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- Sra e Sra Kim Capítulo 7
julho 18, 2013
Fanfic Sra e Sra Kim
Escrita por ByunBiia
[+18]
Notas da Autora: Oii gente! *-* Mais um capitulo saindo do forno para vocês. Acho que agora as coisas vão começar a se esclarecer na historia e na mente de vocês. Desculpa qualquer erro ae. Go ler!
Taeyeon
pov
Levantei
e o dia estava raiando, o sol nascendo, tudo parecia lindo e maravilhoso. Novo
dia, esperanças renovadas, isso era o que eu via quando olhava meu vizinho.
Maldito Lee, era cinco e meia da manhã e o homem estava sorrindo. Ele acenou
pra mim e eu como uma boa dama respondi ao aceno. Sínico, sendo simpático só
pra não devolver meu cortador de grama, fazia mais de duas semanas que estava
com ele e nada de devolver. Se a grama crescer mais um pouco tenho certeza que
Tiffany vai ter um faniquito. Sorri com a ideia, melhor deixar o cortador onde
está.
Atravessei
o gramado dos fundos em direção ao anexo que funcionava como minha tão amada
estufa. Uma vez dentro, tranquei a porta. Aquele quartinho não passava de uma
fachada para os meus verdadeiros amores.
Como
sempre, a bancada do torno deslizou facilmente para o lado, revelando uma tampa
de metal sobre o chão. Ajustei os números do cadeado, soltei a lingueta de
metal e abri o alçapão.
Arrastando
a bolsa atrás de mim, desci uma escada, acendi a luz e avaliei as
possibilidades. As pilhas de cédulas guardadas ali estavam criteriosamente
organizadas segundo o país emissor. Minha coleção de armas era quase um
arsenal: morteiros, granadas, uma miríade de armas portáteis. Escolher uma
delas era como fazer compras num hipermercado.
Eu
precisava de algo leve e quase invisível, mas com alcance e poder de fogo
razoáveis. Encontrei o que buscava, joguei na maleta e tranquei. Uma vez fora
do alçapão, voltei imediatamente ao papel de esposa dedicada e trabalhadora.
Entrei em casa novamente e me dirigi até o quarto da Seo, abri a porta
lentamente e a vi ainda dormindo serenamente como se nada a incomodasse, pelo
menos ela esta bem nessa “família perfeitinha”, segui até a escrivaninha, abri
uma das gavetas e de lá tirei um pequeno pedaço de papel para deixar um
bilhete.
“Bom dia
Seobaby, a Tae-unnie vai ter que sair para resolver umas coisas do trabalho e a
Fany-ah terá que viajar por uns dias também, você já sabe cozinhar e os
ingredientes estão no armário. Tranque bem a porta e não abra para nenhum
estranho. Espero voltar logo.
Com amor,
TaeTae-unnie.”
Deixei
o bilhete lá mesmo e sorrindo, caminhei até a garagem, joguei a bolsa no banco
de passageiro e saí de ré em direção à rua, já inteiramente concentrada no
trabalho.
Por
puro condicionamento, olhei pelo retrovisor e me lembrei de que tinha
negligenciado uma de minhas obrigações conjugais. Apertei o controle remoto da
garagem, e a porta se fechou lentamente. E fui embora para minha outra vida.
Tiffany
pov
Eu ainda
estava na cama, mas meus olhos estavam abertos. E os ouvidos, alerta. Por fim
ouvi o carro saindo para a rua. "Não se esqueça de fechar a porta
da garagem, Taeyeon." Ótimo. O barulho inconfundível da porta se
fechando. Ela havia se lembrado, pelo menos dessa vez. Saí da cama e fui direto
para o banheiro. Não tinha tempo a perder.
Quatro
minutos no banho, três me vestindo (sou uma profissional, ora bolas); depois
desci correndo para a cozinha e acionei a função "limpar" do forno.
Não. Não sou dessas donas-de-casa obsessivas que não conseguem sair de casa
sem que esteja tudo brilhando. Era outra coisa que eu havia assado na minha
cozinha.
