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- Mulheres da minha vida Capítulo 2 - Gravidez: Primeiro mês
novembro 03, 2013
Fanfic Mulheres da minha vida
Escrita por MyYoona
[+16]
Acordei, dei uma longa e digna espreguiçada e coloquei a mão
no lado esquerdo da cama a fim de acordar minha adorável esposa, mas ela não
estava mais lá. Bem típico das manhãs de terças-feiras. Tiffany durante dois
dias da semana deixa seu consultório no Hospital Nacional de Seul e atende no
pronto-socorro de outro hospital da periferia. De graça! Um amor de mulher,
não?
Ouço meu celular tocar em algum lugar do quarto e levanto muito
a contragosto. Procuro o maldito aparelho que não para de apitar e o encontro
debaixo da cama.
- Yoboseyo?
- BABY! – A voz alegre demais da minha esposa me fez sorrir
– Bom dia! Como está você e o nosso neném?
Inconscientemente coloquei a mão sobre a minha barriga e o
acariciei.
- Estamos ótimos e bom dia para você também – Passei os
olhos pelo relógio e abri a boca – Deus, estou super atrasada para o trabalho!
- Ah, você não vai trabalhar hoje – Falou de modo distraído.
- BWO? Por quê?
- Você está grávida, Kim Taeyeon – Ela respondeu e eu já
imaginava a sua posição no outro lado da linha: corpo sustentado pelo pé
esquerdo e mão na cintura – Não poder fazer esforço inclui não se estressar.
Bufei audivelmente.
- Eu já liguei para o escritório e avisei que você não iria
hoje. Pode relaxar.
- Tiffany! Eu sou a dona daquele escritório e não posso
simplesmente deixar de ir!
- Shut up, Tae – Ela respondeu irritada – Vá descansar e nos
vemos a noite, ok? Te amo. Bye.
Sem me dar chance de resposta, desligou. Olhei desacreditada
para a tela escura do celular e o joguei na cama. Como assim eu não posso
trabalhar? Aish! Estou grávida, não morta.
Resolvi tomar banho para conseguir pensar com mais clareza.
Enquanto a água deslizava sobre o meu corpo, me pus a
debater: eu? Não ir trabalhar? De jeito nenhum! Decidi que iria desobedecer a
ordem expressa de Tiffany enquanto lavava o cabelo. Sorri ao pensar em qual
seria a sua reação, provavelmente me ignoraria pelo resto da semana. Ah, isso
não iria ser um castigo assim tão horrível, afin-
Deus, o que estou pensando? Amo a ouvir falar – não por
horas e horas como sempre acontece... Ok, foco.
Saí do banho e vesti um dos meus vários ternos. Arrumei o
cabelo em um rabo-de-cavalo elegante, fiz uma maquiagem leve, coloquei um salto
e voilá, pronta para seguir para o meu escritório. Peguei minha maleta e desci
as escadas, tentando lembrar onde havia colocado as chaves do carro. Fany as
teria escondido, talvez?
- Elas estão aqui, Pigmeu.
Soltei um grito repentino pelo susto e logo revirei os olhos
ao me dar conta de quem era.
- Como entraram aqui? – Perguntei irritada.
- Ora, Taengoo, você sabe muito bem como sou boa em abrir
portas com grampos.
Sentados confortavelmente no sofá da minha sala estavam
Sunny e Donghae. O moreno girava as chaves no dedo indicador enquanto a outra
sorria tanto que seus olhos se fechavam. Os dois são meus melhores amigos de
infância, mas nesse momento eu os desejava mortos.
Ok, não é para tanto. Fora da minha casa já estava de bom
tamanho.
- Estou muito feliz em vê-los. Talvez estivesse mais se os
tivesse deixado entrar – Vi que eles compartilharam um sorriso – Mas agora
preciso trabalhar, então...
Fiz um gesto como se espantasse cachorros. Os dois ficaram
sérios no mesmo instante.
- Kim Taeyeon, viemos lhe fazer uma visita e é assim que
você nos recebe? – Donghae perguntou ofendido.
- E a propósito, Tiffany nos mandou vir certificar que você
realmente não vai sair dessa casa.
Bufei e joguei minha maleta no sofá, fazendo o mesmo com o
meu corpo em seguida.
- DE-SIS-TO!
Sunny levantou e se ajoelho em minha frente, sendo
acompanhada por um olhar curioso de Donghae que não fazia menção de mudar um
centímetro da sua posição.
- Tem certeza que nada irá prejudicar o bebê? – Perguntou de
repente.
