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- Mulheres da minha vida Capítulo 1 - Gravidez: Dando a notícia
julho 02, 2013
Fanfic Mulheres da minha vida
Escrita por MyYoona
[+16]
Uma semana antes...
- Taengoo, você tem mesmo certeza de que quer fazer isso?
Olhei irritada para Donghae e apertei a ponte entre os
olhos, repetindo para mim mesma que ele só estava nervoso porque logo me
ajudaria a fazer o meu filho.
Oh, Deus, isso saiu tão estranho!
- Hae, se não quer ajudar, pode ir embora. Não te condenarei
por isso – Respondi voltando minha atenção para a rua.
- Huh? Não disse isso! Ficarei muito feliz em doar meu sêmen
para você e Tiffany.
- Ok, pare de me encher então.
- Mas... Ela não vai ficar chateada?
- Claro que não – Bufei – É o nosso sonho.
- Bom, fico feliz em ajudar vocês a realizá-lo – Sorriu e
bagunçou meus cabelos.
- É, eu também. E não se aproveite do fato das minhas mãos
estarem no volante, Lee – Lhe lancei um olhar ameaçador – Posso muito bem te
bater quando estacionar.
- A sua paciência, definitivamente, é proporcional ao seu
tamanho – Ele comentou e sorriu. Eu respirei fundo mais uma vez e resolvi
ignorar seu comentário infeliz.
***
- Srta. Kim, fico feliz em vê-la novamente.
Dr. Park apertou minha mão animadamente e eu retribuí o cumprimento,
sentindo o nervosismo aumentar e a confiança diminuir.
- Vejo que já tomou sua decisão, huh? Esse é o doador? –
Perguntou animado.
- Sim. Lee Donghae, prazer – Os dois também trocaram um
aperto de mão.
- Você já sabe como acontece o processo, não é?
- Dae, mas gostaria que explicasse de novo – Pedi – Meu
amigo aqui ainda não sabe o suficiente.
- Oh, claro – Ele sorriu – É um processo muito simples:
coletamos alguns óvulos da Taeyeon e fertilizamos com o seu sêmen. Depois de
uma semana, nós vemos se algum dos óvulos foram fecundados, se isso acontecer,
nós os colocaremos novamente dentro da Srta. Kim e a gravidez já pode ser
confirmada.
- Entendi – O moreno balançou a cabeça em concordância – O
que faço agora?
O médico sorriu e abriu a sua gaveta, tirando algumas
revistas de lá. Prendi o riso já percebendo do que se tratava: eram alguns
exemplares de conteúdo erótico. Provavelmente com mulheres nuas na capa.
- Pode ir até o banheiro, meu jovem – Entregou os papeis e
um potinho pequeno.
Donghae olhou para os objetos e fez uma genuína cara de nojo
e percebi que estava certa.
- Desculpe, doutor – Entregou as revistas – Sou gay e não me
excito com nada que esteja aí.
O senhor arregalou ligeiramente os olhos e corou.
- Oh... Temo que não tenha outro tipo de material aqui.
- Não preciso dessas coisas – Ele se levantou e pegou o
celular dentro do bolso – Ligarei para o meu namorado e em cinco minutos trarei
o que precisa – E pegou o potinho, saindo da sala.
Dr. Park agora não escondia o quão assustado estava. E eu,
mesmo acostumada com o seu jeito espontâneo, ainda me incomodava quando ele
falava daquele jeito.
- Sinto que não precisava ouvir isso – Falou depois de um
tempo.
- Somos dois – Respondi.
- Bom – Virou-se para mim – A Dra. Choi está vindo para
colher seus óvulos. Está no período fértil, não é?
- Dae.
- Ótimo.
Alguns minutos mais tarde eu já estava deitada na maca,
devidamente posicionada e esperava a médica, que terminava de se preparar. Não
era um procedimento tão doloroso, então foi aplicada uma leve anestesia local,
apenas para evitar que eu sentisse o incômodo de quando o pequeno tubo fosse
introduzido em mim.
- Preparada para dar um grande passo na vida de uma mulher,
Taeyeon? – Ela perguntou e sorriu. Eu retribuí.
- Sim. Esse vai o presente de casamento – Respondi orgulhosa
– Estamos juntas há dois anos e meio.
- Tenho certeza que vai ser o melhor que ela já recebeu –
Sorriu – Agora, peço que não se mova. Daqui a vinte minutos já estará livre
para ir embora.
Minha cabeça estava em Tiffany e na sua reação. Eu a amava
tanto e faria qualquer coisa para ver o seu tão famoso eye-smile, até
engravidar.
