novembro 20, 2013

Fanfic Sra e Sra Kim
Escrita por ByunBiia
[+18]



Notas da Autora: Oii pessoas! o/ Aí está o tão aguardado capítulo...O final. Hora de agradecer a todas as pessoas lindas e divas que apoiaram, comentaram, leram, favoritaram, enfim, sem vocês eu não teria chegado até aqui. Então, muito obrigado! (Não sou boa com discursos) Desde já peço perdão por qualquer erro ortográfico que possa haver no decorrer do capitulo. Bom, sem mais enrolação. Vamos à leitura!


Desespero.
Essa palavra descrevia perfeitamente o que elas estavam sentindo. Elas voltaram pelo caminho aonde Sunny, Sooyoung, Yuri e as dinamites vieram e passaram pelo rombo na parede fugindo para a floresta.  Numa mistura de instinto e adrenalina elas saíram dali no último segundo. Mas os capangas de Papai e Mamãe não tardaram a vir atrás. Pouca munição, pouca energia e muito medo, com apenas isso elas tentavam se distanciar dos seus perseguidores. 
Elas podiam ouvir as folhas sendo esmagadas ao seu redor, sentir presenças os acompanhando, ter uma noção – às pressas e graças à adrenalina bombeava seu sangue deixando seus instintos amplificados – de onde o inimigo vinha.
Em um acordo silencioso elas se separaram, cada um tomou um rumo seguindo a sua estratégia, afinal todos eram agentes treinados e sobreviveram as mais diversas situações.
Seu modo agente dizia para Taeyeon que ela deveria fugir e se salvar, seu lado esposa-protetora (O mais estupido a seu ver) dizia que ela seguisse Tiffany e a protegesse. E em todos esses seis anos de um casamento cheio de altos e baixos, completamente fodido e forçado, Taeyeon fez o que ela sempre fazia quando mexiam com sua esposa.
Dava porrada.
E foi o que ela fez. Foda-se sua vida, ela tinha uma esposa e um filho pra proteger!
Indo em direção aonde sua amada fora, no melhor estilo príncipe encantado, Taeyeon tirou forças – Deus sabe da onde – e correu até sentir seus músculos amolecerem. Sentindo um corpo se chocar contra o seu, Taeyeon estava pronta para acabar com o infeliz que estava atrapalhando seu caminho até sua esposa porem ao sentir o perfume dele, ou melhor, dela parou imediatamente.
- O que infernos você pensa que está fazendo?! – Tiffany sussurrou espiando em volta.
- Cooper, e você? – Taeyeon disse sarcástica e ofegante ao mesmo tempo.
- Idiota! Você sabe o que fazer nessas circunstancias, cada um por si! – Tiffany a soltou e lhe lançou um olhar repreendedor. – Separadas, pelo menos sabemos quais são nossas chances. Juntas...
- Eu não vou deixar você sozinha! – Taeyeon sussurrou engatando a arma – Não nessa situação!
Taeyeon olhou num misto de magoa, amor e receio em direção à barriga de Tiffany.
- Eu sei que é difícil e que ele pode atrapalhar a gente... Mas eu não posso abandonar vocês dois...
Com grande dificuldade Taeyeon conseguiu por isso para fora. Ela podia ter usado qualquer argumento meloso que Tiffany bateria o pé a se separaria, mas aquilo foi golpe baixo. Sentindo seus olhos marejarem, Tiffany assentiu e elas voltaram a se embrenhar na floresta. Elas podiam sentir que a qualquer momento sofreriam o bote do inimigo.
Para sua surpresa uma rajada de tiros começou, a parte calculista de Tiffany a muito já teria partido. Ela tinha certeza que se estivesse sozinha ela já teria escapado. Se sentindo absurdamente burra por concordar com essa loucura, ela puxou Taeyeon para a parte norte onde sabia que tinha uma saída para a cidade.
Correram pela estrada, desceram numa imitação improvisada de snowboard no lixo pela montanha. Mesmo que desequilibradas e machucadas elas eram fodas e ninguém podia contra argumentar com isso.
