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- Um anjo em minha vida Capítulo 6 - Definições (parte II)
março 06, 2013
Fanfic Um anjo em minha vida
Escrita por MyYoona
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Yoona havia mandado uma mensagem para Seohyun avisando que
não poderia passar em sua casa naquela manhã. Tudo isso porque havia saído para
se alimentar e estava coberta com o sangue das suas vítimas. Não era tão
majestosa como Yuri e Jessica, que não derramava uma gota em suas roupas e nem
bagunçavam seus cabelos... Mas um dia iria aprender, afinal, tem muito tempo
pela frente.
Chegou em casa e Krystal estava brincando com o cachorro no
jardim. Ao ver a mais velha passar pelo portão toda ensanguentada, revirou os
olhos e gritou:
- Bagunceira!
- Até parece que você não é - Gritou de volta e as duas
riram.
Abriu a porta e correu até o seu quarto, pois não queria
ouvir um sermão da empregada sobre "sujar o chão depois de tantas horas
abaixada passando a esponja no azulejo do inferno". Tomou um banho rápido
e em poucos minutos estava impecável novamente. Colocou uma calça justa, a
blusa do colégio e um dos seus tênis preferidos. Pegou o seu material e foi até
a cozinha, onde deu um beijo no rosto de Yuri e Jessica e depois correu até o
carro, parando antes para se despedir da pequena que ainda estava no jardim.
Dirigiu devagar até o colégio e estacionou o conversível em uma das vagas que
ficavam em frente à construção e desceu, encostando-se no mesmo para esperar
Seohyun.
- Hey, Kwon - Um garoto da sua sala, cujo nome não lembrava
lhe gritou - Carro maneiro.
- Obrigada - Sorriu - É da minha irmã.
- Não quer dar uma voltinha comigo? Conheço uns lugares
legais... - Foi se aproximando, mas parou ao ver que tinha perdido a atenção da
menina. Ela agora estava sorrindo para a garota mais sem graça da sala, segundo
os rapazes.
- Bom dia, Seobaby - Disse.
- Até você? Aish - Balançou a cabeça em reprovação - Bom
dia, Donghae oppa.
- Bom... - Limitou-se a responder.
- Vamos entrar? - Segurou a mão da mais nova - Até depois -
Disse para o garoto, antes de entrar no colégio.
Donghae ficou parado no mesmo lugar, analisando a cena que
acabara de presenciar. Agora tinha certeza de que Yoona era lésbica. Não porque
ela ficasse jogando charme para as meninas ou gritasse aos quatro cantos do
mundo essa informação, mas o simples fato tê-lo ignorado quando viu Seohyun, o
amo que estava em seus olhos e sorriso, mostravam para quem quisesse ver que
ela estava apaixonada pela mais nova. O rapaz passou a mão no cabelo, aceitando
a derrota em uma luta que nunca aconteceu e também seguiu para a aula.
Dentro da sala, a bagunça rolava solta, como em toda turma
de ensino médio. O professor tentava explicar o assunto para os pouco interessados,
enquanto os outros faziam o que queriam. Seohyun estava na parte dos alunos que
queriam escutar o professor e Yoona na que fazia o que queria. Mas ela não
bagunçava. Pelo contrário, naquela sala não havia uma aluna mais quieta do que
ela. Estava ocupada demais observando a sua amada. É, amada. Já admitira para
si mesma que estava completamente e irreversivelmente apaixonada pela maknae,
mas não iria se declarar, pois não sabia como ela reagiria depois da
declaração; e perder a sua amizade era a última coisa que queria. Estava tão
absorta em seus pensamentos que não percebeu que três aulas já haviam se
passado e que agora era hora do intervalo.
- É impressão minha ou o dia hoje está passando muito
rápido? - Perguntou para Seohyun enquanto saíam da sala.
- Acho que você está viajando demais - Ela respondeu - Em
que estava pensando? Ou melhor, em quem?
- Segredo - Colocou o dedo em frente à boca e riu ao receber
um tapa de leve no braço.
- Babo!
- Hey, Seo!
Um garoto do segundo ano, que é viciado em vídeo games e
computadores e que tem uma irritante paixão platônica por Seohyun, a gritou.
- Olá, Kyu - Ela respondeu gentilmente.
- Eu queria saber se poderia me juntar a vocês no lanche...
Yoona revirou os olhos e pediu mentalmente para que a garota
recusasse, mas isso seria bom demais para ser verdade.
- Claro! - Virou-se para a amiga - Algum problema, Yoong?
"Todos!"