Originalmente, o plano era que ela seria a mãe, mas um
problema no útero ocasionou a sua remoção, impossibilitando-a de ter filhos.
Depois de um tempo muito difícil em casa – depressão, que logo foi curada – não
tocamos mais no assunto, já que a machucava demais. Decidi então, sem o seu
consentimento, realizar o nosso sonho e fazer com que nossa família,
finalmente, seja completa.
Sorri ao imaginar como nossa casa ficaria linda com uma
criança alegrando nossas vidas.
- Prontinho – Dra. Choi levantou-se e tirou a máscara –
Fique deitada por alguns minutos e depois poderá ir embora, ok? Boa sorte.
Depois que ela saiu, Donghae entrou sorrindo e sentou-se ao
meu lado. Passou a mão de leve pela minha bochecha e beijou minha testa, me
olhando carinhoso.
- Acabei de entregar nosso filho para a enfermeira.
- Argh, que nojo! – Franzi o nariz.
- Ei, não negue o pequeno Kim, ok?
- Você acabou com todo o romantismo da cena – Resmunguei.
- Tomara que ele herde o meu temperamento, porque se tiver o
seu mau humor, estará ferrado.
- Eu já posso levantar, sabia? – Cerrei os olhos e sorri –
Te dou dez segundos para sair correndo antes que eu te dê um soco.
Ele arregalou os olhos.
- Ok, calma, estou indo – Levantou as mãos, se rendendo e
saiu da sala. Comigo em seu encalço.
Depois de receber as recomendações básicas e o pedido para
voltar em três dias, deixei o consultório com a esperança de receber boas
notícias na minha próxima visita.
Donghae dirigiu e me deixou em casa. Assim que abri a porta,
fui recebida por uma Tiffany furiosa.
- Posso saber onde você estava?
Eis que vocês finalmente conhecem a minha querida esposa,
Tiffany Hwang. Infelizmente ela parece não estar em seu melhor humor. O dia no
hospital deve ter sido péssimo!
- Hey, baby – Sorri e fui até a sua figura que estava de
braços cruzados e expressão séria – Estava ajudando o Hae a escolher um
presente para o Hyuk.
- Hum, sei.
- Não acredita em mim? – Perguntei fazendo um bico com os
lábios.
- Claro que acredito – Respondeu relaxando a postura – Você
nunca me trairia. Não é?
Fany sempre descontava em mim o estresse do trabalho. E o
tema principal das nossas brigas eram sempre os mesmos: ciúmes e traição. Ela
insistia que eu me envolvia com toda mulher que adentrava o meu escritório. E
se fosse minha cliente então... Prefiro nem comentar.
- Claro que sim. Eu amo você – Beijei seus lábios de leve e
vi um pequeno sorriso se formar.
- Bom saber – Rodeou meu pescoço com seus braços e começou a
beijá-lo de leve – Sabe, tive um dia tão estressante no trabalho hoje...
- É? – Meus olhos já estavam fechados e eu respirava fundo.
- Aham. E só você sabe como me deixar relaxada...
Epa, sinal vermelho ultrapassado. Uma das recomendações do
médico foi que o sexo estava proibido até o resultado. Merda! Que desculpa eu
daria agora?
- Posso fazer uma massagem – Respondi e me afastei um pouco
– Estou no meu período amor.
- Oh... – Seu olhar ficou triste por um breve momento, mas
logo um sorriso malicioso tomou seus lábios – Posso me divertir de outros
jeitos, baby.
Bom, contanto que não mexesse na minha região baixa, não
teria problema não é?
- Estou ansiosa para saber quais são – A beijei novamente e
seguimos para o quarto.
***
Uma semana depois.
- Yah, por que esses processos não acabam nunca? – Perguntei
irritada para mim mesma e abri mais uma pasta, afundando o rosto nela.
-Taeyeon – Nicole, a minha secretária, abriu a porta e
entrou no escritório.
- Sim? – Perguntei sem tirar os olhos dos papéis à minha
frente.
- A sua consulta está marcada para hoje. Para daqui a dez
minutos, na verdade.
Arregalei os olhos.
- Deus, esqueci completamente disso! – Levantei-me
rapidamente e busquei minha bolsa, colocando o celular dentro dela e conferindo
se tudo estava em seu devido lugar – Pode fechar o escritório, Nic. Depois da
consulta eu irei direto para casa.
- Como você quiser – Respondeu e quase pude vê-la saltitando
e cantando na minha frente.