O timer apitou,
e com um gesto abrupto abri a portinhola do forno. Depois digitei vários
números no painel de controle e... Biiiiip! Uma advertência de
dez segundos. Assim que digitei o código de segurança, o bip parou.
A base do meu forno se abriu. E eu sorri.
Era
ali que eu guardava meus utensílios de cozinha especiais armas de
última geração, facas reluzentes. Limpas, lubrificadas, tudo muito organizado.
Logo que nos mudamos constatei que o melhor lugar para esconder meus
segredinhos era a cozinha, uma vez que Taeyeon detesta cozinhar.
Analisei
as opções e depois guardei na perna direita minha faca predileta. Subi as
escadas e fui ao quarto da Seo, apenas deixo a Taeyeon pensar que eu não me
importo, mas eu me importo sim, ela é minha única sobrinha e talvez o que resta
do gênesis da minha família, abri a porta e segui para perto da cama
observando-a dormir ternamente, pelo canto do olho vi um bilhete em cima da
escrivaninha, um bilhete de Taeyeon. Li e no final apenas acrescentei meu nome
lá como se fosse um bilhete de nós duas, coloquei no mesmo lugar de antes e
segui para fora do quarto. Luzes apagadas, cafeteira elétrica desligada, fui
para a garagem e saí com o carro. No para-choque, o adesivo: "Vizinhos
vigilantes: mantendo nossas ruas em segurança.".
Era
isso o que eu fazia todos os dias, mas não exatamente da maneira que os
vizinhos imaginavam. Pouco depois eu estava num dos arranha-céus da cidade,
atravessando a porta giratória em direção ao átrio. Diante dos elevadores,
conferi minha aparência nas portas espelhadas: blazer preto e justo,
saia acima dos joelhos, salto alto, maleta executiva.
"Perfeito", constatei. Eu estava pronta para o trabalho.
Subi
até os andares superiores do prédio, onde ficava meu escritório. Saindo do
elevador, passei pela câmara de segurança, onde feixes de luz ultravioleta
banharam meu corpo, procurando por armas e verificando minha identidade. A
logomarca da minha empresa apareceu no monitor de segurança, ao lado de uma
lista de dados a meu respeito: temperatura corporal, pressão arterial, armas, joias.
Se quisessem, saberiam até a marca do rímel que eu estava usando.
"Tiffany
Hwang”, disse uma robotizada voz feminina. "Confirmado."
-
É Kim! Kim! - Fazia cinco anos que eu dizia isso e toda vez que o sistema
era atualizado o computador voltava a dizer ‘Tiffany Hwang’.
Tentei
abrir a porta da minha sala, mas a mesma voz de antes disse: "Aguardar
contato." Fiquei surpresa. Aquilo não era comum. E então um rosto apareceu
na tela do monitor. Um homem de aparência familiar e elegante, o Big Boss.
— Desculpe
a intromissão, — ele disse com seu sofisticado sotaque britânico —mas
temos um... probleminha. E preciso que você cuide dele
pessoalmente.
Fiquei
intrigada. Aquilo não era o procedimento-padrão.
—
Alvo? — perguntei. A foto do meu novo alvo surgiu na tela.
— Kim
Noh-Young — informou meu chefe. — As especificações seguem
agora mesmo. O trabalho deve ser rápido, limpo e discreto. -
Assenti com a cabeça e disse:
—
Entendido, senhor. Tentei abrir a porta outra vez, mas a voz de Papai me interrompeu.
— Tiffany...
- Olhei para o monitor. Ele hesitou um instante e depois disse apenas:
— Boa sorte.
Fiquei
ainda mais intrigada. Isso era muito, muito incomum. Meu chefe
geralmente era sucinto e eficiente. E apesar de minha longa ligação com a
empresa, ele raramente perdia tempo com amenidades sociais. Então o que mudara
naquele dia? A expressão no rosto dele... Havia algo de estranho ali. Mas antes
que eu pudesse analisá-la melhor, a imagem desapareceu da tela. Balancei a
cabeça. Provavelmente estava imaginando coisas.
