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- Linha Tênue Capítulo 2 - Nunca comece o que não pode terminar
março 08, 2013
Fanfic Linha Tênue
Escrita por MyYoona
[+18]
Notas da Autora: Depois de tanto tempo, olha o capítulo dois o/
Eu, sineramente, não gostei dele hahah mas não consegui reescrevê-lo. Enfim.Boa leitura ^^Música tema: Destiny - DBSK(ouçam a partir de "Ela parou por um momento...")
Eu não conseguia mover um músculo sequer, parecia que todos
tinham se atrofiado. Minha expressão deveria estar igual à de Jessica:
horrorizada. Estava completamente perturbada com as informações que me
atingiram nesses segundos de silêncio:
Minha irmã é garota de programa. Lésbica. E meu tipo ideal.
Difícil escolher qual o pior.
- Você faz programas? - Perguntei quando senti que havia
recuperado a voz - Que porra, Jessica!
Virei às costas e andei até o sofá, me deixando cair.
Percebi que ela havia me acompanhando quando ouvi o barulho da porta se
fechando.
- Então, qual a primeira pergunta?
- Por quê? - Olhei suas roupas e maquiagem forte - Por que
se submete a isso? Tenho certeza de que não é por dinheiro, pois nossos pais
são ricos.
- É por diversão - Respondeu, simplesmente.
- Ah claro - Revirei os olhos - Também estou entediada aqui,
acho que vou sair dando para qualquer uma só para me divertir. Afinal, todo
mundo que está com tédio faz isso - Disse com sarcasmo.
Ela sorriu e se sentou na poltrona que ficava quase de
frente para mim.
- Bem que dizem que você se parece comigo.
Bufei irritada.
- Desde quando você é lésbica?
- Acho que desde sempre - Fitou suas unhas - Você não tem
noção da diferença que é ser tocada por uma mulher ao invés de um homem. É
gritante! Provei uma vez e nunca mais parei.
- Quem foi a sua primeira? - Perguntei, sentindo que estava
começando a corar. Maldita vergonha!
- Tiffany.
- Sério?
- Sim. Foi ainda no colegial e aconteceu enquanto fazíamos
um trabalho de biologia - Riu - Bons tempos.
- Nossa – Disse surpresa, afinal, nunca imaginei que Tiffany
fosse lésbica. Sempre me pareceu tão hétero! E até fazia comentários quando via
algum homem bonito e juro que eu já havia visto ela flertar com um dos meus
colegas de faculdade. Era tudo fachada, então? - Mas garota de programa, Sica?
- Perguntei novamente - As pessoas não te reconhecem?
- Claro que não - Apressou-se em responder - Eu mudo de nome
diariamente no site e nunca publico fotos que aparecem o meu rosto. E ainda
peço sigilo absoluto às minhas clientes - Explicou, orgulhosa da sua
inteligência - Mas e você, o que está fazendo aqui?
- Essa é a casa da Amber - Respondi.
- Ah, a sua amiga tomboy? - Assenti - Pensei que ela
namorasse... Enfim, avise que já cheguei.
- Ela não está aqui. E tem sim namorada.
- Então quem foi que me chamou? - Perguntou e eu senti meu
rosto queimar. Caralho, preciso de um banho gelado urgentemente.
- Fui eu - Sussurrei e rezei para que ela não tivesse
ouvido.
Jessica, que já estava em frente a porta, se virou
lentamente e suas sobrancelhas estavam arqueadas.
- Como?
- Você falou comigo pelo chat particular - Respondi com a
voz mais forte - Sou sua cliente.
Ela gargalhou.
- Ok, sem gracinhas, Krystal. Já que não tenho aqui, talvez
eu consiga outra cliente hoje.
Abri a boca indignada e fui até ela, segurando a porta e
impedindo a sua saída.
- Você não me ouviu? - Disse com raiva - Eu sou a porra da
sua cliente e você não vai sair daqui até que eu esteja satisfeita!
