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- Modern Problems Capítulo 32 - E enquanto isso... Em um MP qualquer... Prévia Dois.
agosto 10, 2016
Fanfic Modern Problems
Escrita por Anagassen
[+18]
Notas da Autora: Okay... *Entre de fininho* OLÁÁÁÁÁÁ!!! <3 Que saudades de vocês, pessoas! Como vão? *foge das pedras, das tochas com fogo e das kombis voadoras.* KEEP CALM PESSOAL! KEEP CALM! Eu demorei, mas voltei com mais uma prévia linda <3 Bem... Sobre a próxima prévia... Eu tenho algo a declarar. Mentira. Não tenho. É uma pergunta! Quero saber qual casal vocês querem para a próxima prévia. NÃO VALE DIZER YULSIC OU TRISAL! É TaeNy ou YoonHyun. LEMBREM-SE: O casal que vocês NÃO escolherem vai ser o casal que vai fechar com a última prévia, aí depois disso vem o capítulo realmente.
“Tá Ana, se tu já saiu dá época de vestibulares, por que não atualiza tudo de uma vez?”
Bem, eu até poderia fazer isso... Mas essa prévia aqui já estava na metade e eu acho muito injusto só ter prévia pra dois casais ou só para um. Perdoem-me se esperavam o capítulo direto...
Por favor, relevem os erros, pois eu não corrigi (to com preguicinha :c). Espero que gostem e aproveitem a leitura! ~Anagassen
E quero mandar um big abraço para minha amiga Danshin! Foi ela quem me ajudou até metade da prévia! MOLIER, TU SAMBA!!
Seguia-se calmamente o jantar no apartamento de Sunny. A mesa natalina era exageradamente farta; três variedades de doces - além de uma grande torta, duas lasanhas fumegantes, uma porção jumbo de arroz à grega, salgadinhos de festa e uma enorme panela de feijoada. As três mulheres esperavam pela avó de Hyoyeon, que incrivelmente estava atrasada. A senhora dissera que traria um grande amigo para ocasião, fazendo com que Sooyoung colocasse mais um prato na mesa.
– Ô, Hyo... – Disse a mais alta olhando para o prato extra na mesa. – Será que esse amigo da dona Clê come muito?
– Não sei não, por quê?
— Porque eu coloquei um prato raso, então... né, se ele comer muito, vai ficar sem graça de se servir demais.
— Por que você não cede esse seu prato fundo pra ele então? — Perguntou Hyoyeon, rindo da barreira que Sooyoung fez com os braços em volta do prato.
– Por que não cede um outro prato fundo? SooYoung... Tem dois pratos fundos aí. Eu já vi. – Sunny fitou-a desafiadoramente, fazendo a mais alta das três semicerrar os olhos. – Esfomeada! Deixa de ser pão dura, Soo!
– Aish! Nem no Natal a pessoa pode ser feliz. — Disse Sooyoung ao se levantar para trocar os pratos. Porém, no mesmo instante, a campainha tocou, fazendo com que todas se olhassem.
– Já era hora... — Hyoyeon murmurou e foi até a porta. E na distração das namoradas em correr para abrir a porta, SooYoung colocou o prato fundo de volta no lugar, evitando a troca e fitando as unhas. As duas mulheres e a senhora adentraram a sala.
– SooYoung! – Exclamou dona Clementina, que sorriu gentilmente para a mais alta. – Cada dia mais radiante! Comeu bastante hoje, querida? – Tinha um tom gentil.
– Comeu foi pouco. – Sunny respondera, colocando o casaco da avó de Hyoyeon no sofá.
– Eu disse radiante? Minha nossa! Você parece tão magrinha e pálida! Meu Senhor Jesus Cristinho! Nem no natal alimentam essa pobre criança?
– Dona Clementina, a senhora não sabe o quão triste foi o preparo da feijoada. – Se apoiou nos ombros da senhora. – As duas quase me mataram só porque eu tentei pegar um filetezinho de carne minúsculo. – Fazia proporções pequenas com a ponta dos dedos. – E... entre outras comidas também... Mas quer saber de uma coisa? Tá vendo esse zíper nessa calça aqui? – Apontou para a calça. – Estou de-ci-di-da a arrebentá-lo hoje, porque ceia de Natal NÃO SE TEM MISÉRIA! – Fez questão de lançar um olhar fuzilante para as namoradas quando terminou de falar, mas logo sorriu ao se virar para Dona Clementina. — Mas então, e o seu amigo, dona Clê?
– Ah... Ele veio sim, querida. – A Senhora esperou que a neta puxasse uma cadeira para que a mesma sentasse. E assim acontecera. Cruzou as pernas, fitando SooYoung. – Eu trouxe bolo! É aniversário do meu amigo. – Era gentil.