Uma
vez confirmada minha identidade, a porta ao fundo do corredor se abriu, e
finalmente entrei na sede da Archer — uma agência prestadora de serviços na
área de informática. Mas tudo isso era apenas uma fachada. Parei por um
instante e olhei ao meu redor. Puxa, como eu adoro este lugar. Aquela sala de
metal, ultra segura, fervilhava com o que havia de mais moderno em termos de
tecnologia: videoconferência, imagens em tempo real, tudo em warp
speed e transbordando eficiência.
Porém
o mais importante de tudo era a equipe que eu havia reunido. Num setor
prioritariamente dominado pelos homens, fiz questão de contratar as mulheres
mais inteligentes e competentes que consegui encontrar. Cumprimentei Sooyoung
com um sorriso. É ela quem cuida de tudo na minha ausência.
—
Bom dia, meninas, o que temos pra hoje?
Sooyoung
apertou uma tecla de seu computador, e uma enorme tela de plasma se acendeu com
nossa logomarca e os dados relativos ao nosso novo alvo, enviados diretamente
pela matriz.
—
Muito bem, meninas — eu disse com entusiasmo — Ao trabalho!
Os
dados sobre nosso alvo estavam todos ali: foto, dados biográficos, hábitos
diários, tudo, menos a última vez que ele foi ao banheiro.
—
Haverá um baile hoje na mansão dele, cheio de guardas, impossível entrar armada
— informei minha equipe. Num mapa, apontei para o local que nos interessava. —
O único ponto de vulnerabilidade é este aqui, ao norte da casa. Hyomin eu
preciso que você de um blackout no sistema – dois minutos é o suficiente – Eu
pegarei o guarda aqui. E preciso que você cuide dos documentos falsos — pedi.
Hyomin era a garota a quem eu recorria sempre que precisava de dados.
Sooyoung
era meio atrapalhada, a única missão que eu pedi pra ela fazer esse trabalho –
porque Sooyoung estava de folga - foi a de Bogotá. Ela fez tudo certo, mas
quando me entregou meu nome e os documentos. Ela havia trocado os documentos
falsos e me dado o nome de outra agente que estava em missão no Canadá. E o
pior, o nome de Kwon Yuri. Yuri e eu tínhamos um relacionamento estranho. Ela
era uma pessoa detestável, mas sempre que precisei ela estava lá por mim.
Talvez sejam os nossos temperamentos... não sei dizer. Depois que casei nunca
mais a vi.
Estudei o
rosto do homem, reproduzido em várias fotos. "Velho, parecia um
respeitável pai de família, quiçá avô", pensei.
Eu
sabia que isto não deveria fazer a menor diferença. Alvo é alvo. Mas de alguma
forma meu trabalho fica mais fácil quando o canalha é um ogro. Sei lá, talvez
seja apenas uma coisa de mulher, mas para mim é sempre mais difícil assassinar
um cara boa-pinta. Mas ali não haveria problema. Afinal, não se tratava de
nenhum Brad Pitt.
Estudei
aquele rosto, observando cada ruga, cada cicatriz, o tamanho dos cílios, o
formato das orelhas — firmando a ferro e fogo a imagem do sujeito na minha
memória.
Kim
Noh-Young.
"Bem,
Sr. Kim, seja bem-vindo ao último dia da sua vida."
Taeyeon
pov
Estacionei
em frente a um edifico no centro, rodeado por varias empresas, subi no elevador
e apertei o ultimo andar. Esperei o computador me reconhecer e autorizar minha
entrada.
—
Bom dia — eu disse à recepcionista.
–
Bom dia, Taeyeon — ela respondeu. — Problemas em Atlanta?
–
Foi o que me disseram. - Ela entregou-me um envelope e disse:
–
Um pedaço de cartão de embarque, recibos de táxi, contas de hotel... e também
temos as novas especificações para a empresa — acrescentou, entregando-me uma
pasta.