- E você não está me entendendo - Me olhou com frieza, o seu
típico olhar mortal - Eu não transo com a minha irmã e eu sairei por essa porta
agora.
- Não? - Ri alto - Você é uma puta e não deve fazer
distinções sobre quem transa com você ou não, contanto que paguem.
E então senti meu rosto arder pelo tapa que Jessica havia me
dado. Nunca, nem quando éramos pequenas, ela havia levantado a mão para me
bater. Mas hoje, nas circunstâncias em que estamos... Eu gostei. Adorei, na
verdade.
- Eu pago!
- Não se trata de dinheiro - Ela respondeu ríspida.
- Porra, Jessica! - Gritei - Eu estou sendo traída pelo Kai
há não sei quanto tempo e hoje o peguei no flagra. Vim para a casa da Amber e
decidi entrar naquele site estranho, onde tive que responder vinte perguntas
totalmente estranhas para achar o meu tipo ideal... Que, por ironia do destino,
é você. Deve ter milhares de mulheres cadastradas lá, mas saiu você como o meu
tipo ideal - Suspirei - Eu só quero esquecer os problemas por algumas horas...
Ela parou por um momento e cruzou os braços, parecendo
pensar na idéia. E eu estava esperançosa para que sua resposta fosse positiva.
E ela veio, porém não em forma de palavras: vi sua postura relaxar, sua
expressão abandonar a raiva e seu sorriso ganhando traços totalmente
maliciosos. Colocou a bolsa no chão e veio andando lentamente até mim, colando
seu corpo no meu.
- Serviço completo? - Perguntou com a voz rouca na minha
orelha, mordendo-a em seguida.
Arfei e agradeci aos céus pela força extra que deram para
que as minhas pernas não cedessem e me derrubassem no chão.
- Serviço completo - Respondi baixo e a senti sorri contra a
minha pele.
- Então agora vou te explicar algumas regrinhas - Afastou-se
rapidamente e vasculhou sua bolsa, voltando a colar-se em mim. Deslizou sua
língua pelo meu queixo e lábios, me fazendo arrepiar. Quando abri a boca para
iniciar um beijo, senti algo bater forte contra as minhas pernas descobertas.
Gemi de dor - Regra número um: enquanto estivermos fazendo o programa, não nos
beijamos. Nunca.
- E não poderia ter simplesmente me avisado antes? -
Perguntei irritada e senti novamente minha perna arder - Aish, que porra!
- Hoje você vai fazer o que eu quiser - Sua voz continuava
baixa, rouca e extremamente sexy. Seu hálito quente batia nos rastros de saliva
que sua língua havia deixado em mim, e isso me fazia estremecer - E essa é a
regra número dois: só fale quando eu mandar.
Abri os olhos - não percebi quando os havia fechado - e
olhei para baixo. Jessica segurava um chicote preto nas mãos e não parecia ter
pena de usá-lo. Mas apesar da ardência que sentia em minha coxa esquerda pelas
duas chicotadas no mesmo lugar, não era isso que ocupava a minha mente. A dor
se transformava em algo maior que eu nunca havia sentido: Tesão! Com Kai eu sentia
uma coisa boa, mas nada se comparava ao calor humano que me fazia suar - apesar
de ser uma noite fria -, à sensação estranha em meu interior e a umidade que
crescia no meio das minhas pernas. Aposto que ele ficaria chocado ao saber que
nunca senti essas coisas nas inúmeras vezes que fizemos sexo.
- Hum, está arrepiada Baby Jung?
Ouvi-la me chamar por aquele apelido - que ela mesma me dera
quando eu era pequena - com a sua voz rouca, quase me fez revirar os olhos.
- É o frio - Respondi baixo.
E levei outra chicotada. Desta vez na perna direita. Gemi de
dor e tesão.
- Estou vendo que terei muito trabalho, irmãzinha. Nós nunca
fomos do tipo que respeitam regras, não é? - Sorriu - Irei mudar isso hoje.
Olhe para mim.