- Nenhum - Sorriu forçadamente e seguiu até a sua mesa
preferida. 82
Sentou-se na cadeira e ficou observando a conversa entre os
dois fluir em um ritmo impressionante. Por que Seohyun estava interessada em
como era difícil passar de fase em um jogo online ridículo, quando ela odiava
jogos? Será que rolava um interesse romântico? De repente um ódio sobrenatural
pelo tal de Kyuhyun se apossou do seu corpo e a alimentação reforçada que
fizera mais cedo não parecia suficiente. Mas infelizmente - muito infelizmente
- ela não poderia atacá-lo ali. E esse fato só fez a sua raiva aumentar.
Precisava sair dali... E rápido.
Levantou-se da mesa sem dar nenhuma explicação e atravessou
o refeitório praticamente correndo e seguiu para o banheiro feminino. Segurou
na pia e encarou o seu reflexo por trás dos óculos escuros. Sua postura era
tensa e sua mandíbula estava contraída, o que demonstrava claramente o que
estava sentindo. Porém, suavizou a expressão ao ouvir a porta ser aberta.
- Yoong? - Seohyun perguntou preocupada ao avistar a amiga -
Aconteceu alguma coisa?
- Não - Respondeu controlando a respiração - Só foi um mal
estar passageiro. Deve ter sido algo que comi...
- Mas você não comeu nada - Sorriu sabendo que era mentira.
- ... Em casa. Você nem me deixou terminar!
- Ok, pode falar a verdade agora.
Yoona respirou fundo.
- Eu não gosto daquele garoto.
- Por quê? - Estava surpresa, já que a outra nunca
demonstrou nada.
- Porque eu não gosto quando ele chega perto de você.
A mais nova travou por um minuto. Yoona estava... Com
ciúmes?
- Por quê? - Perguntou novamente.
Yoona virou lentamente e encarou o rosto preocupado de
Seohyun. Deveria ou não revelar os seus recém-descobertos sentimentos? E se ela
a rejeitasse? Mas isso não seria tão ruim, afinal, sabia como lidar com
rejeições... Mas com o sentimento de dúvida com o que poderia ter sido, ela
nunca se acostumaria. Decidiu arriscar a amizade em nome de algo maior.
- Porque eu gosto de você - Seohyun arregalou os olhos. Uma
coragem repentina se apossou do seu corpo e ela foi se aproximando lentamente
da maknae - Na verdade, eu te amo e não suporto a idéia de outra pessoa
conversar com você e eu saber que existe um interesse romântico. Eu saí
correndo de lá porque senti vontade de socar o Kyuhyun até fazê-lo perceber que
não tem permissão para tentar te conquistar - A essa altura a mais nova, de
tanto dar passos para trás, estava agora com as costas grudadas na parede e
Yoona em sua frente, falando com a voz baixa e rouca - Eu te amo, Seohyun.
Ela poderia imaginar mil e um motivos para o comportamento
estranho da amiga, mas ela estar apaixonada nunca passaria pela sua cabeça. Não
podia negar que se sentia uma coisa estranha em seu interior, como se toda a
sua comida quisesse voltar e tudo isso pelo fato de ter a garota mais bonita
que já viu na vida a prensando na parede e dizendo com todas as letras que a
amava. Oh, Deus, se ela chegasse mais perto, as suas pernas não suportariam.
- Sei que isso pode abalar a nossa amizade, mas se tiver
alguma chance, mesmo que pequena, de você me corresponder, eu quero que me diga
- Seus rostos agora estavam incrivelmente perto e o hálito quente da mais velha
se confundia com o seu - Ou melhor, que demonstre - Chegou perto da orelha
branca e sussurrou - Me beija, Seo.
Os olhos da maknae se arregalaram tanto, que ela não se
surpreenderia se eles pulassem para fora. Tinha tantos motivos para empurrar a
sua amiga e lhe pedir para nunca mais tocá-la daquele jeito, mas existia um que
lhe dizia que talvez também gostasse dela da mesma forma. Resolveu se agarrar a
ele. E suas mãos ainda tremiam quando seguraram o rosto perfeito de Yoona e o
trouxeram para mais perto.