“Que os jogos comessem!” soou na cabeça de Taeyeon que com um sorriso maníaco abateu o azarado que cruzou seu caminho e pegou sua arma – com o pente cheio – e deu num ato cavalheiresco a sua esposa.
Tiffany parecia um nerd viciado em conter-strike, uma bala por cabeça, assim foram abrindo caminho enquanto avistavam a grande Seattle. Quem diria uma floresta tão pequena podia sair nos mais diferentes tipos de lugares.
Taeyeon anotou em sua agenda conhecer a cidade antes de partir.
Era madrugada, não tinha uma viva alma na rua, apenas duas mulheres loucas correndo em disparada tentando se esconder em algum lugar. Não muito atrás delas um esquadrão armado e preparado fazia o mesmo caminho tentando cerca-las e mata-las.
Taeyeon ficou dando cobertura e tentando contar os vultos que – mesmo ao longe já podiam ser vistos – se aproximar enquanto Tiffany arrombava a porta de uma loja de conveniência. Numa espécie de sintonia fina, as duas se prepararam para batalha em silêncio, reunindo o equipamento necessário e cuidando para não estorvarem uma a outra. Ali estavam duas assassinas calejadas e profissionais preparando-se para entrar em ação.
Como atletas olímpicos, precisavam da mais perfeita concen­tração.
Nenhuma outra mis­são havia sido tão importante quanto aquela. Antes, elas não tinham a quem se apegar e nem se preocupar com quem as acompanhava, morrer fazia parte desse trabalho. Ver alguém que você ama morrer não. Tiffany sabia que se algo acontecesse a sua Taeyeon ela desistiria na hora e se deixaria abater, e se importar com outra pessoa numa hora dessas em muitos casos era morte certa. Mas no passado a mo­tivação se confundia com um vago instinto de sobrevivência; agora, no entanto, elas tinham um excelente motivo para continuar vivas e lutando. Não por suas próprias vidas e sim pela família que elas construiriam dali para frente.
Toda a experiência que haviam acumulado até então seria co­locada à prova. E então chegou a hora: já haviam adiado demais.
Elas se sentaram contra a porta recuperando um pouco de energia, se olharam e em uma troca de olhares e elas sabiam exatamente o que passava na cabeça uma da outra. O medo em seus olhos as fez parar, ignorando o mundo em sua volta e – nem que fosse por um minuto – se amarem mais um pouco.
Com um beijo choroso, elas se levantaram e puxaram a trava deixando a arma pronta para serem usadas. Nesse beijo foi selado um juramento, elas sairiam dessas, juntas e fortes para enfrentar o que quer que tivesse esperando-as lá fora.
- Pronta querida? – Taeyeon perguntou provocando uma risada em Tiffany.
- Eu nasci pronta, querida!
Uma loja de conveniência pode conter verdadeiras armas vendo por outro angulo, Tiffany estudou o que poderia ser usado a seu favor e o que poderia atrasar. Seus olhos caíram sobre um carrinho de compras tamanho gigante. O carri­nho poderia se transformar num instrumento de grande utilidade: num escudo ou num enorme projétil sobre rodas. Pegou o carrinho e disse a Taeyeon para fazer o mesmo com o carrinho ao lado.
Logo depois seguiram pelos corredores, casualmente inspecionando as prateleiras como costumavam fazer quando eram apenas as Sras. Fabray, o casal mais simpático da vizinhança. Mas o que de fato procuravam era os seus inimigos.
Pegaram o elevador, seguiram em direções opostas para esquadrinhar a loja. Espalhavam armas carregadas pelas diversas pra­teleiras; assim, onde quer que tivessem de entrar em ação, teria­m munição fresca ao seu dispor. A melhor parte, todas as armas eram dos inimigos, um sorriso orgulhoso tomou conta do rosto de Taeyeon.
- Chupem essa palhaços! – Ela riu colocando estrategicamente um pente nos braços de um ursinho que parecia de veras carinhoso.
Quando finalmente se reencontram, Taeyeon entregou a Tiffany um dos walkie-talkies que havia retirado na seção de brinquedos.
Agora a porra vai ficar séria!
De mãos dadas, procuraram por uma espécie de forte onde pudessem receber seus inimigos. E logo encontraram o lugar perfeito.