– Ué... E cadê ele? – Sunny indagou curiosa, logo sentindo um cheiro horrível ao seu lado e franzindo o cenho.
– Alfredo está com infecção intestinal, coitadinho. Está fazendo dez anos! É um bom companheiro. – Hyoyeon praticamente se engasgara com a água. Aquele cachorro ainda estava vivo? Sim, estava! E estava a defecar bem ao lado de Sunny.
– JESUS CRISTO ANIVERSARIANTE! – Exclamou Sooyoung tapando o nariz e fechando os olhos com força. — SE ELE NÃO ESTIVESSE ABANANDO O RABINHO EU DIRIA QUE TAVA É MORTO COM UM CHEIRO DESSES.
– Ah querida, certamente você nunca tivera um bichinho de estimação, ou que minha pequena Hyozinha tenha soltado um barro no seu banheiro. – Dona Clementina sorriu docemente para a neta, que tampou o rosto com as duas mãos.
– Natal me cheira a histórias de mico da HyoYeon... – Sunny dissera como quem nada queria.
– E este está me cheirando a cocô do Alfredo. Por que você não limpa, querida? – A Senhora indagara naturalmente.
– Eu até limparia também, mas prefiro evitar a fadiga. – Sooyoung cruzando os braços e se encostando mais na cadeira, até levantar um chute por debaixo da mesa. – Ôu! Isso daí já é pênalti, gente... – Levantou-se enquanto passava a mão no local machucado e se juntou para ajudar Sunny a limpar o presentinho de Alfredo.
Hyoyeon se levantou para ajudar também, mas quando percebeu que as duas já estavam dando conta sozinhas se sentou novamente, virando-se para a avó.
– Então, vovó? O que me conta de novo? – Perguntou para a doce senhora, ao mesmo tempo olhando para o cachorro que cheirava os móveis da casa.
– Você lembra do Tio Josisvaldo? – Hyoyeon assentira, com uma feição curiosa. – Seu tio avô pulou de paraquedas no mês passado. Ele roubou um avião... Que nem aquele GTA, sabe? Só que ele não sabia pilotar... E tivera de pular antes que o avião batesse. Bem, o avião caiu mesmo. O coitado do Valdinho perdeu dez mil dólares nessa brincadeira! – Lamentou em tristeza. – E está foragido até hoje. – Dissera em orgulho. – Me contaram que até o FBI está atrás desse meu irmão!
– Mas, vó... O tio Valdi não tá metido com esse lance do cartel de drogas que tá dando toda hora na TV não, né? – Hyoyeon levantou a sobrancelha ao ver a senhora dar um sorriso amarelo.
– Talvez... – fitara as próprias unhas. – Eu avisei para que seu tio não fosse uma maria vai com as outras... Mas ele preferiu ouvir sua tia Gislayne. – Dera ombros. – Não tenho culpa que eles prefiram dinheiro sujo assim. Fico com a minha venda de armas mesmo. Não to fazendo mal para ninguém.
– Na verdade... – Sunny fora cortada por Dona Clementina.
– Oh, querida... Por que não me pega um copo d'água? Preciso tomar o meu remedinho.
Sunny assentiu, revirando os olhos discretamente. Já estava tendo muito trabalho naquela véspera, e ainda nem era meia-noite.
– Pois me diga, dona Clê. – Disse Sooyoung, coçando a cabeça de Alfredo. – De onde veio esse seu amigo? Foi seu comparsa também? Como se conheceram? – Hyoyeon deu um tapa na própria testa, a mais alta falava como se o cachorro e dona Clementina formassem um casal.
– Achei meu bom e velho Alfredinho na rua. Abandonaram ele! – Dissera com pesar. – Aí como HyoYeon estava naquela fase, sabe? Rock na veia, funk na cadeia... Ou era o contrário? – Coçou o queixo. – Aquela fase onde as crianças de quinze anos colam posters do Tom e Jerry na parede. Então eu o adotei para ver se ajudava um pouco a minha criança... Era um filhote tão bonitinho! Mordeu e quase arrancou fora o dedão da Creudiscléia, minha prima.
– Admiro muito a criatividade pra nomes na família de vocês... – Afirmou Sooyoung, olhando pras duas. Até que se levantou rápido, como se lembrasse de alguma coisa. – MAS TÁ. BORA FAZER O AMIGO SECRETO ENTÃO, GENTE? PRA SOBRAR MAIS TEMPO PRA FORRAR O BUCHO? QUASE MEIA-NOITE JÁ!
– Coloque o nome de Alfredo na lista, sim? – Dona Clementina dissera para SooYoung que assentira sorrindo. Provavelmente... Nem escutara... Estava mais concentrada em pensar na comida após o amigo secreto.
– Ai, vovó! Pra quê pôr o cachorro nisso? Ele trouxe um presente também por acaso? – Hyoyeon perguntou, contrariada.