–
Ótimo. Vou dar uma olhada nisso tudo — eu disse em quanto atravessava o
corredor que conduzia à minha sala. Já estava a meio caminho quando Sunny
surgiu da sua toca e me alcançou. Cantarolava uma musiquinha qualquer e fazia
as palhaçadas de costume.
–
Sun, quais são as novidades? — perguntei, muito mais para fazê-la parar de
cantar do que para colher informações.
–
Mesma coisa de sempre. Pessoas precisando morrer. — Ela deu de ombros e depois
continuou: — Ah! Vou fazer uma reuniãozinha esse fim de semana. Churrasco lá em
casa. Clubinho só para Players. Mas você pode ir.
–
Agora eu me sinto honrada, se a Tippany não se importar... — eu disse, e depois
segui para minha sala. Sunny balançava a cabeça enquanto me via atravessar o
corredor.
—
Ei, Taengoo! Quer meu celular emprestado? Caso você queira ir ao banheiro,
respirar, ou qualquer outra coisa, e precise consultar Tiffany antes...
Simplesmente
revirei os olhos e fechei a porta sem responder. Não precisava de conselhos
matrimoniais de uma garota que ainda morava com a mãe.
Era ali,
dentro da minha sala que as coisas aconteciam de verdade. A decoração vintage, simples
e esparsa, me convinha perfeitamente. O lugar era confortável, desobstruído,
eficiente. Parecia cenário de um filme de James Bond muito antigo. Ali eu
conseguia me concentrar, ali eu conseguia pensar. Ali era a minha casa. A porta
se fechou. A sala estava segura.
Joguei
a pasta sobre uma pilha de outras pastas que nunca haviam sido abertas, jamais
haviam sido lidas. Depois sentei à minha mesa e apertei o botão debaixo da
mesa. Imediatamente, o painel que revestia uma das paredes retrocedeu para dar
lugar a uma gigantesca tela de plasma, de ultimíssima geração, exibindo a
logomarca da empresa.
–
Bom dia — eu disse.
– Confirmando
a identidade vocal... — respondeu a voz, apenas a voz, de uma
secretária. — Bom dia, Srª. Kim.
Em
seguida surgiu um rosto: o de uma mulher elegante, de cabelos claros, que
trazia nos olhos a marca dos muitos anos de trabalho naquele ramo. Era a grande
kahuna. Minha chefe. Também conhecida como "Mamãe". Com
um único olhar, era capaz de transformar o mais sanguinário dos seus agentes
num garotinho chorão. Empertiguei-me na cadeira, surpresa por vê-la na tela.
— Olá,
Taengoo — Mamãe disse em sua voz aveludada. — Muitas baixas
esta semana!
"Vou
tomar isso como um elogio", pensei, mas não disse nada.
— Temos
uma "Prioridade Um" — ela continuou —, e
portanto preciso de suas habilidades especiais.
Os
dados a respeito do alvo espocaram na tela: foto, biografia, tudo, menos a
última vez que ele tinha ido ao banheiro. Eles decerto tinham todas aquelas
informações também, em algum lugar.
– O nome
do alvo é Kim — informou Mamãe. — Também
conhecido como "o Rato".
—
O Rato... — quase não consegui conter o riso. — Ele parece meu pai.
Opa!
Mamãe contraiu os músculos da face. Não estava para brincadeiras, e o assunto,
fosse qual fosse, parecia muito importante para ela. Achei prudente me
comportar.
— E
uma ameaça direta à firma — ela continuou, um pouco mais incisiva.
— Peixe grande, sua mansão é uma fortaleza impenetrável. É uma missão
impossível.
Ela
desligou sem cerimonia, e um sorriso convencido tomou conta do meu rosto. A
agência era imensa e tinha vários profissionais como eu. Mas sempre que uma
missão envolvia as palavras ‘impossível’ ou ‘fortaleza impenetrável’ eles me
chamavam. Eu era a melhor, e eles sabiam disso.
Inclinei-me
um pouco para ler melhor os dados que atravessavam a tela. As pessoas podem
mentir, trapacear, fingir que são aquilo que não são. Mas os olhos sempre as
denunciam. Bastou uma rápida conferida nos olhos do cara para saber que não
passava de um panaca.