A seção de móveis de campo estava decorada com uma casa cenográfica montada sobre uma plataforma elevada — uma casa completa, com varanda, rede e tudo o mais. Subiram os degraus e sentaram na rede, de onde tinham uma excelente visão da loja inteira.
E em boa hora. Alguém estava observando-as. Elas ouviram um click em algum lugar ao redor. O ruído inconfundível de uma granada sendo armado.
Era como se o mundo inteiro tivesse conge­lado.
Elas se entreolharam chegando a um entendimento. Ambas sabiam: o momento havia chegado. Calmamente se levantaram, Tiffany checando as unhas, Taeyeon estralando o pescoço, aparentemente despreocupadas com o que viria.
- Vejo você na próxima vida, Amor — Taeyeon disse plantando um beijinho na bochecha de Tiffany.
- Espero que sim — ela respondeu.
Então — apenas para aumentar a diversão — todas as luzes se apagaram.
Depois que a operação entrasse em andamento, não haveria mais volta. Ao vencedor, as batatas. Um último olhar. Taeyeon piscou para Tiffany como se dissesse: "Vamos lá.".
Tiffany sabia que tinha sérios problemas psicológicos, e apesar de estar com medo, ela nunca tinha se sentido tão viva. Com um sorriso de 1000 watts ela acolheu de braços abertos o que considerou a melhor parte de si nos últimos anos, seu lado assassino.
Elas podiam sentir os inimigos disfarçados infiltrando-se na loja. Não podiam vê-los, mas sabia que estavam ali, saindo dos cantos e das frestas como um bando de baratas. Puderam ouvir: Tundum Tundum
Em poucos segundos o tumulto se formou na loja. Correram para dentro da casa, à procura de uma saída pelos fundos. Quando passaram por um cercadinho de bebé recheado até a borda com ursinhos de pelúcia.
O que antes se resumia a uma pequena batalha às escuras ago­ra havia se transformado num alvoroço de grandes proporções. De repente, em ambos os lados do prédio, portas explodiram para dentro e novas equipes de assassinos tomaram a loja.
Crash! Claraboias estilhaçaram no alto, e uma meia dúzia de facínoras escorregou por cordas até o chão. Caramba! O exército inteiro estava atrás delas! Isso só aumentou o ego de ambas, Sra. E Sra. Fabray as criminosas mais procuradas do país.
Na casa cenográfica, saíram pela porta da frente, quando passaram pelo canteiro de petúnias, recolheram as bobinhas de fumaça que tinham pegado na parte de brinquedos e que ali haviam escondido como se fossem ovos de Páscoa. Puxaram os pinos e mandaram as granadas rolando pelo chão. A fumaça colorida os forneceu uma excelente cober­tura.
Desviaram para a seção de acessórios de banheiro. Tiffany levantou uma tábua de vaso e retirou o rifle de atirador de elite que ela havia deixado ali. Enquanto ela montava o cano, Taeyeon disse:
- Por cima ou por baixo?
- Deixa que eu vo. — Tiffany respondeu.
Correndo até a seção de artigos de escritório, Tiffany alcançou as prateleiras de um corredor sem saída e, sem a menor dificuldade, escalou os 15 metros que se­paravam as vigas do teto.
Pendurada no alto, pegou um par de binóculos de visão noturna e olhou ao redor. Dali podia ver o pavimento quase por inteiro. Um tiroteio começou a destruir o local e, com alivio, Tiffany percebeu o porquê. Mamãe e Papai descobriram ao mesmo tempo o paradeiro de rato e quando duas agencias inimigas se encontram...
Ambos os lados eram treinados para matar e chacina descrevia bem o que ocorria no local. Com certo orgulho, Tiffany acompanhou sua esposa abrir caminho ao longo de uma fileira de refrigeradores na seção de eletrodomésticos, corpos caindo ao seu redor enquanto ela se movia pelo escuro como leopardo. Cara, aquilo era muito excitante.
—          TaeTae, você não sabe no que eu tô pensando agora... — Tiffany sussurrou pelo walkie-talkie.
- No quê? – A voz ofegante de Taeyeon fez Tiffany fechar os olhos para se lembrar de onde estava e que não era hora para aquilo.
