julho 30, 2013

Fanfic Sra e Sra Kim
Escrita por ByunBiia
[+18]



Notas da Autora: Oii gente! *--* Mais um capitulo para vocês, os meus leitores lindos que me fazem muito feliz! ^-^


Tiffany pov

— Ela está aqui. — Ela ampliou sobre a tela uma das muitas imagens do nosso sistema de segurança. Câmeras de vigilância apontavam para o elevador quando as portas se abriram.
Vazio!
Achei que ela pudesse estar escondida. Fechei o zoom, à procura de uma sombra, uma unha, qualquer coisa invadindo o campo de visão da câmera. Nada. Pera ai... Algo cintilou no chão do elevador. Fechei o zoom ainda mais.
Um minúsculo disco dourado coberto de diamantes rebatia as luzes do elevador. Uma aliança. E dentro daquela promessa de amor eterno, outra promessa: Uma bala solitária. Taeyeon estava dando o seu recado.
— Invasão do sensor térmico no perímetro — informou Jiyeon de repente. A tela do computador exibia uma reprodução tridimensional dos dutos do sistema de calefação — bem como a termo imagem de alguém se arrastando através deles.
Todas nós ficamos apreensivas, meus olhos e os de Sooyoung se encontraram, ela apontou pra cima. Juntas, todas nós olhamos para o teto, à espera de algum ruído.
Riiiiiing!
Pulei de susto quando meu celular tocou. Atendi sem desgrudar os olhos do teto. Não precisava olhar para o identificador de cha­madas para saber quem era. Com o coração acelerado, eu disse friamente:
— Já disse um milhão de vezes que não gosto de ser importunada no escritório.
— Primeiro e último aviso, Tippany — disse Taeyeon, sem nenhuma cerimônia —Você precisa desaparecer. Agora.
— E por que eu faria isso?
— Porque — ela disse — eu posso apertar o botão a qualquer hora, em qualquer lugar.
Não resisti.
— Querida, você não acharia o botão nem com uma lupa e um mapa. - Um momento de silêncio.
— Tae?
— Você está cinco segundos atrasada - Ouvimos uma pancada metálica no alto e seguimos o ruído através do teto, parede abaixo, até uma saída de ar...
Meu Deus, ela não estava blefando! Uma granada minúscula rolou para fora e continuou deslizando pelo chão. Parecia um brinquedo, uma granadinha da Barbie. Mas eu sabia que aquilo não era brinquedo nenhum. A poucos milissegundos da morte, não havia tempo para que meu cérebro ordenasse às minhas pernas para correrem dali.
— Bum! Você está morta. — berrou Taeyeon em êxtase.
Um pequeno estalo, e um clarão intenso iluminou a sala. Fu­gimos para todos os lados, cedendo a um impulso derradeiro e inútil. E então, a granadinha da Barbie explodiu e eu vi que não estava morta. A granada cuspia uma fumaça vermelha e chiava. Era inofensiva. Pelo menos assim esperávamos. Mesmo que fosse, eu estava certa de que Taeyeon não mandaria ou­tro aviso. Nossa história logo chegaria a um fim, fosse de que jeito fosse. Do meu jeito, de preferência.
— Plano de evacuação! — berrei para minha equipe. — Rá­pido!
Joguei-me sobre o primeiro teclado que vi e digitei um coman­do: o disco rígido foi completamente esvaziado. As meninas recolheram todas as pastas de arquivo, as de papel, e jogaram-nas numa urna de incineração. Sem titubear, Sooyoung lançou na mesma urna um dispositivo incendiário e — wuuufl — adeus arquivos.
Nós nunca deixávamos pistas, nem uma pegada. Eu continuei limpando os computadores enquanto as meninas se mandavam. Com lançadores portáteis elas atiraram ganchos no prédio vizinho e assentaram os dispositivos nas janelas. Ancoraram os lançadores no teto e sumiram pelos fios de kevlar.
Foi uma linda manobra, bem planejada, bem executada e rápida. Eu admi­rava profundamente a competência e a sensatez da minha equipe. Mulheres de fibra, sem dúvida alguma.
— Venha, Tiff! — gritou Sooyoung enquanto eu apagava o últi­mo disco rígido. Fiz um gesto rápido com a cabeça, indicando que não iria me demorar. Sooyoung desajeitadamente e gritando feito uma louca desapareceu pela janela. Fiquei sozinha.
Dei uma última olhada no escritório tomado de fumaça. Aquele lugar tinha sido para mim uma espécie de porto seguro, uma ilu­são de permanência em minha vida. Tinha sido um enorme prazer trabalhar ali. Mas era hora de partir, como sempre, eu nunca ficava muito tempo num lugar. Nunca me apegava.
Peguei o meu lançador e disparei. Eu havia acabado de atar a polia quando pensei ter ouvido al­guma coisa. Virei o rosto e vi Taeyeon pulando do teto. Ela se virou na minha direção, arma em punho, e buscou o meu olhar através da fumaça. Poderia atirar a qualquer instante.
"Está vendo?", lembrei a mim mesma. Naquele ramo, um mísero segundo de sentimentalismo muitas vezes significava morte certa. Devolvi o olhar dela com um esgar de desafio. Ela hesitou. O suficiente para que eu desse o fora. Com a adrenalina a mil, saltei pela janela.