"Kim
Noh-Young", pensei, "Bem-vindo ao último dia de sua
vida".
Tiffany
pov
A
festa estava a todo vapor, pessoas circulando fantasiadas pra lá e pra cá,
dançando e aprontando. Aproveitando que estava de máscara e não seria
reconhecido. Festa com essa temática sempre foram muito úteis em minhas
missões. Era só achar o alvo e finaliza-lo, nada muito trabalhoso.
Eu
estava vestida com um corpete preto, uma máscara e um arco em formato de
orelhas de rato. Uma fantasia comum se o arco não fosse um plug-in que
desligaria o sistema e daria um blackout em toda a mansão deixando nosso querido
alvo no escuro. E eu – sempre prevenida – com minha máscara que era um óculos
de visão noturna teria vantagem e tempo pra executar meu trabalho bem feito.
Sorri
pro segurança que me revistava, o brutamonte parecia encantado com minhas
pernas. Não posso culpa-lo, com essa cara de assassino esse deve ter sido seu
maior contato com mulheres em anos. Entrei sem nenhuma dificuldade. Dei uma
rodada pelo lugar, checando as saídas, janelas grandes eram as melhores rotas
de fuga e pra minha sorte a casa estava cheia delas.
Quando
o anfitrião desceu tudo ao redor pareceu congelar, a música parou, os risos
morreram e todos só tinham olhos pra ele. Vestido de fantasma da ópera,
deslizou elegantemente escada a baixo, sorriu e se pronunciou:
-
Sejam bem-vindos meus amigos. Sinto-me honrado e feliz com a presença de todos,
sintam-se em casa.
E
tudo voltou ao normal, música, risos e dança. A única diferença era a elegante
figura do fantasma da ópera andando como um rei pelo salão.
Tenho
que confessar o coroa tem estilo!
Não
tardo muito e o nosso ilustre anfitrião se desculpou alegando cansaço e se
retirou da festa. Tudo muito comum pra alguém desatento, mas eu tinha visto uma
troca de pacotes entre o bom velhinho e um mafioso qualquer. Não tão bom assim
e Mr. Kim.
Dei
mais uma volta pelo salão antes de sair e ir dar uma volta no quintal. Segui
rente ao muro, cheguei aos fundos da mansão onde tinha um alçapão, abri a porta
e desci as escadas. Ativei minha mascara e esperei até meus olhos se adaptarem
a visão noturna, alcancei as grades que protegiam a fiação. Tirei meu arco e o
passei pela grade prendendo-o numa parte cheia de fios e botões.
Voltei
ao quintal e circulei a casa, olhei no relógio. Bem a tempo, o dispositivo foi
ativado e deu um blackout geral. Uma onda de gritos se seguiu dentro da casa.
Era hora de agir. Tirei a alça da bolsa e arremessei até o telhado, ela se
prendeu a borda e eu dei um puxão sentindo a firmeza do que me prendia.
Escalei
o muro, olhei ao redor, sem guardas. Pela janela dava pra ver tudo escuro no
salão. Continuei andando pelo telhado, eu tinha decorado a planta da casa e
mais a frente seria o escritório do alvo. Ao lado vinha uma sucessão de
quartos. Invadi um pela janela, eu já estava dentro.
Planejamento
minucioso, posicionamento perfeito, trabalho impecável... Nada podia dar errado
agora! Abri um pouco a porta e espiei pelo vão um lado do corredor, sem
guardas. Do outro lado tinha apenas um cochilando apoiado contra a parede. Me
aproximei e ele abriu os olhos meio sonolento.
–
Olá cavalheiro – ronronei passando meus braços envolta do seu pescoço, um
sorriso bobo tomou conta de seu rosto.
–
Senhorita – ele disse colocando suas mãos em minha cintura – o que faz aqui?
–
Oh, é que eu vim desacompanhada e eu me sinto meio carente agora, ainda mais
nesse escuro. Tenho medo... você pode me ajudar? – ele me puxou contra ele
sorrindo e cheirou meu pescoço.