Olhei em seu rosto e não vi nenhum vestígio da Jessica Jung
que eu sempre conheci. No lugar, a Sargento S a dominava. E a mim também. O
lápis preto que deixava seus olhos ainda mais marcantes e o sorriso malicioso
que insistia em brotar dos seus lábios foram demais para mim. Suspirei
pesadamente e soltei um gemido. Eu precisava tocá-la! Levei minha mão até a sua
cintura e novamente fui golpeada com o maldito - ou seria bendito? - chicote.
- Regra número três: você não me toca.
- Fi- - Lembrei rapidamente da segunda regra e me calei,
completando o xingamento em pensamento: "lha da puta!"
- Boa menina - Apertou levemente a minha bochecha - Agora
que já sabe das minhas regras, podemos começar com a diversão.
Ela juntou minhas mãos a parede e afastou o meu cabelo,
deixando livre o caminho para que pudesse fazer o que quisesse com o meu
pescoço. Senti sua boca distribuir beijos molhados um pouco abaixo da minha
orelha e seus dentes traçarem um rastro violento até a minha clavícula. Eu
sabia que aquilo ficaria marcado e não estava nem um pouco preocupada, contanto
que ela continuasse o que estava fazendo. Suas mãos ágeis entraram na blusa do
meu pijama e suas unhas grandes e finas arranharam fortemente a minha barriga;
senti minha pele se rasgar e gemi alto.
Segundos depois fui golpeada pelo chicote de Jessica.
- Vamos fazer um joguinho - Sussurrou no meu ouvido - Se
você não gemer, deixo o chicote de lado... Mas se eu ouvir algum som saindo da
sua boca - Percebi que ela sorria - Vai ter que usar calças por um bom tempo.
Aceita?
- Sim - Respondi arfando e novamente senti minha coxa arder.
"Maldita!"
- As regras ainda estão valendo, Baby Jung - Ela se afastou
de mim, ainda sorrindo - Preciso de uma cama. Onde fica o quarto?
Desencostei-me pela
primeira vez da parede e subi as escadas, tendo Jessica em meu encalço. Abri a
porta do quarto de Amber e sentei na cama. Ela parou, analisou o cômodo e
colocou sua bolsa no chão, tirando um pequeno cd de dentro e colocando no
pequeno toca-disco da minha amiga. Logo a música começou a tocar e ela abaixou
o volume, mas deixou alto o suficiente para ouvirmos. Uma batida lenta e
sensual tomou conta do ambiente e eu relaxei, mesmo sabendo que não havia
motivos para isso.
- Deita - Ordenou e eu obedeci.
Fui para a cabeceira da cama e Jessica subiu em cima de mim,
prendendo minhas mãos acima da minha cabeça, em uma posição totalmente
desconfortável. Uma venda foi colocada sobre os meus olhos e me vi em total
escuridão. Senti o peso em cima de mim sumir e a sua voz rouca sussurrar ao meu
ouvido.
- Assim os seus sentidos da audição e do tato vão estar mais
apurados e isso melhora tudo, acredite -
Explicou.
Senti os botões do meu pijama serem abertos e o vento que
entrava pela janela aberta batendo contra o meu peito nu. Arrepiei. Porém, não
tanto quando a boca de Jessica envolveu o meu mamilo e começou a chupá-lo
lentamente. De uma forma totalmente torturante e que já teria me feito gemer
alto, se isso não me fizesse sentir dor. Mas... Eu queria ser machucada! Meu
corpo precisava disso para fazer com que a adrenalina e o desejo se espalhassem
e saísse por cada poro da minha pele.
E assim fiz. Bem quando ela mordeu o meu mamilo e o chupou
fortemente depois. Soltei um gemido alto e rouco, que foi prolongado pela
chicotada - agora nas canelas. Tremi involuntariamente e isso amenizou - pelo
menos um pouco - a erupção que acontecia dentro de mim.
- Pelo visto está gostando não é? - Acenei positivamente com
a cabeça - Porém, acho que hoje vou fazer diferente...
Arqueei as sobrancelhas, mesmo que ela não pudesse ver.