Taeyeon pov

Eu poderia ter atirado ali mesmo, mas cometi a burrice de olhar diretamente naqueles olhos chocolates que eu tanto amei um dia. E por um instante senti uma arrebatadora excitação. Era como se... sei lá, como se minha mente, e não apenas o meu corpo, estivesse subitamente subjugada por ela. Como eu poderia destruir o que atiçava em mim aquele desejo de posse tão incontrolável?
Quando hesitei um segundo para decidir se acabaria com ela ali mes­mo, aqueles olhos de aço cintilaram de maneira quase debochada. Em seguida, com a naturalidade de alguém que entra num eleva­dor, Tiffany se jogou pela janela. O coração batendo a mil, corri até o parapeito e vi que ela desli­zava por uma espécie de corda.
Acho que naquele momento o tal desejo de posse bateu mais forte ainda — eu jamais deixaria aquele tesouro escapar! Pulei atrás dela. Isso mesmo. Pulei. Embora não contasse com o benefício de um fio de kevlar. Nem de um paraquedas.
Eu despencava em queda livre de uma altura equivalente a cin­quenta andares, tentando bolar um plano enquanto voava. Tiffany me viu e ficou chocada. Seria ótimo se ela não se importasse em receber uma visitinha naquele horário tão inconveniente.
Furando a escuridão, continuei caindo até me chocar diretamente com o corpo ela. Agarrei os pulsos dela e depois seguimos jun­tas, penduradas na mesma alça. O peso adicional diminuiu a velocidade da descida; o fio começou a perder tensão até se afrouxar completamente.
Então ficamos ali, penduradas no meio do fio de kevlar, braços e pernas entrelaçadas num mesmo desejo de sobrevivência, cinquenta andares acima das ruas, onde a borbulhante vida noturna da cidade prosseguia alheia ao nosso pequeno probleminha. Estávamos numa espécie de limbo, vertiginosamente suspensas no ar.
Acho que foi aquela altura toda que me deixou um pouco zonza. No entanto, devo confessar que Tiffany era o colete salva-vidas mais delicioso que eu jamais havia vestido em toda a minha vida. Naturalmente, meu ego ficou um pouco avariado quando pude constatar que nosso inusitado abraço não havia produzido nela o mesmo efeito que havia produzido em mim.
— Você poderia ter atirado lá em cima — ela disse. — Mas não atirou. Um gesto delicado. E suicida.
Então ela ainda planejava acabar comigo! Não se divertia tanto quanto eu com aquele romântico rapel! Fiz menção de pegar a arma no coldre da perna, mas ela apertou minha mão com a força de um alicate. Puxa, onde será que ela vinha malhando? Meus dedos pareciam estar sendo esmagados por um maldito gorila.
— Fui descoberta lá em cima apenas porque eu quis — falei com sarcasmo. — Você é previsível. Sei exatamente o que se passa dentro de você.
Virando o punho, Tiffany conseguiu deslizar a mão no meio de nós passando nas  minhas coxas e circulando o coldre até pegar a arma. Eu prendi um suspiro que ameaçava escapar.
— Não era essa a impressão que eu tinha quando estávamos na cama — ela disse. — Será que você mudou tanto assim?
Vaca! Agarrei-a pelo braço e fiz com que girasse no ar, de modo que agora eu a prendia pelas costas, meus lábios na altura das ore­lhas dela.
— Quem mudou foi você. Fazia muito que não demonstrava tanto interesse por mim. - Ela tentou se desvencilhar, mas quanto mais nos debatíamos, mais nos apertávamos naquele abraço quente, molhado e perigoso.
— Pelo que eu saiba você ainda gosta, se lembra da última vez? — emendei, sussurrando.
Opa. Tiffany ficou tão furiosa com minha observação que finalmente encontrou forças para se desprender e virar, colocando-se face a face comigo. O que não foi de todo mal.
— Pode tirar o cavalinho da chuva — ela rosnou, contorcendo-se. Ofegava ligeiramente.Cansaço, ou seria algo mais?
Se dependesse de mim, ficaríamos penduradas ali por mais um tempo, mas corríamos o risco de chamar a atenção da polícia se não resolvêssemos logo aquela situação. Apertei meu corpo contra o dela e prendi o braço dela junto ao tronco, impedindo-a de levantar a arma e atirar.
— Quem vai tirar o cavalinho da chuva é você — devolvi. — Vai sair da cidade.
Ela grudou os olhos nos meus, nariz contra nariz, peito contra pei­to, nossos corpos colados. Depois seus olhos faiscaram. O que lhe caiu muito bem, devo admitir.
— Está achando que vou me fazer de morta? — ela disse.
— Por que não? — respondi. — Foi o que fiz durante cinco anos de casamento.
Dei de ombros, e Tiffany aproveitou a ocasião para executar uma impressionante manobra: arqueando as costas, liberou o braço e le­vantou a arma contra mim.
— Não vou a lugar nenhum — falou secamente.
Então respondi com outra manobrinha não menos impressionante: balançando o corpo e chutando para o alto, consegui arrancar com os pés a arma da mão dela. Um pouco de sorte e muita competência — com perdão da modéstia — permitiram que eu pegasse a pistola no ar, antes que ela despencasse das alturas.
— Nem eu — falei. Com a arma na mão, eu estava em posição de vantagem. Aliás, a posição era ótima, como já foi dito anteriormente.
“Pobre Tippany.”  Num derradeiro gesto de resistência, retirou não sei de onde uma faca. Uma faca bem chinfrim, diga-se de passagem. Balancei a cabeça em sinal de desdém.
— Já devia saber disto, Pany. Não se traz uma faca para um duelo de fogo.
— O duelo acabou, Taeyeon. — ela disse entre dentes. Depois rodou a faca no ar, mas não em direção à minha garganta, como era de se esperar. Em vez disso, decepou o fio de kevlar acima de nossas cabeças, o fio que nos mantinha vivas lá em cima.
Cara! Qual seria a intenção dela? Matar a nós duas?
Um milissegundo antes que a parte decepada do fio voltasse ao prédio do escritório de Tiffany, soltei a arma e agarrei-me nela. Sabia que não teria outra chance de salvação.
Num movimento alá matrix, estendi as pernas para a frente enquanto despencava a mil por hora na direção de uma grande janela. Craaaaaash! Estilhaços voaram por toda parte quando atravessei a vidraça, rolei no chão e fiquei de pé numa perfeita sequência de movimentos. Limpei os cacos da roupa, voltei para o buraco que se abrira na janela e varri com os olhos o prédio da frente. Nenhum sinal de Tiffany. Respirei fundo e tomei coragem para olhar para baixo. Nenhuma aglomeração de transeuntes; nenhuma mancha esquisita no asfalto.
Inacreditável. Nós duas havíamos conseguido sair vivas daquela enrascada. Minha mulher estava à solta, em algum lugar, planejando sua pró­xima investida. Que seja. Pelo menos ela ainda estava viva...
Eu jamais havia enfrentado um oponente tão forte. Ainda sen­tia o sangue ferver com a excitação da caçada. Estava pronta para a batalha seguinte. "Pode vir, querida, estou esperando."