– Além da mancha de cocô no carpete... – Sussurrou Sooyoung, antes de levar um tapa no ombro vindo de Sunny.
– Claro que trouxe! – A Senhora retrucara, fitando seriamente a neta. – Está me dizendo não, Hyoyeon? – O cachorro vira lata começara a rosnar para a loira, que engolira em seco.
– Sim, o Alfredo pode participar! – Sunny rapidamente dissera. Não queria uma troca de tiros em sua sala...
– Que bom. Porque ele trouxe um lindo presente. Ele mesmo escolheu! Apontou com a patinha e tudo. – O cachorro latiu para concordar, abanando o rabinho.
– Queria entender porque Hyoyeon nunca comentou sobre Alfredinho antes, já que ele é tão da família assim. – SooYoung pegara o presente em cima da mesa e segurou-o firmemente. A loira praticamente se engasgara no seco ao ouvir o comentário de SooYoung.
– Porque Hyozinha tem vergonha de contar que crescera ao lado do meu menino! Parece que se esqueceu das boas histórias que tem ao lado dele! – A Senhora semicerrou os olhos para a neta. – E pode ter certeza que eu vou contar tudo para as suas namoradas.
– NÃO! – A mulher arregalara os olhos.
– NÃO GRITE COMIGO, HYOYEON! – Dona Clementina apontara na cara de sua criança. – Sabe o que Hyozinha fizera no natal de 2005, minhas queridas Sunny e SooYoung?
– Conta aí Dona Clê! – A mais baixa das três cruzou as pernas e sorriu para a Senhora.
– Minha menina Hyozinha inventou que a rua toda tinha que estar bem decorada para o feriado, né... E que todos nós tínhamos que comemorar juntos.
– Vó...
– Cala a boca! – Exclamou rapidamente e continuou agora sorrindo. – Ela basicamente roubou uma galinha da fazenda lá perto de casa e fez um monte de decorações estranhas... Cada uma tinha uma frase com uma escrita estranha, todos os vizinhos comentaram... Parecia que HyoYeon estava invocando o capeta com aquela porcaria...
– Eram músicas coreanas, vó...
– Mas você não era funkeira, minha filha? – SooYoung piscou em confusão.
– E onde que entra o Alfredinho nessa história? – Sunny indagou curiosa.
– Pois então minha gente, ele estava justamente servindo de cesta para minha netinha por a galinha e as decorações... Só que não deu muito certo. – A senhora puxou sua sacola com dois presentes e dera ombros. – A galinha se desprendeu, só que ela tava presa na nas luzes de natal... Que estavam presas em Alfredo... – A carinha do cachorro era de completo pesar, chegando a encostar a cabeça no braço de Dona Clementina. – E eram luzes com pinhas e não para engatar na luz. E tinha musiquinha... Aquela coisa que ela chama de Coreano. Só dava para entender o “Lúcifer” da música... – Sorriu amarelo. – Acharam que a galinha era a coisa ruim e com as luzes piscando e aquela música tocando, todos chegaram a conclusão que o capeta veio sequestrar Alfredo. – Falava tão naturalmente que ocasionava um arquear de sobrancelhas de ambas as garotas. Hyoyeon se encontrava mais vermelha que um pimentão. – Chamou tanta a atenção que veio até a polícia e como pobre sempre se dá mal... Eles viram as minhas AK47’s pelo quintal... Tentei dizer que eram de brinquedo, mas não acreditaram. – Suspirou pesadamente e balançou a cabeça em negação. – Foi uma pena que prenderam meu vizinho por isso, afinal... Eu sou uma mulher idosa, o que uma velhinha tão inocente quanto eu faria com armas deste porte?
– Minha velha... Prefiro não imaginar. – SooYoung sorriu amarelo para a Senhora.
– VAMOS PEGAR OS PRESENTES, VAMOS? – Hyoyeon puxara o dela e sorriu fraco. Sunny escrevera o nome de todos, inclusive o de Alfredo e colocara em um potinho, balançando-o.
– Ok! Dona Clementina, a Senhora pega primeiro. – Sunny estendeu para a idosa que rapidamente pegou um papelzinho e o abriu. – Pegue o de Alfredinho também. – Dona Clementina alcançou outro pedaço de papel. – SooYoung, agora é você. – A shikshin assentira e pegara seu próprio papelzinho, abrindo-o e sorrindo largo. – HyoYeon... – A loira pegou o papel e somente o segurou. Então Sunny pudera pegar o último papelzinho. – Ok, vamos lá! Quem quer começar? – E ao notar que ninguém se manifestou, a mais baixa de todos suspirou pesadamente. – Eu começo então... – Respirou fundo. – Precisa fazer aquela dedicatória mesmo?
– Precisa! – SooYoung exclamara rapidamente. – Esta é a graça, Sunny Bunny! – Batera palminhas animada.