A mais velha quase não acreditou que seus lábios estavam se
tocando e demorou um pouco para corresponder ao beijo. Se ela tivesse um
coração, com certeza, ele estaria acelerado. Mas ao invés disso, sentiu uma
coisa muito melhor: Os batimentos cardíacos de Seohyun estavam disparados. E
por ela. Se pudesse chorar, já teria derramado lágrimas há muito tempo. Por
fim, decidiu deixar esses pensamentos piegas - que nunca contaria para alguém -
e aproveitar o beijo. Sabia que aquele era o primeiro da maknae e queria que
ele fosse perfeito. Então, colocou os braços em volta da cintura de Seohyun e a
puxou para mais perto, acabando com o espaço quase inexistente entre elas. E em
resposta a isso, a sentiu envolver seu pescoço e se entregar de vez. Sorriu
entre o beijo. Mas infelizmente a falta de ar se fez presente e elas se
separaram ofegantes.
Yoona sorriu e Seohyun podia jurar que nunca havia visto
algo tão bonito quanto aquele sorriso e não teve outra reação, a não ser também
sorrir. E então o choque da realidade a atingiu em cheio. Ela havia dado o seu
primeiro beijo. Em uma garota. Em Yoona. Sua melhor amiga.
- E-Eu... - Começou a falar, mas a mais velha balançou a
cabeça negativamente.
- Não precisa se explicar. Eu ainda estarei aqui se você
achar que tomou a decisão errada - Passou a mão pelo rosto redondo - Nunca te
forçarei a nada, saiba disso.
De repente um barulho em uma das cabines do banheiro, fez as
duas garotas se assustarem. Então Sunny, uma garota da sala delas, abriu a
porta e passou por elas sorrindo como se nada tivesse acontecido, e saiu. Yoona
deveria ter sentido o cheiro dela, mas estava pensando em Seohyun naquele
momento; essa foi a prova de que a mais nova realmente era o seu ponto fraco. E
enquanto a mais velha se amaldiçoava por não ter evitado aquele encontro,
Seohyun ainda estava estática. Sunny era a garota mais fofoqueira de todo o
colégio e com certeza ouvira toda a conversa que as duas tiveram.
Encostou-se a e na parede e desceu escorregando até o chão.
Abraçou o joelho e considerou ficar naquele banheiro por toda a vida, já que
não tinha dúvidas de que em menos de cinco minutos todo o colégio saberia que
Yoona havia se confessado e que as duas haviam se beijado.
O que seu pai dirá quando souber dessa notícia? E Tiffany?
Sem conseguir conter mais, deixou as lágrimas caírem e não
recusou o par de braços que a envolveu alguns segundos depois.
***
No escritório, Tiffany não estava sendo tão produtiva quanto
nos outros dias. E tudo isso por causa de Taeyeon e dela mesma. Sua sorte era que
a anjinha achou o seu trabalho tão entediante, que resolveu ir conhecer um
pouco da cidade. Em outros dias ela teria ficado aborrecida, mas estava
agradecida por não ter que controlar seus pensamentos. Deveria, então,
aproveitar seu tempo livre. Tentou voltar a analisar algumas matérias, mas a
dor de cabeça a impediu. Tomou um analgésico e deitou-se no sofá para descansar
um pouco. Infelizmente, sua mente não compartilhava do mesmo desejo e começou a
trabalhar freneticamente em busca de respostas para a sua dúvida mais terrível:
Ela é lésbica, bissexual, simpatizante, sem vergonha - como
diria a sua querida avó - ou apenas se sentia atraída por Taeyeon?
Afinal, nunca tinha olhado para outras mulheres com desejo e
então a loira aparece e derruba todas as suas certezas sobre sexualidade. Não é
justo! Antes de tomar alguma posição -
decidira isso mais cedo - em relação a isso, tinha que ter certeza do que
queria. Levantou-se com dificuldade e apertou a tecla no telefone. Segundos
depois Sooyoung entra em sua sala.
- Em que posso ajudar?
- Sente-se, por favor - Indicou a cadeira e sua secretária
fez o que lhe foi pedida com olhos desconfiados - Preciso que responda algumas
perguntas para mim, mas não as leve como assédio sexual ou qualquer coisa do
gênero.
De desconfiado, o olhar de Sooyoung passou para assustado.
- Por quê?
"É que eu preciso ter certeza de que sou lésbica o
suficiente para me declarar para a minha anja da guarda"
- Não estou te pressionando, Soo - Disse calmamente - Irei
entender se não quiser. Eu apenas preciso tirar algumas dúvidas... É coisa
estritamente pessoal.
- Ok, eu respondo - Coçou a cabeça - Pode falar.
Tiffany bateu palmas animadas e depois voltou a ficar séria.
- Você me acha atraente?
Sooyoung bufou. Que tipo de pergunta é aquela? Quem não
acharia uma ruiva de traços marcantes, corpo escultural e sorriso perfeito
atraente?