Tiffany pov

Cortar a linha fora um risco calculado.
Mas eu não tive escolha! Estava dependurada sobre as garras da morte carregando um peso extra — minha quase ex-mulher. Tinha de fazer algo drástico caso esperasse sair viva daquela situação.
Assisti a um retrospecto de minha vida inteira num único ins­tante. Fui salva pela lembrança da imagem de um trapezista que vi quando criança. Se eu queria sobreviver não poderia pensar em se­guir correndo em direção a um prédio, deveria acreditar que eu era um artista aéreo seguindo reto a uma plataforma — quem sabe até ouvir a música do circo, sentir o cheiro da pipoca, dos elefantes...
Topei no parapeito de uma varanda um milésimo de segundo mais tarde — cheguei a sentir os pombos abrindo espaço enquan­to eu pousava. Sã e salva! No mesmo momento me virei para ver como havia ficado minha... adversária. Quando a vi, perdi o fôlego.
Juro. Passei cinco anos com a mesma mulher, acreditando que ela era mais uma princesinha mimada e descubro que a mulher era uma versão mais gostosa e baixinha da Tomb Raider.
Incrível. Eu sei: não é nada fácil voar pelos ares encarando uma vidraça pela frente. Mas ela sabia o que estava fazendo — eu assisti à manobra. Seus cabelos loiros voavam atrás dela, ela pousou como um tigre. E eu não acreditei no que vi quando minha tigresa ficou de pé após um único e breve movimento. Céus! O que eu estava fazendo? Eu não deveria estar admiran­do meu alvo, muito menos checando seu físico enquanto ela se levanta. Ela era uma vaca mentirosa, uma fraude, uma assassina manipuladora.

Chicoteei minha linha kevlar, enrolei-a no meu ombro e fui abrir a porta da varanda. Eu tinha de sair dali o mais rápido possí­vel e reencontrar minha equipe. Maldita! Espero que ela não tenha sentido o que senti enquanto estávamos dependuradas. Nem farejado meu medo. Não meu medo de cair ou de morrer. Meu medo dela.


Notas Finais: Criticas, sugestões, caixas de bombom, anéis de noivado??? -q

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