– Certo... – A loira coçou o queixo. – O meu amigo secreto é uma pessoa muito companheira, troll, que eu mal conheço e já considero pakas. Está mais para um animal, porqu-
– UHHHH! É A SOOYOUNG COM FOME! – HyoYeon gritara interrompendo Sunny. SooYoung se levantara e sorrira largo.
– SOU EU! – Apontara para si mesma.
– Vocês ao menos prestaram a atenção na parte que eu mal conheço e já considero pakas?
– Mas querida, eu com fome você mal conhece mesmo, pois estou sempre de barriga cheia. – A shikshin respondera com biquinho entristecido.
– Também pode ser ela mesma. Vai que ela está depressiva e mal se conhece? – Dona Clementina indagara, fazendo com que as duas garotas fitassem Sunny, que dera um tapa na própria testa.
– É O ALFREDO, GENTE! O ALFREDO! QUE EU MAL CONHEÇO E CONSIDERO PAKAS, QUE É TROLL POR CAGAR NO MEU TAPETE, QUE É COMPANHEIRO DE DONA CLEMENTINA PARA O QUE DER E VIER. E QUE CLARO... É UM ANIMAL!! – Respirou fundo e massageou as têmporas. – Ok... Assim, Dona Clê... Eu não sabia o seu amigo era um animal, então eu comprei chocolates belgas. – Dera de ombros e entregara o grande presente para Dona Clementina, que assentira compreendendo a situação. SooYoung se sentou ao lado da Senhora.
– Sabe, Dona Clê... Eu sempre te considerei muito, sabe? Sempre vi que a Senhora era parceir-
– SooYoung, eu não vou te dar os chocolates de Alfredinho. – A Senhora respondera naturalmente vendo a Shikshin olhar torto para o cachorro.
– Ok... Vovó, leia o papelzinho de Alfredo e faça aquela dedicatória.
– Tudo bem! – A senhora pegara o papelzinho e abriu-o. – Hummmmmm... Alfredinho trouxe chocolates também. – SooYoung prontamente voltara a prestar a atenção na conversa. – E ele pegou uma pessoa que ele conhece há muito tempo.
– É HYOYEON! O CHOCOLATE É MEU! – A morena gritara entusiasmada.
– Sou eu. – Dona Clementina dera de ombros.
– QUE MARMELADA É ESSA?! – A Shikshin arregalara os olhos. – Aff!
– Agora sou eu mesma, não é? – Indagara vendo Sunny assentir. – Ok... – Segurou o seu próprio papelzinho.
– Será que ela trouxe chocolates também? – SooYoung indagou preocupada para Sunny, que lhe estapeara o braço.
– Contenha-se! – Ralhou com a mais velha.
– Tá... – Tinha um biquinho emburrado.
– Hummmmmm... – Dona Clementina sorriu e levantou a cabeça. – Eu peguei uma pessoa muito querida, sempre muito gentil, um amor de pessoa. Alguém que eu gosto muito! Eu fico muito feliz em ter acertado o presente, pois é de coração, menina. – HyoYeon se levantou sorrindo e abrira os braços para abraçar a avó. – Eu peguei a Sunny. – O sorriso da loira mais alta morrera no mesmo instante, vendo a namorada baixinha passar por ela com um sorriso vitorioso e jogar os curtos cabelos para o lado. A mais velha cruzou os braços e se sentou ao lado de SooYoung.
– Será que é chocolate? – A shikshin indagou baixinho para a mais velha, que balançou a cabeça em negação. SooYoung não tinha jeito...
– Obrigada, Dona Clê! – Abraçou a velhinha que lhe entregara o presente em mãos. Sunny abrira sempre pressa e sorrira lindamente. – Eu estava mesmo precisando de uma panela de pressão nova! SooYoung tentou fazer feijão com a minha antiga da última vez e né... Explodiu a panela e a cozinha no mês passado. – Coçou a nuca.
– AFF! – SooYoung jogou os braços para cima e refletiu um pouco. – Quem será que me pegou? – Colocou a mão no queixo, ficando pensativa. HyoYeon ao seu lado lhe fitara com uma feição do tipo “Não é óbvio?” e rolou os olhos.
--
Após terminarem a troca de presentes e SooYoung descobrir que ganhou potes de plástico e nada de comida... Todas foram para a mesa e eis que as garotas trouxeram a comida para a mesa, faltando somente o Chester. Sunny voltara para a sala com a testa franzida e piscando em confusão.
– Soo... Eu não te mandei tirar o Chester do forno? – A loirinha indagou e cruzou os braços.
– Mas eu tirei! – Exclamara abismada.
– Tá... E onde você meteu esse Chester? – Rira pela respiração.
– SooYoung... Eu não acredito que você comeu o chester todo sozinha! – HyoYeon arregalara os olhos.