Praticamente corri até o estacionamento e desativei o alarme
do meu carro, jogando a bolsa no banco do passageiro e sentando no do
motorista. Pisei no acelerador e dirigi até o consultório. Durante todo o
trajeto o meu cérebro teimava em considerar a hipótese de que não havia dado
certo e que teria que adiar mais uma vez, mas eu resolvi escutar somente o meu
coração e, segundo ele, em alguns minutos eu seria considerada uma mulher
grávida.
Com a sorte do meu lado – a rua estava misteriosamente vazia
e o trânsito era quase inexistente -, cheguei no horário certo. Subi até o
andar do Dr. Park e fui recebida pela sua adorável secretária que me levou até
a sua sala.
- Srta. Kim! – Ele me saudou feliz como sempre – Como passou
esses dias?
- Muitíssimo bem – Respondi nervosa – A inseminação deu
certo?
O senhor riu.
- Está realmente ansiosa, não é?
- Com toda a certeza.
- Pois bem, não aumentarei ainda mais o seu nervosismo –
Colocou os braços em cima da mesa e cruzou as mãos – Pode trocar de roupa,
Taeyeon. Iremos recolocar o seu óvulo para que o seu bebê se desenvolva.
Ok, Taeyeon, lembre-se de respirar. Vamos: inspire,
expire...
- O m-meu b-bebê?
- Sim – Sorriu – A inseminação deu certo. Parabéns!
Acho que eu deveria estar com uma completa cara de idiota.
Mas, ninguém poderia me julgar, afinal, eu iria ser mãe! Realizaria meu sonho e
o de Tiffany, faria nossa família completa e seríamos ainda mais felizes.
Senti um aperto na garganta e as lágrimas começarem a
queimar meus olhos... Não, eu não iria chorar. Não havia motivos e...
Um soluço escapou da minha boca no mesmo instante que uma
lágrima desceu pela minha bochecha.
- Não há mal nenhum demonstrar os sentimentos através do
choro, Taeyeon – Dr. Park levantou e veio até mim, me puxando para um abraço –
Sei de tudo que passou para conseguir esse grande feito e nada mais justo do
que liberar toda a tensão que está em seu corpo.
O abracei forte e comecei uma série de agradecimentos. Ele
sorriu e me levou até a sala onde a Dra. Choi me esperava. Ela me deu um abraço
forte também e me parabenizou. Troquei de roupa e deitei na maca, ainda mais
ansiosa. Como era a sensação de carregar um ser dentro do seu próprio corpo? A
mulher pareceu ter lido meus pensamentos, pois começou um monólogo sobre
gravidez e filhos, me deixando um pouco assustada, devo admitir. Sei que
crianças não são santas, mas se o meu filho fizer metade do que a filha dela
faz, tenho certeza que enlouquecerei.
- Prontinho – Disse e levantou-se – Agora só precisamos ver
se o óvulo vai grudar na sua parede uterina...
Levei meus olhos até a pequena tela onde mostrava imagens do
meu útero e torcia para que tudo desse certo, afinal, se ele não grudasse, não
adiantaria em nada estar fecundado. Felizmente, a médica bateu palmas alegres e
eu soube que tudo havia corrido bem.
- Fique deitada por vinte minutos e depois poderá ir embora
– Sorriu e beijou minha testa – Parabéns por essa nova fase da sua vida.
Enquanto estava deitada, consegui alcançar minha bolsa e
peguei o celular. Comecei a escrever um mensagem para Donghae:
“Hae-ahhhhhhhhhh! Deu certo: eu estou grávida!
Serei eternamente grata à você por toda a minha vida e tenho
certeza que Tiffany também, apesar dela não gostar muito da sua presença em
nossa vida. Isso irá mudar assim que eu der a notícia, ok? Keke
Falando nisso, quero que faca o que lhe pedi ontem o mais
rápido que puder. Não se preocupe com as despesas, mande a conta para o
escritório depois que eu pagarei tudo. Apenas faça direito. A chave do
apartamento está com o porteiro.
Obrigada, amigo. Por tudo.
Ps: Não quebre nada, não abra nosso guarda-roupa, não deixe
brinquedinhos tensos em nosso banheiro e não escreva na parede. Irei saber se
fizer algo.“
Quando fui liberada, recebi mais parabéns e segui para a
melhor adega da cidade. Escolhi dois dos melhores vinhos e depois fui até a
floricultura, comprando o maior buquê de rosas que eles tinham.
Rodei mais um pouco pela cidade, esperando pela liberação da
casa. Assim que recebi uma mensagem dizendo que tudo estava pronto, dirigi até
o prédio, correndo contra o tempo, já que Tiffany chegaria a qualquer momento.