- Claro.
- Você... ahn... Me
beijaria?
A morena agora franzia o cenho. Onde sua chefe queria
chegar?
- Ahn... Sim... - Respondeu temerosa - Você não vai usar
isso contra mim no futuro e me acusar de assédio, não é?
- Bwo? Não! - Apressou-se em responder - É que eu estou meio
que, ahn, gostando de uma garota - Sentiu seu rosto ficar da cor do seu cabelo.
- BWO? - Gritou totalmente surpresa com a revelação - VOCÊ
ESTÁ GOSTANDO DE UMA GAROTA?
- Grite mais alto, acho que a Coréia do Norte ainda não
ouviu - Tiffany disse ironicamente.
- Desculpe, mas é que... - Começou a gesticular com as mãos
enquanto buscava as palavras certas - Você é Tiffany Hwang!
- E daí?
- Não, você não entendeu a profundidade dessa sua revelação
- Encarou a ruiva - Você é Tiffany Hwang e todos os caras dessa empresa - e
provavelmente da cidade - cairiam aos seus pés, se pedisse. E, no entanto, você
está apaixonada por uma garota.
E começou a rir. Muito. Tanto que chegava a chorar. Tiffany
estava começando a achar que a sua secretária é louca.
- Sooyoung? Você está bem?
- Ok, desculpe - Limpou as lágrimas nos olhos - Mas isso foi
realmente engraçado.
- Pode me ajudar de verdade? - Perguntou aflita - Eu to meio
que surtando aqui!
- Claro, desculpe. Prossiga...
- Obrigado - Respirou aliviada - Bom, eu descobri gosto
dessa garota há uma semana atrás e agora não consigo tirá-la da cabeça. Eu
estou apaixonada e não sei o que fazer.
Sooyoung cruzou a perna e a encarou do mesmo modo que um
psicólogo olha para a sua paciente.
- Essa garota também demonstra gostar de você?
Tiffany pensa por um segundo. Taeyeon não é de demonstrar
muito o que sente, mas cora com facilidade com seus comentários e brilha
constantemente quando estão juntas - sinal de que ela está muito feliz.
- Sim - Respondeu sorrindo.
- Já se declarou para ela?
- Não, mas ess- - Foi interrompida.
- E por que ainda não? - Perguntou inconformada - Se ela
demonstra gostar de você e você gosta dela, por que ainda não lhe disse como se
sente?
- É, por que não?
Uma voz aveludada e com um tom levemente divertido,
sussurrou em seu ouvido E ela não precisou se virar para saber quem era.
Taeyeon estava sentada ao seu lado e a olhava sorrindo. A
ruiva não sabia o quanto da conversa ela tinha ouvido, mas pelo seu comentário,
deduzia ter sido o suficiente.
- Sooyoung, pode me dar licença, por favor? - Pediu sem
tirar os olhos da garota ao seu lado - Eu irei ligar para ela e me declararei
agora mesmo - Pegou o celular e ouviu um suspiro de satisfação.
- Qualquer coisa estarei na minha mesa - Disse e saiu da
sala, deixando as duas finalmente a sós.
- Quando você chegou?
- Na parte em que você é desejada por todos os homens da
cidade, mas infelizmente só tem olhos para uma garota - Respondeu encarando
seus olhos com um sorriso divertido - Posso saber quem é a sortuda?
- Como se você não soubesse - Revirou os olhos - Já deve ter
lido a minha mente.
- Na verdade não. Eu quero ouvir da sua boca... Diga pra
mim.
Seu tom de voz foi diminuindo e se transformou em um sussurro.
Tiffany arrepiou-se inconscientemente. Taeyeon agora não parecia com o seu anjo
da guarda. Ela era, naquele momento, apenas uma garota que queria ouvir a
confissão do seu amado - amada, no caso - para poder, também, dizer o que
sente. Em nenhum momento os olhares se desviaram. E a ruiva sabia que deveria
falar sobre esse tsunami de sentimentos que ela está sentindo, mesmo que em
pouco tempo.
- É cedo demais para dizer que eu te amo? - Perguntou baixo.
- Não - Ela respondeu no mesmo tom - Eu estou esperando há
dezenove anos para ouvir essa frase.
Tiffany muda de posição e para em frente à loira, que
devolve o seu olhar firme e sorri. A ruiva passa a mão devagar pelo rosto
perfeito e viu quando a outra fechou os olhos, aproveitando o carinho. Ela
aproximou-se mais e beijou levemente a bochecha direita e depois fez o mesmo
com a esquerda. Taeyeon coloca as mãos em volta da cintura perfeita e a aperta
levemente, dando uma permissão muda para que os gestos continuassem. A mais
alta encostou sua testa na da outra.