- No que eu vou fazer com você quando sairmos daqui – Tiffany respirou fundo, do alto, apontou o rifle e disparou acertando dois coelhos com uma cajadada só.
Taeyeon tinha uma vaga ideia do que passava na cabeça de Tiffany, ela pensava na mesma coisa. Percorrendo o corredor a procura de inimigos, Taeyeon sentia-se como um leão caçando. E a aparência do lugar lhe dava a impressão de estar em um jogo de videogame. Aspersores anti-incêndio jorrando água para todos os lados, escuro, sons de tiros, passos e gritos... Quase surreal.
Passou pela parte onde tinha bicicletas em exposição e viu uma bicicleta idêntica àquele que usou para perseguir Tiffany pela vizinhança. Se lembrou que devia uma daquelas a uma das crianças de seu vizinho, mas pensando melhor, era melhor a criança não ter aquela coisa destrutiva em mãos. Aquela bicicleta acabou com suas costas de um jeito que nem quando rolou barranco abaixo em Toronto numa missão se sentiu tão machucada como ao sair daquele porcaria. Tocou a sineta da bicicleta cor de rosa avisando aos inimigos que cruzaram o corredor a frente que não estavam sozinhos. À medida que avançava pelos corredores, Taeyeon dis­parava aleatoriamente para a direita e para a esquerda, e depois desaparecia de novo.
Tiffany assistia divertida o percurso de sua esposa pelo corredor mexendo em todos os brinquedos que via, parecia uma criança. Desfilando pelas vigas, atirava sempre que localizava uma arma no meio da multidão. Mas o problema era que os facínoras continuavam a brotar por todos os lados.
Miras a laser tentavam lhe localizar. Os fachos cruzavam acima e abaixo de sua cabeça como holofotes em noite de Oscar.
Após deixar seu rifle sobre uma viga, desceu algumas prateleiras até aterrissar na seção infantil. Vasculhou uma prateleira de bichinhos de pelúcia até encontrar uma semiautomática ultrapoderosa.
Tiffany poderia ter esperado até que os bandidos viessem atrás dela. Mas esperar que as coisas a alcançasse era algo que ela detestava, então foi atrás deles. Dobrando uma esquina, avistou um trio de assassinos. Todos abriram fogo, balas ricocheteando para todos os lados. Uma delas acertou-a em cheio no ombro, mas numa área protegida pelo colete.
Voltou para o corredor de onde tinha saído e recostou-se na pa­rede, resfolegando. Não sabia exatamente o que fazer. Foi então que ouviu um barulho estranho parecendo com pedaladas. E depois... crash!
Os três agentes que a perseguiam caíram moles para os lados com buracos na cabeça, Taeyeon passou por ela a bordo de uma daquelas bicicletas pequenas da sessão infantil.
- Qual a sua tara por bicicletas infantis? – Tiffany perguntou franzindo o cenho, Taeyeon deu de ombros.
Tiffany caminhou até os corpos inertes e ensanguentados que cobriam o chão, pegou uma mini metralhadora Gatlin da mão de um dos mortos e puxou Taeyeon pelo corredor. Enquanto corriam no melhor estilo matrix, suas armas chacoalhavam e cuspiam fogo à medida que avan­çavam corredor abaixo. E os assassinos caíam um a um, como pinos de boliche. Fácil demais — como pescar num aquário.
Rindo como se tivesse brincando num parque Yuri surgiu do nada metralhando quem quer que fosse que cruzasse seu caminho, pareada por Sunny e Sooyoung que pareciam concentrados demais em diminuir a desvantagem que tinham. Taeyeon estava começando a ter esperança, não eram mais duas contra um milhão e sim cinco contra quinhentos. As agencias inimigas brigando entre lhes deu uma grande vantagem. Mas como tudo que é bom na vida de Taeyeon dura pouco...
Um bandido subitamente saiu de trás de uma tenda inflável. Com um lança-foguetes apoiado nos ombros largos. Apontado diretamente para elas.
Opa.
E então... Wuuuuuuuuoooooouuuuuuuu.
