon, defendendo-se. — Informações adicionais. Sobre o
alvo. — As outras garotas concordaram com a cabeça.
Ah,
não! Eu acabara de descobrir que meu casamento tinha sido uma farsa e
que minha linda esposa era uma desconhecida; não estava em condições de
assistir ao vídeo da minha lua-de-mel!
—
Nunca te vi assim, tão feliz — suspirou Jiyeon.
Não
estava disposta a ver aquele vídeo em que eu aparecia feliz nos braços de
Taeyeon. Não queria me lembrar do calor daqueles braços, aquela mãos
delicadas, pele macia... Um dia cheguei a achar que meu passado se resumia a
uma pálida sucessão de lembranças. Mas agora sabia que era bem pior. Tinha sido
uma enorme mentira.
Mesmo
nossa lua-de-mel...
Chamas
de ódio consumiram o que ainda sobrava do meu coração. E no entanto falei com
a frieza de um iceberg:
—
Muito bem, meninas. Vocês não têm mais nada pra fazer aqui. - Relutantes, elas
se escafederam do quarto. Peguei o controle remoto com a intenção de parar o
vídeo e desligar a TV.
Mas
não pude me conter. Como alguém que passa por um acidente na estrada e não
consegue desviar o olhar. Sabia que não devia fazer aquilo, mas acabei
sucumbindo à curiosidade mórbida e olhei.
Minha
nossa... Taeyeon e eu... numa ilha paradisíaca. Rindo, beijando, fazendo
palhaçadas. Como se a vida fosse tão bonita e ensolarada quanto o céu acima
das nossas cabeças. Quase não reconheci a mim mesma. Seria possível tanta
felicidade assim?
"Não", respondi mentalmente. "Tudo não passou de um
sonho. Um sonho lindo e delicioso, mas... infestado de mentiras!"
Apertei
o botão do controle remoto e meu passado sumiu como teria sumido um filme da
Disney. Sei lá, Cinderela, ou qualquer um desses filmes de garotinhas
iludidas. Fui até a TV, retirei a fita e arquivei-a em seu devido lugar. Na
lata de lixo.
Depois
disso, decidi deixar o resto da tarefa nas mãos da minha equipe. Eu já havia
olhado nos olhos do dragão e não tinha mais nada para fazer na casa. Até que vi
uma pessoa com uma mochila nas costas passar por mim rapidamente.
-
Ei, Ei aonde você pensa que vai?
-
Não quero mais ficar aqui, não quero ficar com você! – respondeu com firmeza,
me encarando nos olhos.
-
Seohyun, eu sou sua Tia você me deve respeito. Você acha mesmo que a Taeyeon
vai querer cuidar de você? Ela não tem nem onde morar agora, você vai ficar
aonde? – ela olhou para os lados pensativa.
-
Não importa, a Tae-unnie vai cuidar de mim, coisa que você nunca fez! Você só
pensa em você mesma e nessa casa, agora pode fica com ela só para
você. – Ela saiu marchando pela porta.
"Casa
que já não era minha", não pude deixar
de pensar. Pensei em ir atrás dela, mas ela não ia me ouvir, além disso, a
Taeyeon não vai deixar nada de ruim acontecer com ela (eu acho).
Do
lado de fora, eu ainda tinha uma última coisa a inspecionar. O anexo que servia
de estufa. Meus domínios sempre tinham se limitado à cozinha, mas a estufa era
território exclusivo de Taeyeon. Jamais quis saber o que ela fazia ou guardava
ali. Mas agora, pensando bem, não havia dia em que ela não passasse por lá.
Então
entrei ali com voracidade, certa de que havia encontrado uma mina de ouro.
Levantei o interruptor, e uma lâmpada pendurada ao teto iluminou o lugar. Que
bagunça!
Abri
todas as caixas de ferramentas, vasculhei as gavetas. Não podia sequer imaginar
para que servia grande parte daquela tralha. E então... percebi uma coisa.
Enquanto caminhava, ouvia meus passos ecoarem ligeiramente sob os pés.
Sorri.
Piso falso! Pisei mais forte. Mais ecos. Eu havia encontrado o centro da mina!
Peguei uma lanterna e entrei em ação. Imagino que Taeyeon jamais suspeitasse
que um dia alguém pudesse desconfiar dela. Não ali, naqueles subúrbios
endinheirados e convencionais.
A
entrada da caverna estava escondida, é claro, mas não tive dificuldade para
encontrá-la. Empurrei uma espécie de bancada e lá estava: um alçapão trancado.