- Deixarei o chicote de lado, já que essa é a sua primeira
vez - Respirei aliviada - Mas ainda manterei a venda e as algemas.
- É, até que eles tornam a coisa mais interessante - Admiti.
- Está lidando com uma profissional, baby. Eu sempre sei o
que é melhor.
Já que eu não corria o risco de apanhar se fizesse algo,
relaxei e decidi que também iria participar desse momento.
De que jeito? Atiçando a fera.
- É? E cadê essa incrível Sargento S? - Provoquei - Porque
desde que chegou você está falando do seu serviço espetacular e até agora não
vi nada de mais...
Ouvi um risinho baixo escapar dos seus lábios.
- Você estar me provocando, Baby Jung?
- Sim... Unnie - Sorri ao imaginar o rosto de Jessica. Ela
odiava ser chamada por esse nome tão comum, diz que a faz se sentir velha.
Senti seu corpo se deitar completamente sobre o meu e sua
respiração quente e ritmada bater em meu pescoço.
- Pode deixar, dongsaeng, a unnie vai ensinar tudo que sabe.
Não houve tempo para respostas, pois logo a sua boca estava
sobre a minha e mordia o meu lábio tão forte que eu não me surpreenderia se ele
começasse a sangrar. Para evitar que isso acontecesse, abri a boca e deixei que
sua língua entrasse e vasculhasse o interior dela. Óbvio que esse não foi o
único motivo. Desde o momento em que entrei no site, ansiava pelo beijo que
aconteceria e eu queria provar a diferença entre os homens que eu já havia
beijado e a única mulher que faria parte da minha lista.
Quer dizer, se todas beijassem como Jessica, não seria
apenas uma.
Sua língua encontrou-se com a minha e as duas se
entrelaçavam devagar, no mesmo ritmo que seguia o beijo comandado por ela.
Percebi que Jessica estava mais calma agora, tão calma que chegava a ser...
Carinhosa? Estranhei essa mudança repentina de atitude e me permitir curti a
sensação boa que era ter a boca dela na minha enquanto roçava o corpo sobre o
meu. Então ele acabou, mas ela continuou sobre mim.
- Sargento S não está mais aqui - Disse com a voz
extremamente baixa - Eu tentei fazer com que ela ficasse, mas não consegui...
Aquilo era uma confissão? Eu estava completamente confusa.
- Eu poderia ter virado as costas e ter ido embora, sabia? Mas
não fiz isso - Continuou - Não fiquei porque você pediu e sim porque eu queria
ficar. Eu quero fazer amor com você, Krys... Mas você é minha irmã! Sei que as
pessoas acham que eu tenho sentimentos por ninguém, mas você é a pessoa mais
importante da minha vida - Roçou o nariz na minha bochecha - E isso é tão
errado, Krys... Tão errado...
- Você quer parar? - Perguntei temerosa.
- Não - Ela respondeu - E esse é o problema.
Bufei.
- Então pare com essa conversa e termine logo o que o que
começou - Pedi impaciente - Ou então me solte que eu contratarei outra pessoa.
- Eu não vou deixar outra pessoa, além de mim, te tocar -
Sussurrou levemente irritada - E não se esqueça de que sou eu que ainda mando
por aqui.
- Vai rápido, por favor.
- Sabe o que é melhor do que bater? - Balancei a cabeça
negativamente - Torturar! Por isso, saiba que nossa noite vai ser muito
longa...
Dito isso, suas mãos começaram a arranhar de leve a minha
barriga e cintura, enquanto sua língua voltava para o meu pescoço, trançando
uma trilha com beijos molhados e mordidas que me faziam arfar. Jessica começou,
então, a chupar em uma determinada região e só parou quando se deu por
satisfeita.
- Pronto, agora você está marcada - Mordeu minha bochecha.
- Jessi, tire a venda, por favor! - Implorei.
- É, acho que vai ser interessante você me ver - Tirou o
pano preto que cobria meus olhos e eu pisquei algumas vezes até me acostumar
novamente com a claridade - Gosta do que vê?