- Abra os olhos - Sussurrou e a loira atendeu ao pedido - Eu
amo você.
Taeyeon esperou alguns segundos antes de abrir o sorriso
mais bonito que Tiffany já havia visto e começar a brilhar. Esse, com certeza,
foi a motivação que faltava para acontecer o que as duas estavam esperando
desde que toda essa conversa começou. Ou, quem sabe, até antes disso. A ruiva
se aproximou devagar e hesitou por um momento antes de sorrir e juntar seus
lábios nos dela.
A expressão "se sentir nas nuvens" nunca fez tanto
sentido.
Com um simples selinho, Tiffany já não sentia os pés no
chão, mas nada se comparou a ter a língua da loira massageando levemente a
sua. E ela nunca tinha visto a loira
brilhar tanto! Ofuscaria o Sol se houvesse uma comparação. A ruiva, então,
segurou o rosto pequeno como se fosse a coisa mais preciosa do mundo - e
realmente era - e pudesse quebrar com qualquer movimento brusco. Se morresse
naquele momento, não reclamaria nem um pouco. Chupou o lábio rosado diversas
vezes e sentiu os braços pequenos arrepiarem a cada momento. Taeyeon estava
gostando, isso era um fato. Aliás, ela estava adorando! Nunca imaginara que
beijar podia trazer tantas sensações esquisitas - e boas - para o seu corpo.
Mas como nem tudo é perfeito - exceto a anja loirinha que
estava em seus braços - o corpo da ruiva é movido a oxigênio, elas tiveram que
se afastar. Bom, não literalmente. Continuaram abraçadas e distribuíam beijos
leves pelos rostos. Taeyeon então sorriu ainda mais e a olhou nos olhos com
carinho.
- Eu esperaria mais dezenove anos, se fosse preciso, para te
ter assim.
Tiffany tinha certeza de que se pudesse brilhar, iluminaria
a Coréia do Sul inteira com a sua felicidade.
***
As duas entraram abraçadas dentro do apartamento, mas se
afastaram rapidamente quando viram o que estava acontecendo na sala: Yoona
estava sentada no sofá, enquanto abraçava o corpo de Seohyun, que chorava
compulsivamente.
Ali, naquele momento, Tiffany não sentiu medo de Yoona, e
sim carinho, por ver como ela estava tratando a sua irmã na sua ausência. O seu
rosto era puro desespero. A garota levantou os olhos vermelho-sangue e encarou
a duas figuras paradas na porta e afrouxou o abraço, dando espaço para que a
mais nova saísse e fosse ao encontro da sua irmã mais velha. E assim aconteceu.
Quando percebeu a presença de Tiffany, Seohyun correu para os seus braços e
soluçou ainda mais.
- E-Eles r-riram de mim - Começou a falar com a voz rouca -
Ap-pontaram para mim e me disseram c-coisas h-horríveis. T-Tudo isso p-porque
Y-Yoona se d-declarou para mim.
A ruiva arregalou os olhos e a morena se encolheu no sofá.
- Y-Yoona quebrou o nariz de três garotos, Fany - Virou-se e
encarou a outra com adoração - E-Ela me d-defendeu! M-Mas eu s-simplesmente
neguei tudo quando me p-perguntaram - Começou a chorar mais forte - Q-Que tipo
de pessoa eu sou, Fany? Ela v-vai ser e-expulsa por minha causa e ainda está
aqui. Mesmo d-depois de eu ter falado c-coisas horríveis. Como eu p-posso
merecê-la, Fany? M-Me explique, por
favor.
Tiffany apenas apertou o abraço e permaneceu em silêncio,
deixando que a irmã chorasse o quanto fosse preciso. Enquanto isso, Yoona
estava de cabeça baixa, encarando o próprio tênis.
E Taeyeon estava começando a duvidar de que o Arcanjo a
mandara para proteger Tiffany do perigo, e a acreditar que descera a Terra para
fazer a sua protegida - e ela mesma - enxergar que nem sempre as aparências e
companhia definem uma pessoa. E, também, ela não viera para salvar a ruiva, e
sim para se salvar.
Notas Finais: Olá de novo HUAHAU Como já falei tudo no capítulo anterior, só ocuparei espaço. Se você está lendo isso, saiba que perdeu segundos da sua vida. Obrigado q