julho 02, 2013

Fanfic Mulheres da minha vida
Escrita por MyYoona
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Uma semana antes...

- Taengoo, você tem mesmo certeza de que quer fazer isso?

Olhei irritada para Donghae e apertei a ponte entre os olhos, repetindo para mim mesma que ele só estava nervoso porque logo me ajudaria a fazer o meu filho.

Oh, Deus, isso saiu tão estranho!

- Hae, se não quer ajudar, pode ir embora. Não te condenarei por isso – Respondi voltando minha atenção para a rua.

- Huh? Não disse isso! Ficarei muito feliz em doar meu sêmen para você e Tiffany.

- Ok, pare de me encher então.

- Mas... Ela não vai ficar chateada?

- Claro que não – Bufei – É o nosso sonho.

- Bom, fico feliz em ajudar vocês a realizá-lo – Sorriu e bagunçou meus cabelos.

- É, eu também. E não se aproveite do fato das minhas mãos estarem no volante, Lee – Lhe lancei um olhar ameaçador – Posso muito bem te bater quando estacionar.

- A sua paciência, definitivamente, é proporcional ao seu tamanho – Ele comentou e sorriu. Eu respirei fundo mais uma vez e resolvi ignorar seu comentário infeliz.

***

- Srta. Kim, fico feliz em vê-la novamente.

Dr. Park apertou minha mão animadamente e eu retribuí o cumprimento, sentindo o nervosismo aumentar e a confiança diminuir.

- Vejo que já tomou sua decisão, huh? Esse é o doador? – Perguntou animado.

- Sim. Lee Donghae, prazer – Os dois também trocaram um aperto de mão.

- Você já sabe como acontece o processo, não é?

- Dae, mas gostaria que explicasse de novo – Pedi – Meu amigo aqui ainda não sabe o suficiente.

- Oh, claro – Ele sorriu – É um processo muito simples: coletamos alguns óvulos da Taeyeon e fertilizamos com o seu sêmen. Depois de uma semana, nós vemos se algum dos óvulos foram fecundados, se isso acontecer, nós os colocaremos novamente dentro da Srta. Kim e a gravidez já pode ser confirmada.

- Entendi – O moreno balançou a cabeça em concordância – O que faço agora?

O médico sorriu e abriu a sua gaveta, tirando algumas revistas de lá. Prendi o riso já percebendo do que se tratava: eram alguns exemplares de conteúdo erótico. Provavelmente com mulheres nuas na capa.

- Pode ir até o banheiro, meu jovem – Entregou os papeis e um potinho pequeno.

Donghae olhou para os objetos e fez uma genuína cara de nojo e percebi que estava certa.

- Desculpe, doutor – Entregou as revistas – Sou gay e não me excito com nada que esteja aí.

O senhor arregalou ligeiramente os olhos e corou.

- Oh... Temo que não tenha outro tipo de material aqui.

- Não preciso dessas coisas – Ele se levantou e pegou o celular dentro do bolso – Ligarei para o meu namorado e em cinco minutos trarei o que precisa – E pegou o potinho, saindo da sala.

Dr. Park agora não escondia o quão assustado estava. E eu, mesmo acostumada com o seu jeito espontâneo, ainda me incomodava quando ele falava daquele jeito.

- Sinto que não precisava ouvir isso – Falou depois de um tempo.

- Somos dois – Respondi.

- Bom – Virou-se para mim – A Dra. Choi está vindo para colher seus óvulos. Está no período fértil, não é?

- Dae.

- Ótimo.

Alguns minutos mais tarde eu já estava deitada na maca, devidamente posicionada e esperava a médica, que terminava de se preparar. Não era um procedimento tão doloroso, então foi aplicada uma leve anestesia local, apenas para evitar que eu sentisse o incômodo de quando o pequeno tubo fosse introduzido em mim.

- Preparada para dar um grande passo na vida de uma mulher, Taeyeon? – Ela perguntou e sorriu. Eu retribuí.

- Sim. Esse vai o presente de casamento – Respondi orgulhosa – Estamos juntas há dois anos e meio.

- Tenho certeza que vai ser o melhor que ela já recebeu – Sorriu – Agora, peço que não se mova. Daqui a vinte minutos já estará livre para ir embora.

Minha cabeça estava em Tiffany e na sua reação. Eu a amava tanto e faria qualquer coisa para ver o seu tão famoso eye-smile, até engravidar.