Jessica estava sentada em minha barriga e me olhava
completamente maliciosa. Seus cabelos loiros estavam bagunçados e, que junto ao
minúsculo uniforme militar que ela ainda vestia, a deixava ainda mais sexy.
Senti meu sexo pulsar só de vê-la naquela situação. Ela, percebendo o meu
estado, sorriu e levantou-se, ficando de pé na minha frente. Eu não havia
percebido que a música ainda tocava ao fundo, até ver Jessica se mover de
acordo a batida. Arfei ao me dar conta do que aconteceria a seguir: Um
strip-tease!
Observei suas mãos desamarrarem o nó de sua blusa e ela
lentamente escorregar pelos seus braços, a deixando apenas de sutiã. Este que
eu achava completamente inútil naquele momento, mas também deixava tudo mais
erótico. Óbvio que eu já a havia visto de sutiã, até nua, mas antes o fato de
vê-la com tanta pouca roupa nunca me deixara daquele jeito, louca. Balancei os
braços em uma tentativa falha de me soltar e amaldiçoei todas as gerações da
família de quem vendeu esse objeto para a minha irmã. Levantei os olhos
novamente e ela me encarava. Aliás, não desviara o olhar em nenhum momento. Seu
corpo continuava a fazer movimentos ritmados e eu vi suas mãos arranharem o seu
pescoço e descerem até os seus seios, apertando e massageando os dois; e por
causa dessa ação, um gemido escapou dos seus lábios. Não agüentei e também gemi
junto, o que a fez sorrir e prosseguir com o strip. Abriu devagar o seu short e
tirou, ficando apenas com as roupas íntimas. Sentou-se novamente em minha
barriga.
- Você ainda está vestida, Baby Jung. Preciso dar um jeito
nisso.
Na verdade eu estava apenas com o short e calcinha, já que
minha blusa se encontrava aberta e meu sutiã deveria estar jogado no chão. Mas
aquele não era o momento para discordar.
Ela abaixou-se e abocanhou meu seio direito e começou a
massagear o esquerdo com a mão. Suspirei alto. Senti uma mordida - não tão
forte quanto a anterior - e logo ele foi abandonado, porém sua boca continuou
em minha pele. Beijou diversos pontos do meu abdômen, traçou alguns caminhos
com a língua quente e finalmente senti suas mãos nas minhas pernas. Levantei o
quadril quando percebi que ela iria tirar o meu short e observei seus olhos
escurecerem quando me viu daquele jeito. Gemi quando seus dentes passaram
levemente por sobre o pano inútil e úmido que me separava da satisfação completa.
Minha calcinha foi arrancada de mim com violência, como se Jessica não
agüentasse mais esperar. Agradeci mentalmente quando ela tomou essa decisão,
pois eu estava do mesmo jeito.
Meus braços - que ainda continuavam presos à cabeceira da
cama - começavam a reclamar por estarem em uma posição desconfortável por muito
tempo, porém nada mais importava depois que Jessica passou a língua por toda a
extensão da minha intimidade. Gemi alto e comecei a mover o meu quadril no
mesmo ritmo, em busca de mais prazer. Para a minha sorte, ela segurou em minhas
pernas, as usando como apoio, e deu uma atenção privilegiada ao meu clitóris
que pulsava como eu jamais havia sentido. O colocou entre os dentes e o chupou
com vigor, fazendo com que eu tremesse e revirasse os olhos de prazer. Ainda
com a língua, chegou a minha entrada e me penetrou. Agora eu entendia o que
Jessica quis dizer com "é gritante a diferença entre ser tocada por uma
mulher ao invés de um homem", porque definitivamente ela estava me fazendo
gritar. Nunca uma expressão fez tanto sentido! De repente senti falta da sua
língua, mas ela logo foi suprida pela penetração de dois dedos em mim.
Novamente sua boca estava na minha e eu não hesitei em beijá-la; sentindo a sua
respiração descompassada bater em meu rosto, me mostrando que eu não era a
única que estava sentindo prazer.