- Bom, acho que sim – Respondi indiferente – Se nada me
atingir na barriga, creio que não haja problema.
- Ótimo!
E depois tudo o que senti foi uma ardência no braço direito.
Olhei incrédula para o local. Aquela anã havia mesmo me batido? Sem nenhuma
razão aparente? Senti novamente outro tapa e agora almofadadas me eram dadas
sem dó. E os anos de amizade, de camaradagem, onde foram parar? E aquele
energúmeno não iria fazer nada para me ajudar? Era um complô contra a minha
pessoa?
- Quem você acha que é para não me avisar que está grávida,
Kim?
Ah, então era isso?
Sorri amarelo e busquei ajuda com o olhar. Donghae, infelizmente,
deu de ombros e voltou a atenção para o seu celular que parecia mais importante
do que nós duas. Sempre foi assim. Ele nunca se meteu em nossas conversas. Nem
quando a pequena se exaltava e minha vida corria risco.
- E-Eu esqueci, Sunkyu – Respondi temerosa – Estou
trabalhando tanto que ainda não tive tempo de respirar e digerir essa
novidade...
Ela arqueou uma sobrancelha. Isso significava que ela não
havia aceitado minhas desculpas.
- Um mês é muito tempo. Ninguém esquece de dar uma notícia
tão importante!
- Você sabe que minha memória não é lá muito boa – Me
defendi de novo e sentei-me, desamarrotando o meu terno – E, além disso, você
já sabe agora. Não precisava disso tudo.
- É mesmo? – Sunny deu um sorriso sombrio e levantou-se –
Diga isso para a sua família que deve estar chegando em – Olhou para o relógio
– Cinco minutos.
- M-Meus p-pais? – Perguntei com os olhos arregalados e logo
senti minhas mãos começarem a suar. Droga! Deles eu não escaparia.
- Boa sorte com os Kim – A pequena disse e fez um gesto para
que Donghae a acompanhasse. Ele jogou as chaves na mesa de centro e um beijo em
minha direção. Eles abriram a porta, mas antes de sair, ela se virou para mim –
Ah, Hyoyeon falou que também quer ter uma conversinha com você.
Oh, Deus, mais uma? Será que ninguém vê que estou grávida e
não posso fazer esforço e que isso inclui não me estressar?
Ouvi o barulho da porta fechando e voltei a deitar no sofá.
O que falaria para todas essas pessoas? Elas não acreditariam quando eu disser
que esqueci, mas eu realmente fiz isso! Minha memória nunca foi boa, tanto que
conto com uma secretária particular que anota todos os meus compromissos, tanto
pessoais quanto profissionais.
Nicole definitivamente era o meu anjo da guarda.
Peguei meu celular e decidi ligar para a Tiffany e rezava
para que ela estivesse com o celular por perto, pois o assunto era urgente.
Apertei a discagem rápida e ouço chamar uma, duas, cinco, sete vezes e nada
dela atender. O que eu faria agora? Tecnicamente, não sei da visita dos meus
familiares, então posso fingir algo, não é?
Não. Daria tudo errado.
Infelizmente, não tive tempo para pensar em mais nada, pois
a campainha soou e eu sabia que eram meus pais. Engoli um seco e fui atender a
porta, colocando em prática as aulas de teatro que fiz quando adolescente e
fazendo a minha melhor cara de surpresa:
- Omma? Appa? Que surpresa ver vocês!
Tão logo os cumprimentei, fui sufocada por dois braços
fortes em torno da minha cintura e eu já deveria saber quem era: Hayeon me
olhava sorrindo e eu retribui o gesto. Não tão forte, claro.
- Senti muita saudade de você, unnie – Disse com a voz abafada,
já que estava com o rosto prensado contra a minha barriga.
- Também senti muita a sua falta, Hayeon. Mas será que você
poderia desapertar o abraço só um pouquinho? Está deixando a unnie sem ar.
Ouvi nossos pais sorrirem e a pequena resolveu me deixar
respirar. Livre, fui falar com meus genitores.
- Venham, entrem e fiquem a vontade.
Segui com os três até a sala onde estava há minutos atrás e
eles se acomodaram confortavelmente no sofá. Sorri largo enquanto olhava para a
cara séria do meu pai e a meio risonha da minha mãe.
- Então, a que devo o prazer da visita?
- Taengoo, como pôde nos esconder que estava grávida? – A
voz grave do meu pai me fez morder o lábio e voltei a me sentir quando era
pequena e fazia alguma coisa ruim.
- Bom, não foi bem esc-
Senti um par de braços ao redor do meu pescoço e a voz
chorosa da minha mãe me fez sorrir.