– M-mas eu não fiz nada! E-eu coloquei ele em cima do balcão! – A shikshin semicerrou os olhos. – Por que você estão me acusando de ter comido ele todo sozinha? Eu nem toquei nesse chester! Q-quer dizer... Eu tirei uma coxinha... M-m-m-mas não foi nada comparado ao que sobrou! – Completou rapidamente ao ver a feição mortal que recebia de Sunny.
– Choi SooYoung... Onde está o meu chester? – Sunny arqueou a sobrancelha direita.
– Gente... Cadê o Alfredinho? – Dona Clementina indagou ao ver que seu bom amigo não estava ali. HyoYeon arregalara os olhos ao ouvir latidos abafados por alguma coisa. Todas se viraram para a direção de onde se encontrava o pequeno cachorro que tinha um enorme peru de natal tampando a sua cabeça... O grito de Sunny e SooYoung fora estridente e em uníssono.
– O MEU CHESTER!
– Ô, Hyo... – Disse a mais alta olhando para o prato extra na mesa. – Será que esse amigo da dona Clê come muito?
– Não sei não, por quê?
— Porque eu coloquei um prato raso, então... né, se ele comer muito, vai ficar sem graça de se servir demais.
— Por que você não cede esse seu prato fundo pra ele então? — Perguntou Hyoyeon, rindo da barreira que Sooyoung fez com os braços em volta do prato.
– Por que não cede um outro prato fundo? SooYoung... Tem dois pratos fundos aí. Eu já vi. – Sunny fitou-a desafiadoramente, fazendo a mais alta das três semicerrar os olhos. – Esfomeada! Deixa de ser pão dura, Soo!
– Aish! Nem no Natal a pessoa pode ser feliz. — Disse Sooyoung ao se levantar para trocar os pratos. Porém, no mesmo instante, a campainha tocou, fazendo com que todas se olhassem.
– Já era hora... — Hyoyeon murmurou e foi até a porta. E na distração das namoradas em correr para abrir a porta, SooYoung colocou o prato fundo de volta no lugar, evitando a troca e fitando as unhas. As duas mulheres e a senhora adentraram a sala.
– SooYoung! – Exclamou dona Clementina, que sorriu gentilmente para a mais alta. – Cada dia mais radiante! Comeu bastante hoje, querida? – Tinha um tom gentil.
– Comeu foi pouco. – Sunny respondera, colocando o casaco da avó de Hyoyeon no sofá.
– Eu disse radiante? Minha nossa! Você parece tão magrinha e pálida! Meu Senhor Jesus Cristinho! Nem no natal alimentam essa pobre criança?
– Dona Clementina, a senhora não sabe o quão triste foi o preparo da feijoada. – Se apoiou nos ombros da senhora. – As duas quase me mataram só porque eu tentei pegar um filetezinho de carne minúsculo. – Fazia proporções pequenas com a ponta dos dedos. – E... entre outras comidas também... Mas quer saber de uma coisa? Tá vendo esse zíper nessa calça aqui? – Apontou para a calça. – Estou de-ci-di-da a arrebentá-lo hoje, porque ceia de Natal NÃO SE TEM MISÉRIA! – Fez questão de lançar um olhar fuzilante para as namoradas quando terminou de falar, mas logo sorriu ao se virar para Dona Clementina. — Mas então, e o seu amigo, dona Clê?
– Ah... Ele veio sim, querida. – A Senhora esperou que a neta puxasse uma cadeira para que a mesma sentasse. E assim acontecera. Cruzou as pernas, fitando SooYoung. – Eu trouxe bolo! É aniversário do meu amigo. – Era gentil.
– Ué... E cadê ele? – Sunny indagou curiosa, logo sentindo um cheiro horrível ao seu lado e franzindo o cenho.
– Alfredo está com infecção intestinal, coitadinho. Está fazendo dez anos! É um bom companheiro. – Hyoyeon praticamente se engasgara com a água. Aquele cachorro ainda estava vivo? Sim, estava! E estava a defecar bem ao lado de Sunny.
– JESUS CRISTO ANIVERSARIANTE! – Exclamou Sooyoung tapando o nariz e fechando os olhos com força. — SE ELE NÃO ESTIVESSE ABANANDO O RABINHO EU DIRIA QUE TAVA É MORTO COM UM CHEIRO DESSES.
– Ah querida, certamente você nunca tivera um bichinho de estimação, ou que minha pequena Hyozinha tenha soltado um barro no seu banheiro. – Dona Clementina sorriu docemente para a neta, que tampou o rosto com as duas mãos.
– Natal me cheira a histórias de mico da HyoYeon... – Sunny dissera como quem nada queria.
– E este está me cheirando a cocô do Alfredo. Por que você não limpa, querida? – A Senhora indagara naturalmente.