–
Hoje é meu dia de sorte – ele sussurrou em meu ouvido, eu me senti horrível,
coloquei minhas mãos segurando a cabeça dele.
– Não é
não. – sussurrei e virei bruscamente sua cabeça escutando o claque do
seu pescoço – não é mesmo...
Nem
me preocupei em esconder o corpo, nesse escuro ninguém veria. Peguei a arma
dele e me esgueirei pelo corredor pronta pra abater meu alvo.
Taeyeon
pov
—
Boa Noite, senhor Kim — eu disse, quando o fantasma da ópera se aproximou de
mim.
–
Senhorita – ele cumprimentou de volta.
Nós
começamos a conversar e ele era realmente agradável, não demorou muito e ele
logo me convidou pra conhecer suas obras de artes e seu escritório. Aceitei
prontamente. Aquilo ia ser mais fácil que roubar doce de criança.
Ele
se desculpou com os demais convidados – alegando cansaço - me guiou até a parte
superior de sua casa. Sempre rodeados de seguranças, quando chegamos ao seu
escritório os seguranças ficaram no corredor.
Ele
começou a me mostrar suas pinturas e sua tão valiosa estatua de cerâmica. “Não é
fantástica?” perguntou entusiasmado. Eu concordei fingindo interesse por tudo.
Ele apontou pra outra pintura quando um apagão nos deixou no escuro. Ficamos
iluminados apenas pela luz do luar que entrava.
–
Que estranho... nosso gerador nunca falhou antes – ele disse preocupado –
Rodolf!
Ele
chamou o guarda que ficou no corredor.
–
Rodolf! – ele tentou de novo, nada, o tal Rodolf parecia ter evaporado. Hoje
era meu dia de sorte. Caminhei como quem não quer nada até o outro lado da mesa
dele.
–
Talvez possamos achar uma lanterna aqui – disse abrindo uma gaveta de sua
escrivaninha, ele correu para o meu lado.
–
Você não quer mexer nisso mocinha – eu ri e puxei a arma de sua gaveta.
–
Ah eu quero sim!
Tiffany
pov
Após
desmaiar outro brutamonte que estava na porta do escritório meu caminho ficou
livre, escutei a voz de uma mulher lá dentro – provavelmente uma de suas putas
– e ele disse algo ‘como não faça isso’.
É,
eu ia interromper uma DR, ela podia me agradecer depois. Entrei na sala e
apontei minha arma para senhor Kim. O homem já estava encolhido contra a mesa e
pareceu confuso ao me ver. Sua acompanhante tinha uma arma apontada na mesma
direção. Esse homem deve ter sido um péssimo namorado. Ela se virou pra me
encarar.
–
Quem é você? – por um minuto sua voz me soou muito familiar.
–
Não é da sua conta, abaixa a arma e sai, eu cuido do seu namorado pra você. –
eu disse apontando a porta. Ela riu e num movimento rápido me desarmou.
–
Ele é meu, querida.
Todas
as minhas dúvidas se dissiparam, essa mulher não era qualquer uma, vestida com
um vestido preto, e mascará de leão. Yep... a leoa estava caçando — só tinha um
problema - Ela estava atrás da minha presa!
E
uma pessoa possessiva como eu não divide nada. Até parece que essa mulher gato
do subúrbio vai vir a minha festa pegar meu rato.
Sorry,
baby, mas não é assim que eu jogo!
E estava
sem arma lutando contra alguém que tinha uma semiautomática apontada pro meu
rosto, eu sabia o que eu tinha que fazer. Na cartilha para assassinos
profissionais. Naquelas circunstâncias, a cartilha recomendava: abortar. Mas na minha cartilha estava recomendado: atropelar. E foi o que
eu fiz.
Joguei
meu corpo contra o dela e nós rolamos no chão, eu tomei a arma dela e fugi do
seu alcance. Agora eu tinha um novo alvo.
Notas Finais: Sugestões, criticas, elogios? Comentem, isso me deixa feliz. *--*