- O meu bebê vai ter um bebê!
- Sim, mãe.
- Temos que marcar todos os exames possíveis para garantir a
sua saúde e também o ultrassom para saber o mais rápido o sexo do meu netinho –
Falou e passou a mão pela minha barriga, emocionada – Preciso avisar a toda a
família!
- Também não precisa disso tudo – Disse incomodada. Sempre
odiei ser o centro das atenções, ao contrário da minha mãe.
- Taeyeon, você já nos escondeu essa notícia por muito tempo
e sinto que se não fosse pela Sunkyu, nós só saberíamos quando ele já estivesse
caminhando pela casa. Portanto, deixe sua mãe fazer o que ela tem vontade e
aceite tudo de boca fechada.
Apesar do discurso parecer intimidador, meu pai sorria
amplamente.
- Taengoo vai ter um bebê? – Hayeon perguntou e sorriu ao
receber a resposta afirmativa – E eu vou ter um sobrinho? Eba!
Todos rimos diante da empolgação da minha irmã.
- Mas como a tia Fany fez, sendo que ela é mulher? – Cerrou
os olhos e olhou para mim – Ela é menina, não é? Por que meu colega me disse
que para fazer um filho, só sendo homem e tendo-
- HAYEON! – O grito saiu em uníssono e eu olhava espantado
para a garotinha de sete anos à minha frente. Como ela sabia tudo isso? Deus!
Essas crianças estão muito precoces!
- E onde está Jiwoong? – Perguntei a fim de desviar o
assunto da conversa.
- Infelizmente não pode vir – Meu pai respondeu depois de
balançar a cabeça – Teve que resolver umas coisas na empresa, mas disse que
está feliz por você e que só não lhe dá uns bons socos porque já adora o seu
sobrinho.
Ri alto. Meu irmão definitivamente não tomaria jeito nunca.
- E vocês ficam por quanto tempo?
- Na verdade já estamos indo embora. Passamos aqui apenas
para confirmar a notícia e lhe dar um puxão de orelha! Precisamos voltar para
Jeonju ainda hoje.
- Sério? – Fiz um bico – E quando vem novamente?
- Não sabemos. Talvez quando nosso netinho nascer – Me olhou
carinhosamente e eu retribuí o olhar.
- Bom, nós já vamos – Os três se levantaram e se despediram
– Mande um beijo para Tiffany. Amamos você, filha.
- Eu também amo vocês – Dei um último beijo em cada um e
esperei na porta até que o carro virasse a esquina. Ah, como eu amava a família
Kim! E até que não fora tão ruim...
Ouço meu celular apitar, mais uma vez, indicando que havia
chegado uma mensagem. Olho no visor e vejo que é da Tiffany.
“Hey, baby, como está? Desculpe não ter atendido à sua ligação,
eu estava atendendo um paciente. Mas e aí, sua família já foi lhe ver? Espero
que esteja bem, amor hahaha eu que os mandei irem em nossa casa. Não ficou
chateada, não é? Sei que não. Te amo e estarei de volta logo mais a noite.”
Dei um sorriso sem mostrar os dentes e tratei de responder a
mensagem na mesma hora, para que ela pudesse ter a oportunidade de ler.
“Sim, estou bem. Meus pais não me mataram como você e todos
previram. E não, não fiquei chateada, só um pouco... surpresa? Acho que essa é a
palavra. Te amo muito também e te espero.
Ps: Deixarei cobertores e travesseiros para que você possa
se acomodar na sala, pois hoje é aqui que você dormirá ;)”
Apertei o botão enviar e em menos de três minutos, vejo que
a resposta não foi uma mensagem, mas sim uma ligação. Rio alto ao ver o
desespero da minha adorável esposa, mas resolvo deixá-la esperando.
Afinal, estou grávida e não posso fazer esforço e muito
menos me estressar. E Tiffany tem o poder de fazer com que eu faça as duas
coisas ao mesmo tempo.
Incrível, não?
Notas Finais: Olá, galerinha. Como estão? Sei que demorei muito para escrever mas aconteceram algumas coisas que me impossibilitaram de postar. Na verdade esse capítulo sem sairia hoje, porque fiquei sabendo de algo muito revoltante e a minha inspiração simplesmente foi por água abaixo. Sinto muito pela péssima qualidade do capítulo, mas os próximos serão melhores. Prometo.
Não sei quando posto o próximo. Espero que seja logo, porque ao contrário do que muitos de vocês devem pensar, eu não gosto de deixá-los esperando.Bom, curtam o capítulo e até o terceiro. Beijos =^.^=