Originalmente, o plano era que ela seria a mãe, mas um problema no útero ocasionou a sua remoção, impossibilitando-a de ter filhos. Depois de um tempo muito difícil em casa – depressão, que logo foi curada – não tocamos mais no assunto, já que a machucava demais. Decidi então, sem o seu consentimento, realizar o nosso sonho e fazer com que nossa família, finalmente, seja completa.

Sorri ao imaginar como nossa casa ficaria linda com uma criança alegrando nossas vidas.

- Prontinho – Dra. Choi levantou-se e tirou a máscara – Fique deitada por alguns minutos e depois poderá ir embora, ok? Boa sorte.

Depois que ela saiu, Donghae entrou sorrindo e sentou-se ao meu lado. Passou a mão de leve pela minha bochecha e beijou minha testa, me olhando carinhoso.

- Acabei de entregar nosso filho para a enfermeira.

- Argh, que nojo! – Franzi o nariz.

- Ei, não negue o pequeno Kim, ok?

- Você acabou com todo o romantismo da cena – Resmunguei.

- Tomara que ele herde o meu temperamento, porque se tiver o seu mau humor, estará ferrado.

- Eu já posso levantar, sabia? – Cerrei os olhos e sorri – Te dou dez segundos para sair correndo antes que eu te dê um soco.

Ele arregalou os olhos.

- Ok, calma, estou indo – Levantou as mãos, se rendendo e saiu da sala. Comigo em seu encalço.

Depois de receber as recomendações básicas e o pedido para voltar em três dias, deixei o consultório com a esperança de receber boas notícias na minha próxima visita.

Donghae dirigiu e me deixou em casa. Assim que abri a porta, fui recebida por uma Tiffany furiosa.

- Posso saber onde você estava?

Eis que vocês finalmente conhecem a minha querida esposa, Tiffany Hwang. Infelizmente ela parece não estar em seu melhor humor. O dia no hospital deve ter sido péssimo!

- Hey, baby – Sorri e fui até a sua figura que estava de braços cruzados e expressão séria – Estava ajudando o Hae a escolher um presente para o Hyuk.

- Hum, sei.

- Não acredita em mim? – Perguntei fazendo um bico com os lábios.

- Claro que acredito – Respondeu relaxando a postura – Você nunca me trairia. Não é?

Fany sempre descontava em mim o estresse do trabalho. E o tema principal das nossas brigas eram sempre os mesmos: ciúmes e traição. Ela insistia que eu me envolvia com toda mulher que adentrava o meu escritório. E se fosse minha cliente então... Prefiro nem comentar.

- Claro que sim. Eu amo você – Beijei seus lábios de leve e vi um pequeno sorriso se formar.

- Bom saber – Rodeou meu pescoço com seus braços e começou a beijá-lo de leve – Sabe, tive um dia tão estressante no trabalho hoje...

- É? – Meus olhos já estavam fechados e eu respirava fundo.

- Aham. E só você sabe como me deixar relaxada...

Epa, sinal vermelho ultrapassado. Uma das recomendações do médico foi que o sexo estava proibido até o resultado. Merda! Que desculpa eu daria agora?

- Posso fazer uma massagem – Respondi e me afastei um pouco – Estou no meu período amor.

- Oh... – Seu olhar ficou triste por um breve momento, mas logo um sorriso malicioso tomou seus lábios – Posso me divertir de outros jeitos, baby.

Bom, contanto que não mexesse na minha região baixa, não teria problema não é?

- Estou ansiosa para saber quais são – A beijei novamente e seguimos para o quarto.

***

Uma semana depois.

- Yah, por que esses processos não acabam nunca? – Perguntei irritada para mim mesma e abri mais uma pasta, afundando o rosto nela.

-Taeyeon – Nicole, a minha secretária, abriu a porta e entrou no escritório.

- Sim? – Perguntei sem tirar os olhos dos papéis à minha frente.

- A sua consulta está marcada para hoje. Para daqui a dez minutos, na verdade.

Arregalei os olhos.

- Deus, esqueci completamente disso! – Levantei-me rapidamente e busquei minha bolsa, colocando o celular dentro dela e conferindo se tudo estava em seu devido lugar – Pode fechar o escritório, Nic. Depois da consulta eu irei direto para casa.

- Como você quiser – Respondeu e quase pude vê-la saltitando e cantando na minha frente.