Quando abri a porta, dei de cara com uma iluminação vermelha
na sala, comida japonesa em cima da mesinha de centro com almofadas ao redor e
várias pétalas de rosas pelo cômodo. É, pelo menos isso Donghae sabia fazer
direito.
Ouço a chave girar na fechadura e corro até a cozinha,
pegando duas taças para servir o vinho.
- Preciso tomar um banho extremamente relaxante – Tiffany
disse e jogou sua bolsa e casaco no sofá. Ao entrar na sala, parou e olhou ao
redor. Um sorriso tomou seus lábios – O que é isso, TaeTae?
- Apenas um jantarzinho romântico para comemorarmos –
Respondi e me aproximei sedutora, entregando uma taça com vinho.
- E o que aconteceu de tão especial para merecer tudo isso?
- Algo que nós queríamos desde sempre.
- Conseguiu um férias para fazermos um cruzeiro ao redor do
mundo? – Perguntou animada e vi seus olhos brilhando.
Franzi o cenho.
- Não, foi outr-
- Oh, vai me dar aquele carro rosa que eu vi em uma revista?
- O quê? Não!
- Ah – O brilho nos olhos morreu um pouco – O que foi então?
– Bebeu um pouco do vinho.
Respirei fundo e decidi que era melhor contar de uma vez.
- Estou grávida.
A morena cuspiu o líquido que estava em sua boca e arregalou
os olhos. Depois caiu na gargalhada.
Fechei a cara. É isso que ganho depois de uma revelação tão
importante?
Seu rosto já está completamente vermelho, mas não parece que
ela vai parar de rir tão cedo. Respirei fundo e virei o resto do vinho que
estava no meu copo, esperando “pacientemente” que a minha adorável esposa
voltasse ao normal.
- Ai Tae, você é tão engraçada – Disse e limpou algumas
lágrimas nos olhos.
- Terminou ou vou ter que aguentar outro ataque de risos? –
Estava irritada, admito.
- É só que... Essa foi uma brincadeira muito boa, baby.
- Mas eu não estava brincando.
- N-Não?
- Não. Eu estou realmente grávida, Fany – Respondeu sorrindo
– Nós vamos ter um bebê!
- WHAT?
O grito extremamente fino da outra a fez estremecer. Tiffany
só falava inglês quando estava irritada. Muito irritada.
- WHAT YOU'RE SAYING, KIM TAEYEON? WHAT KIND OF JOKE BLAND
IS THAT?
- Eu não estou brincando – Respondi temerosa – Mas eu não
entendo o porquê de você estar assim.
Ela respirou fundo uma, duas, três vezes.
- Eu tenho um dia extremamente estressante no hospital e
quando chego em casa, encontro isso aqui arrumado, pensei que teria uma noite
maravilhosa. Mas ao invés disso, recebo essa notícia tão... surpreendente.
- Mas... esse é o nosso sonho! – Argumentei – Não foi você
que disse que eu deveria engravidar?
- Se eu te mandar pular na frente de um carro, você também
faria isso, Taeyeon?
- Não – Respondi rápido – Yah, não tente comparar nosso bebê
a um fato completamente sem fundamento.
Ela me encara por um momento e eu quase ouço um clique sair
da sua cabeça.
- N-Nosso b-bebê? – Perguntou devagar – Você está realmente
g-grávida?
- Sim – Sorri.
Tiffany engatinhou até mim e me beijou apaixonadamente,
antes de descer e passar a mão delicadamente pela minha barriga, beijando-a em
seguida.
- Você vai ter um bebê – Disse e sorriu com a constatação.
- Não – Ela a olhou confusa – Nós vamos ter um bebê.
E o sorriso que eu ganhei fez realmente tudo valer a pena.
Notas Finais: Hey, galerinha! Como vocês estão? :D
Finalmente comecei essa fanfic que já estava na minha cabeça há um bom tempo hehe e eu gostaria de esclarecer algumas coisas que escrevi nesse capítulo sobre o processo de fertilização da Taeyeon: não está tudo certo. Bom, li várias coisas - sim, eu pesquisei - e quando escrevi essa parte, acho que misturei coisas sobre inseminação artificial, fertilização in vitro e outros processos. Enfim, não me julguem ok? Aceitem a minha verdade!!!!!!! hehehehe xDNão sei quando postarei o próximo capítulo, mas não pensem nisso agora. Aproveitem esse começo de história e se preparem para boas gargalhadas com nossas queridas futuras mamães :DBeijos.