– Eu até limparia também, mas prefiro evitar a fadiga. – Sooyoung cruzando os braços e se encostando mais na cadeira, até levantar um chute por debaixo da mesa. – Ôu! Isso daí já é pênalti, gente... – Levantou-se enquanto passava a mão no local machucado e se juntou para ajudar Sunny a limpar o presentinho de Alfredo.
Hyoyeon se levantou para ajudar também, mas quando percebeu que as duas já estavam dando conta sozinhas se sentou novamente, virando-se para a avó.
– Então, vovó? O que me conta de novo? – Perguntou para a doce senhora, ao mesmo tempo olhando para o cachorro que cheirava os móveis da casa.
– Você lembra do Tio Josisvaldo? – Hyoyeon assentira, com uma feição curiosa. – Seu tio avô pulou de paraquedas no mês passado. Ele roubou um avião... Que nem aquele GTA, sabe? Só que ele não sabia pilotar... E tivera de pular antes que o avião batesse. Bem, o avião caiu mesmo. O coitado do Valdinho perdeu dez mil dólares nessa brincadeira! – Lamentou em tristeza. – E está foragido até hoje. – Dissera em orgulho. – Me contaram que até o FBI está atrás desse meu irmão!
– Mas, vó... O tio Valdi não tá metido com esse lance do cartel de drogas que tá dando toda hora na TV não, né? – Hyoyeon levantou a sobrancelha ao ver a senhora dar um sorriso amarelo.
– Talvez... – fitara as próprias unhas. – Eu avisei para que seu tio não fosse uma maria vai com as outras... Mas ele preferiu ouvir sua tia Gislayne. – Dera ombros. – Não tenho culpa que eles prefiram dinheiro sujo assim. Fico com a minha venda de armas mesmo. Não to fazendo mal para ninguém.
– Na verdade... – Sunny fora cortada por Dona Clementina.
– Oh, querida... Por que não me pega um copo d'água? Preciso tomar o meu remedinho.
Sunny assentiu, revirando os olhos discretamente. Já estava tendo muito trabalho naquela véspera, e ainda nem era meia-noite.
– Pois me diga, dona Clê. – Disse Sooyoung, coçando a cabeça de Alfredo. – De onde veio esse seu amigo? Foi seu comparsa também? Como se conheceram? – Hyoyeon deu um tapa na própria testa, a mais alta falava como se o cachorro e dona Clementina formassem um casal.
– Achei meu bom e velho Alfredinho na rua. Abandonaram ele! – Dissera com pesar. – Aí como HyoYeon estava naquela fase, sabe? Rock na veia, funk na cadeia... Ou era o contrário? – Coçou o queixo. – Aquela fase onde as crianças de quinze anos colam posters do Tom e Jerry na parede. Então eu o adotei para ver se ajudava um pouco a minha criança... Era um filhote tão bonitinho! Mordeu e quase arrancou fora o dedão da Creudiscléia, minha prima.
– Admiro muito a criatividade pra nomes na família de vocês... – Afirmou Sooyoung, olhando pras duas. Até que se levantou rápido, como se lembrasse de alguma coisa. – MAS TÁ. BORA FAZER O AMIGO SECRETO ENTÃO, GENTE? PRA SOBRAR MAIS TEMPO PRA FORRAR O BUCHO? QUASE MEIA-NOITE JÁ!
– Coloque o nome de Alfredo na lista, sim? – Dona Clementina dissera para SooYoung que assentira sorrindo. Provavelmente... Nem escutara... Estava mais concentrada em pensar na comida após o amigo secreto.
– Ai, vovó! Pra quê pôr o cachorro nisso? Ele trouxe um presente também por acaso? – Hyoyeon perguntou, contrariada.
– Além da mancha de cocô no carpete... – Sussurrou Sooyoung, antes de levar um tapa no ombro vindo de Sunny.
– Claro que trouxe! – A Senhora retrucara, fitando seriamente a neta. – Está me dizendo não, Hyoyeon? – O cachorro vira lata começara a rosnar para a loira, que engolira em seco.
– Sim, o Alfredo pode participar! – Sunny rapidamente dissera. Não queria uma troca de tiros em sua sala...
– Que bom. Porque ele trouxe um lindo presente. Ele mesmo escolheu! Apontou com a patinha e tudo. – O cachorro latiu para concordar, abanando o rabinho.
– Queria entender porque Hyoyeon nunca comentou sobre Alfredinho antes, já que ele é tão da família assim. – SooYoung pegara o presente em cima da mesa e segurou-o firmemente. A loira praticamente se engasgara no seco ao ouvir o comentário de SooYoung.
– Porque Hyozinha tem vergonha de contar que crescera ao lado do meu menino! Parece que se esqueceu das boas histórias que tem ao lado dele! – A Senhora semicerrou os olhos para a neta. – E pode ter certeza que eu vou contar tudo para as suas namoradas.