Os movimentos dos dedos alternavam entre rápidas e fortes, e
lentas e devagar. Então, em uma dessas estocadas seus dedos se curvam e acertam
um ponto até então nunca tocado. Ao acontecer isso, cortei o beijo que
acontecia e soltei um gemido - que mais parecia um grito - alto, longo e rouco.
Acho que Jessica tinha achado o meu ponto G. Na verdade, ela
deve ter achado o alfabeto inteiro dentro de mim.
Percebendo como me agradava, ela começou a fazer isso depois
de alguns movimentos ritmados. Eu revirava os olhos, falava palavras desconexas
em inglês e gemia seu nome cada vez mais alto. Comecei a sentir, então, uma
pressão em meu interior e soube que meu orgasmo estava para chegar. Já estava
pronta para quando ele chegasse, mas tudo parou.
Olhei para Jessica extremamente irritada e ela sorriu,
abrindo o fecho do seu sutiã e o jogando no chão, fazendo o mesmo com a
calcinha. Agora estávamos ambas nuas. Eu podia ver a sua franja colada na testa
e algumas pequenas gotículas de suor descerem pela sua barriga definida e se
perderem em sua intimidade. Ia xingá-la de todos os palavrões que conhecia, mas
sua expressão me calou... Ela dizia com os olhos e com as mordidas constantes
nos lábios, que ainda não tinha acabado. Ah, não tinha mesmo! Vi minha perna
ser levantada e Jessica passar a sua por baixo. Já tinha uma idéia do que ia
acontecer e sorri maliciosamente. Então ela se aproximou de mim e nossos sexos
se tocaram. Nós gememos juntas. Inconscientemente, meu quadril começou a se
mover e a atrito de nossos clitóris fazia tudo rodar, tamanha era a excitação
que eu sentia. E apesar de estar enlouquecida e quase não conseguir manter meus
olhos abertos, ainda pude admirar uma das cenas mais sexys que eu já vi na
minha vida: Jessica rebolando em cima de mim enquanto apertava os seios e gemia
sem pudor. Aquilo foi o auge. Nossos movimentos ficaram mais acelerados e
comecei a sentir novamente toda aquela sensação estranha - porém extremamente
boa - em meu interior e explodi em um orgasmo violento quando ela se abaixou e
colou nossas bocas novamente.
Minha respiração estava completamente acelerada e
descompassada, assim como a da minha irmã. Jessi continuou em cima de mim por
vários minutos e a única alteração na sua posição, foi quando colocou a sua
cabeça na curva do meu pescoço. Senti alguns beijos no local e não vi nenhuma
insinuação erótica em seus gestos, eles eram carinhosos e reconfortantes. O
quarto caiu em um silêncio gostoso, onde só se podiam ouvir as nossas
respirações - já normalizadas - e a música que ainda tocava. Eu não reconhecia
a letra, mas procuraria depois para baixar. De repente ouço a voz baixa de
Jessica na minha orelha:
"Oh, querida, suas costas são tão bonitas
Olhe para trás, sou eu. Olhe para trás, sou eu.
Oh, seu cabelo é tão negro como a noite
Seu corpo curvado está brilhando com a luz do Sol
Você é linda, eu sonhei com você."
Sorri. Ela costumava cantar para me fazer dormir e até hoje,
nada me deixa tão tranqüila quanto a voz melodiosa e perfeita de Jessica. Ela
se levantou rapidamente, só para tirar
as algemas e pegar um cobertor, e voltou a se deitar em meus braços. E apesar
deles estarem extremamente doloridos, a abracei forte e encostei minha cabeça
na dela, sentindo o sono começar a me invadir. Bocejei e fechei os olhos.
Porém, ainda conseguia escutar a música que era cantada em
um sussurro:
"Agora, finalmente, nos olhamos
E é exatamente como eu imaginei.
Como se estivesse esperando por nós - oh, sorria, menina
linda
No momento certo, na rua à direita
Isto é como o destino, você e eu."