Praticamente corri até o estacionamento e desativei o alarme do meu carro, jogando a bolsa no banco do passageiro e sentando no do motorista. Pisei no acelerador e dirigi até o consultório. Durante todo o trajeto o meu cérebro teimava em considerar a hipótese de que não havia dado certo e que teria que adiar mais uma vez, mas eu resolvi escutar somente o meu coração e, segundo ele, em alguns minutos eu seria considerada uma mulher grávida.

Com a sorte do meu lado – a rua estava misteriosamente vazia e o trânsito era quase inexistente -, cheguei no horário certo. Subi até o andar do Dr. Park e fui recebida pela sua adorável secretária que me levou até a sua sala.

- Srta. Kim! – Ele me saudou feliz como sempre – Como passou esses dias?

- Muitíssimo bem – Respondi nervosa – A inseminação deu certo?

O senhor riu.

- Está realmente ansiosa, não é?

- Com toda a certeza.

- Pois bem, não aumentarei ainda mais o seu nervosismo – Colocou os braços em cima da mesa e cruzou as mãos – Pode trocar de roupa, Taeyeon. Iremos recolocar o seu óvulo para que o seu bebê se desenvolva.

Ok, Taeyeon, lembre-se de respirar. Vamos: inspire, expire...

- O m-meu b-bebê?

- Sim – Sorriu – A inseminação deu certo. Parabéns!

Acho que eu deveria estar com uma completa cara de idiota. Mas, ninguém poderia me julgar, afinal, eu iria ser mãe! Realizaria meu sonho e o de Tiffany, faria nossa família completa e seríamos ainda mais felizes.

Senti um aperto na garganta e as lágrimas começarem a queimar meus olhos... Não, eu não iria chorar. Não havia motivos e...

Um soluço escapou da minha boca no mesmo instante que uma lágrima desceu pela minha bochecha.

- Não há mal nenhum demonstrar os sentimentos através do choro, Taeyeon – Dr. Park levantou e veio até mim, me puxando para um abraço – Sei de tudo que passou para conseguir esse grande feito e nada mais justo do que liberar toda a tensão que está em seu corpo.

O abracei forte e comecei uma série de agradecimentos. Ele sorriu e me levou até a sala onde a Dra. Choi me esperava. Ela me deu um abraço forte também e me parabenizou. Troquei de roupa e deitei na maca, ainda mais ansiosa. Como era a sensação de carregar um ser dentro do seu próprio corpo? A mulher pareceu ter lido meus pensamentos, pois começou um monólogo sobre gravidez e filhos, me deixando um pouco assustada, devo admitir. Sei que crianças não são santas, mas se o meu filho fizer metade do que a filha dela faz, tenho certeza que enlouquecerei.

- Prontinho – Disse e levantou-se – Agora só precisamos ver se o óvulo vai grudar na sua parede uterina...

Levei meus olhos até a pequena tela onde mostrava imagens do meu útero e torcia para que tudo desse certo, afinal, se ele não grudasse, não adiantaria em nada estar fecundado. Felizmente, a médica bateu palmas alegres e eu soube que tudo havia corrido bem.

- Fique deitada por vinte minutos e depois poderá ir embora – Sorriu e beijou minha testa – Parabéns por essa nova fase da sua vida.

Enquanto estava deitada, consegui alcançar minha bolsa e peguei o celular. Comecei a escrever um mensagem para Donghae:

“Hae-ahhhhhhhhhh! Deu certo: eu estou grávida!

Serei eternamente grata à você por toda a minha vida e tenho certeza que Tiffany também, apesar dela não gostar muito da sua presença em nossa vida. Isso irá mudar assim que eu der a notícia, ok? Keke

Falando nisso, quero que faca o que lhe pedi ontem o mais rápido que puder. Não se preocupe com as despesas, mande a conta para o escritório depois que eu pagarei tudo. Apenas faça direito. A chave do apartamento está com o porteiro.

Obrigada, amigo. Por tudo.

Ps: Não quebre nada, não abra nosso guarda-roupa, não deixe brinquedinhos tensos em nosso banheiro e não escreva na parede. Irei saber se fizer algo.“

Quando fui liberada, recebi mais parabéns e segui para a melhor adega da cidade. Escolhi dois dos melhores vinhos e depois fui até a floricultura, comprando o maior buquê de rosas que eles tinham.

Rodei mais um pouco pela cidade, esperando pela liberação da casa. Assim que recebi uma mensagem dizendo que tudo estava pronto, dirigi até o prédio, correndo contra o tempo, já que Tiffany chegaria a qualquer momento.