– NÃO! – A mulher arregalara os olhos.
– NÃO GRITE COMIGO, HYOYEON! – Dona Clementina apontara na cara de sua criança. – Sabe o que Hyozinha fizera no natal de 2005, minhas queridas Sunny e SooYoung?
– Conta aí Dona Clê! – A mais baixa das três cruzou as pernas e sorriu para a Senhora.
– Minha menina Hyozinha inventou que a rua toda tinha que estar bem decorada para o feriado, né... E que todos nós tínhamos que comemorar juntos.
– Vó...
– Cala a boca! – Exclamou rapidamente e continuou agora sorrindo. – Ela basicamente roubou uma galinha da fazenda lá perto de casa e fez um monte de decorações estranhas... Cada uma tinha uma frase com uma escrita estranha, todos os vizinhos comentaram... Parecia que HyoYeon estava invocando o capeta com aquela porcaria...
– Eram músicas coreanas, vó...
– Mas você não era funkeira, minha filha? – SooYoung piscou em confusão.
– E onde que entra o Alfredinho nessa história? – Sunny indagou curiosa.
– Pois então minha gente, ele estava justamente servindo de cesta para minha netinha por a galinha e as decorações... Só que não deu muito certo. – A senhora puxou sua sacola com dois presentes e dera ombros. – A galinha se desprendeu, só que ela tava presa na nas luzes de natal... Que estavam presas em Alfredo... – A carinha do cachorro era de completo pesar, chegando a encostar a cabeça no braço de Dona Clementina. – E eram luzes com pinhas e não para engatar na luz. E tinha musiquinha... Aquela coisa que ela chama de Coreano. Só dava para entender o “Lúcifer” da música... – Sorriu amarelo. – Acharam que a galinha era a coisa ruim e com as luzes piscando e aquela música tocando, todos chegaram a conclusão que o capeta veio sequestrar Alfredo. – Falava tão naturalmente que ocasionava um arquear de sobrancelhas de ambas as garotas. Hyoyeon se encontrava mais vermelha que um pimentão. – Chamou tanta a atenção que veio até a polícia e como pobre sempre se dá mal... Eles viram as minhas AK47’s pelo quintal... Tentei dizer que eram de brinquedo, mas não acreditaram. – Suspirou pesadamente e balançou a cabeça em negação. – Foi uma pena que prenderam meu vizinho por isso, afinal... Eu sou uma mulher idosa, o que uma velhinha tão inocente quanto eu faria com armas deste porte?
– Minha velha... Prefiro não imaginar. – SooYoung sorriu amarelo para a Senhora.
– VAMOS PEGAR OS PRESENTES, VAMOS? – Hyoyeon puxara o dela e sorriu fraco. Sunny escrevera o nome de todos, inclusive o de Alfredo e colocara em um potinho, balançando-o.
– Ok! Dona Clementina, a Senhora pega primeiro. – Sunny estendeu para a idosa que rapidamente pegou um papelzinho e o abriu. – Pegue o de Alfredinho também. – Dona Clementina alcançou outro pedaço de papel. – SooYoung, agora é você. – A shikshin assentira e pegara seu próprio papelzinho, abrindo-o e sorrindo largo. – HyoYeon... – A loira pegou o papel e somente o segurou. Então Sunny pudera pegar o último papelzinho. – Ok, vamos lá! Quem quer começar? – E ao notar que ninguém se manifestou, a mais baixa de todos suspirou pesadamente. – Eu começo então... – Respirou fundo. – Precisa fazer aquela dedicatória mesmo?
– Precisa! – SooYoung exclamara rapidamente. – Esta é a graça, Sunny Bunny! – Batera palminhas animada.
– Certo... – A loira coçou o queixo. – O meu amigo secreto é uma pessoa muito companheira, troll, que eu mal conheço e já considero pakas. Está mais para um animal, porqu-
– UHHHH! É A SOOYOUNG COM FOME! – HyoYeon gritara interrompendo Sunny. SooYoung se levantara e sorrira largo.
– SOU EU! – Apontara para si mesma.
– Vocês ao menos prestaram a atenção na parte que eu mal conheço e já considero pakas?
– Mas querida, eu com fome você mal conhece mesmo, pois estou sempre de barriga cheia. – A shikshin respondera com biquinho entristecido.
– Também pode ser ela mesma. Vai que ela está depressiva e mal se conhece? – Dona Clementina indagara, fazendo com que as duas garotas fitassem Sunny, que dera um tapa na própria testa.