Ora, cadeados com segredo eram uma das minhas especialidades e não levei mais
que alguns minutos para abri-lo. Por fim, joguei-me no buraco.
Iluminei
as paredes com a lanterna. Santo Deus! Eu estava diante de um verdadeiro arsenal!
O lugar regurgitava de armas, de todos os tipos e tamanhos! Um supermercado de
material bélico!
E
nas prateleiras, pilhas e mais pilhas de cédulas, de todos os valores. E
muitas notas estrangeiras também. Mais dinheiro do que a agência local do nosso
banco jamais tinha visto em seus cofres.
No
meu rosto, o primeiro sorriso espontâneo do dia. Limpar estufa nunca havia sido
minha ideia de felicidade. Mas naquele dia em particular nada me deixaria mais
feliz. As meninas apareceram pouco depois e ficaram tão chocadas quanto eu.
—
Vamos levar tudo isso — eu disse. — Tudinho!
Como o
Grinch que roubou o Natal, rapidamente empacotamos os brinquedinhos de Taeyeon
e levamos tudo para cima. Já na rua, fiquei satisfeita ao ver minha equipe
encher uma Van inteira com fronhas e lençóis estufados de
armas. Duas garotinhas da vizinhança passaram por mim, curiosas.
—
O que é isso aí? — uma delas perguntou.
—
Festa no jardim, meninas — respondi com um sorriso.
Taeyeon
pov
Olhei
rapidamente para o relógio. Ainda havia tempo para um último gole. Tirei do
bolso o cantil de prata, desenrosquei a tampinha e levei o gargalo à boca. Mas
parei quando vi a dedicatória. Foi como se eu a estivesse lendo pela primeira
vez.
"Às
balas que não nos encontraram. Tiffany."
Uma
mensagem oculta do passado.
Seria
aquilo uma advertência? Seria possível que ela já soubesse, naquela época —
mesmo quando se contorcia e gemia ao meu toque, mesmo quando sussurrava doces
promessas no meu ouvido — que as balas que me perseguiriam no futuro viriam
dela?
Diabos.
Subitamente perdi o gosto pelas bebidas grã-finas, especialmente por aquelas
que derramavam de um cantil de prata. Voltei a tampinha ao gargalo. Pensei em
jogar aquela porcaria na lata de lixo.
Mas
decidi ficar com ela. Como lembrete da minha própria estupidez. Guardei o
suvenir no bolso e tomei a direção do boteco mais próximo. Senti uma súbita
vontade de tomar cerveja. Qualquer coisa muito gelada. Algo barato, mas
honesto.
Tiffany
pov
Na
sala de reuniões da Archer, as máquinas zumbiam como um Jaguar bem-regulado à
espera do sinal verde. Assim como eu.
— Muito
bem, o perfil do alvo é a nossa maior prioridade, meninas.
Dedicação integral. Utilizem todos os meios necessários: grampos telefónicos,
cartões de crédito. Varredura magnética de todas as frequências civis.
—
Com o quê, Tiffany? — perguntou Jiyeon.
Tirei da
gaveta um minúsculo microcassete. Todas olharam com curiosidade. Mas quando
apertei o play, viram que não se tratava da engenhoca high-tech que
aparentava ser.
"Olá,
você discou para Kim Taeyeon e Tiffany. Não estamos em casa neste momento, por
favor deixe seu recado logo após o sinal... Biiip!”As meninas
arregalaram os olhos, mas preferi ignorá-las.
—
E vasculhem todos os bancos de dados à procura de...
—
À procura do quê? — interrompeu Sooyoung, com sarcasmo. — De Kim Taeyeon?
Abri
a boca para dizer alguma coisa, mas as palavras sumiram. Embora me custe
admitir, senti o rubor se espalhar lentamente nas minhas bochechas. Sooyoung estava
coberta de razão. Kim Taeyeon... Onde é que eu estava com a cabeça?
— Encontrem
a vadia! — rugi.
Tudo
bem. Reconheço que não agi com minha fleuma tradicional. Mas, dadas as
circunstâncias, achei que tinha o direito.
— Hmm, Tiffany
— disse Hyomin timidamente. — Acho que já a encontrei.
Meu
coração saltou como o de um leopardo que acaba de localizar sua presa. A
equipe inteira se virou para Hyomin. Ela ficou pálida.
—
E então? — perguntei. — Onde ela está?
Ela
engoliu a seco.
—
Está aqui.
Notas Finais: Estavam achando que iria ser fácil? Pois não é. hahaha Estão gostando? ^-^