Quando abri a porta, dei de cara com uma iluminação vermelha na sala, comida japonesa em cima da mesinha de centro com almofadas ao redor e várias pétalas de rosas pelo cômodo. É, pelo menos isso Donghae sabia fazer direito.

Ouço a chave girar na fechadura e corro até a cozinha, pegando duas taças para servir o vinho.

- Preciso tomar um banho extremamente relaxante – Tiffany disse e jogou sua bolsa e casaco no sofá. Ao entrar na sala, parou e olhou ao redor. Um sorriso tomou seus lábios – O que é isso, TaeTae?

- Apenas um jantarzinho romântico para comemorarmos – Respondi e me aproximei sedutora, entregando uma taça com vinho.

- E o que aconteceu de tão especial para merecer tudo isso?

- Algo que nós queríamos desde sempre.

- Conseguiu um férias para fazermos um cruzeiro ao redor do mundo? – Perguntou animada e vi seus olhos brilhando.

Franzi o cenho.

- Não, foi outr-

- Oh, vai me dar aquele carro rosa que eu vi em uma revista?

- O quê? Não!

- Ah – O brilho nos olhos morreu um pouco – O que foi então? – Bebeu um pouco do vinho.

Respirei fundo e decidi que era melhor contar de uma vez.

- Estou grávida.

A morena cuspiu o líquido que estava em sua boca e arregalou os olhos. Depois caiu na gargalhada.

Fechei a cara. É isso que ganho depois de uma revelação tão importante?

Seu rosto já está completamente vermelho, mas não parece que ela vai parar de rir tão cedo. Respirei fundo e virei o resto do vinho que estava no meu copo, esperando “pacientemente” que a minha adorável esposa voltasse ao normal.

- Ai Tae, você é tão engraçada – Disse e limpou algumas lágrimas nos olhos.

- Terminou ou vou ter que aguentar outro ataque de risos? – Estava irritada, admito.

- É só que... Essa foi uma brincadeira muito boa, baby.

- Mas eu não estava brincando.

- N-Não?

- Não. Eu estou realmente grávida, Fany – Respondeu sorrindo – Nós vamos ter um bebê!

- WHAT?

O grito extremamente fino da outra a fez estremecer. Tiffany só falava inglês quando estava irritada. Muito irritada.

- WHAT YOU'RE SAYING, KIM TAEYEON? WHAT KIND OF JOKE BLAND IS THAT?

- Eu não estou brincando – Respondi temerosa – Mas eu não entendo o porquê de você estar assim.

Ela respirou fundo uma, duas, três vezes.

- Eu tenho um dia extremamente estressante no hospital e quando chego em casa, encontro isso aqui arrumado, pensei que teria uma noite maravilhosa. Mas ao invés disso, recebo essa notícia tão... surpreendente.

- Mas... esse é o nosso sonho! – Argumentei – Não foi você que disse que eu deveria engravidar?

- Se eu te mandar pular na frente de um carro, você também faria isso, Taeyeon?

- Não – Respondi rápido – Yah, não tente comparar nosso bebê a um fato completamente sem fundamento.

Ela me encara por um momento e eu quase ouço um clique sair da sua cabeça.

- N-Nosso b-bebê? – Perguntou devagar – Você está realmente g-grávida?

- Sim – Sorri.

Tiffany engatinhou até mim e me beijou apaixonadamente, antes de descer e passar a mão delicadamente pela minha barriga, beijando-a em seguida.

- Você vai ter um bebê – Disse e sorriu com a constatação.

- Não – Ela a olhou confusa – Nós vamos ter um bebê.


E o sorriso que eu ganhei fez realmente tudo valer a pena.



Notas Finais:  Hey, galerinha! Como vocês estão? :D

Finalmente comecei essa fanfic que já estava na minha cabeça há um bom tempo hehe e eu gostaria de esclarecer algumas coisas que escrevi nesse capítulo sobre o processo de fertilização da Taeyeon: não está tudo certo. Bom, li várias coisas - sim, eu pesquisei - e quando escrevi essa parte, acho que misturei coisas sobre inseminação artificial, fertilização in vitro e outros processos. Enfim, não me julguem ok? Aceitem a minha verdade!!!!!!! hehehehe xD

Não sei quando postarei o próximo capítulo, mas não pensem nisso agora. Aproveitem esse começo de história e se preparem para boas gargalhadas com nossas queridas futuras mamães :D

Beijos.

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