– É O ALFREDO, GENTE! O ALFREDO! QUE EU MAL CONHEÇO E CONSIDERO PAKAS, QUE É TROLL POR CAGAR NO MEU TAPETE, QUE É COMPANHEIRO DE DONA CLEMENTINA PARA O QUE DER E VIER. E QUE CLARO... É UM ANIMAL!! – Respirou fundo e massageou as têmporas. – Ok... Assim, Dona Clê... Eu não sabia o seu amigo era um animal, então eu comprei chocolates belgas. – Dera de ombros e entregara o grande presente para Dona Clementina, que assentira compreendendo a situação. SooYoung se sentou ao lado da Senhora.
– Sabe, Dona Clê... Eu sempre te considerei muito, sabe? Sempre vi que a Senhora era parceir-
– SooYoung, eu não vou te dar os chocolates de Alfredinho. – A Senhora respondera naturalmente vendo a Shikshin olhar torto para o cachorro.
– Ok... Vovó, leia o papelzinho de Alfredo e faça aquela dedicatória.
– Tudo bem! – A senhora pegara o papelzinho e abriu-o. – Hummmmmm... Alfredinho trouxe chocolates também. – SooYoung prontamente voltara a prestar a atenção na conversa. – E ele pegou uma pessoa que ele conhece há muito tempo.
– É HYOYEON! O CHOCOLATE É MEU! – A morena gritara entusiasmada.
– Sou eu. – Dona Clementina dera de ombros.
– QUE MARMELADA É ESSA?! – A Shikshin arregalara os olhos. – Aff!
– Agora sou eu mesma, não é? – Indagara vendo Sunny assentir. – Ok... – Segurou o seu próprio papelzinho.
– Será que ela trouxe chocolates também? – SooYoung indagou preocupada para Sunny, que lhe estapeara o braço.
– Contenha-se! – Ralhou com a mais velha.
– Tá... – Tinha um biquinho emburrado.
– Hummmmmm... – Dona Clementina sorriu e levantou a cabeça. – Eu peguei uma pessoa muito querida, sempre muito gentil, um amor de pessoa. Alguém que eu gosto muito! Eu fico muito feliz em ter acertado o presente, pois é de coração, menina. – HyoYeon se levantou sorrindo e abrira os braços para abraçar a avó. – Eu peguei a Sunny. – O sorriso da loira mais alta morrera no mesmo instante, vendo a namorada baixinha passar por ela com um sorriso vitorioso e jogar os curtos cabelos para o lado. A mais velha cruzou os braços e se sentou ao lado de SooYoung.
– Será que é chocolate? – A shikshin indagou baixinho para a mais velha, que balançou a cabeça em negação. SooYoung não tinha jeito...
– Obrigada, Dona Clê! – Abraçou a velhinha que lhe entregara o presente em mãos. Sunny abrira sempre pressa e sorrira lindamente. – Eu estava mesmo precisando de uma panela de pressão nova! SooYoung tentou fazer feijão com a minha antiga da última vez e né... Explodiu a panela e a cozinha no mês passado. – Coçou a nuca.
– AFF! – SooYoung jogou os braços para cima e refletiu um pouco. – Quem será que me pegou? – Colocou a mão no queixo, ficando pensativa. HyoYeon ao seu lado lhe fitara com uma feição do tipo “Não é óbvio?” e rolou os olhos.
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Após terminarem a troca de presentes e SooYoung descobrir que ganhou potes de plástico e nada de comida... Todas foram para a mesa e eis que as garotas trouxeram a comida para a mesa, faltando somente o Chester. Sunny voltara para a sala com a testa franzida e piscando em confusão.
– Soo... Eu não te mandei tirar o Chester do forno? – A loirinha indagou e cruzou os braços.
– Mas eu tirei! – Exclamara abismada.
– Tá... E onde você meteu esse Chester? – Rira pela respiração.
– SooYoung... Eu não acredito que você comeu o chester todo sozinha! – HyoYeon arregalara os olhos.
– M-mas eu não fiz nada! E-eu coloquei ele em cima do balcão! – A shikshin semicerrou os olhos. – Por que você estão me acusando de ter comido ele todo sozinha? Eu nem toquei nesse chester! Q-quer dizer... Eu tirei uma coxinha... M-m-m-mas não foi nada comparado ao que sobrou! – Completou rapidamente ao ver a feição mortal que recebia de Sunny.
– Choi SooYoung... Onde está o meu chester? – Sunny arqueou a sobrancelha direita.
– Gente... Cadê o Alfredinho? – Dona Clementina indagou ao ver que seu bom amigo não estava ali. HyoYeon arregalara os olhos ao ouvir latidos abafados por alguma coisa. Todas se viraram para a direção de onde se encontrava o pequeno cachorro que tinha um enorme peru de natal tampando a sua cabeça... O grito de Sunny e SooYoung fora estridente e em uníssono.
– O MEU CHESTER!
Notas Finais: ATÉ A PRÓXIMA E EU ESPERO QUE NÃO DEMORE TANTO DESSA VEZ, LIROU FRIENDIS!