Matrix é o caramba, eles estavam mais para aprendizes de feiticeiros, e magicamente, desviaram escapando por centímetros do fogo direto. Mas quando a granada-foguete explodiu excessivamente perto, foram catapultados através de uma parede de gesso.
Eles caíram na casa cenográfica, onde Taeyeon e Tiffany aguardaram seus inimigos chegaram. Ficaram ali por um instante, agradecidos por ainda estarem vivos, Yuri caiu de cara e levantou esfregando o nariz com sofridão, Sooyoung parecia fora de orbita, Taeyeon tentava se livrar de metade da divisória que caiu em cima dela e Tiffany tentava se desvencilhar do corpo de Sunny que cobria o seu a esmagando.
- Acho que quebrei a cara... – Resmungou Yuri – Literalmente.
- Sai de cima de mim animal! – berrou Tiffany estapeando Sunny que, desajeitadamente, se arrastava para longe dela.
O silencio se abateu sobre a casinha, eles se recuperavam atentos ao que acontecia ao redor. Respirando pesadamente, Taeyeon rastejou até onde Tiffany estava encostada e passou os braços ao seu redor.
- Tudo em ordem? – Ela perguntou preocupada.
- Sim.
Mas elas sabiam que a guerra ainda não tinha chegado ao fim.
Ficaram de pé se apoiando como podiam e achando estranho o silencio do inimigo, provavelmente pensando que eles tinham morrido. Isso era bom, podiam pega-los de surpresa. Aquela seria a última tacada.
Eles trocaram olhares de entendimento, Sunny abraçou Taeyeon pelos ombros e rasgou sua camisa fazendo um torniquete em seu braço estancando o sangue que escorria. Juntando as armas que tinham conseguido, trocando cartuchos de munição e guardando facas nas caneleiras.
De repente, ouviram o tropel dos inimigos, que se espalha­vam ao redor da casa, era agora ou nunca.
—          E então? — Sooyoung perguntou.
Tiffany espiou pela fresta onde um pedaço do gesso tinha quebrado, ela respirou fundo e lentamente virou-se com um sorriso sereno entre os lábios.
–            Vai ser moleza — respondeu.
– À esquerda, é nossa. À direita suas. – Yuri disse puxando a parte superior da arma deixando a pronta para ser usada.
– Entendido. – Taeyeon e Tiffany disseram em uníssono.
Taeyeon não resistiu e fez um carinho no seu rosto machucado de sua esposa.
– Seria estranho se eu dissesse que era exatamente aqui onde eu queria estar? – Ela perguntou hesitante. Taeyeon negou com a cabeça e respondeu:
– Eu amo você.
– E eu odeio as duas por me por nessa merda, agora parem com a melação, temos umas cem pessoas para matar!
Obviamente, Kwon Yuri.
Não tínhamos mais nada a ser dito. Hora de partir.
Irromperam barracão a fora armados até os dentes e dispostos a lutar até saírem dali, fosse de que jeito fosse.
De um lado três loucos disparando e gritando como se estivessem numa partida paintball.
Do outro lado duas bailarinas numa coreografia bem ensaiada — ou como um dragão de duas cabeças —, Taeyeon e Tiffany avançavam de costas uma para a outra, abrindo fogo para todos os lados.
Corpos e mais corpos caiam aos seus pés.
Quando a munição acabava, imediatamente um cartucho era passado e carregado sem dar tempo sequer do inimigo pensar.
Tiffany foi surpreendida por uma bala em seu colete de kevlar e se cur­vou tentado se recuperar do impacto. Taeyeon aproveitou para disparar o rifle alojado em suas costas. Pouco depois ela já estava de volta ao jogo.
E de repente sentiu Tiffany se contorcer e cair no chão. Ins­tintivamente Taeyeon se jogou em cima dela, girando e disparando no ar — e derrubando pelo menos uns dez. A sincronia delas beirava a perfeição...
Só então Taeyeon percebeu que Tiffany havia levado uma bala. Quando se ajoelhou para conferir a gravidade do ferimento, ela congelou, via sua mulher com as mãos já ensanguentadas na barriga.
Um pouco longe dali, as outras garotas se surpreenderam pelo mais absoluto silêncio. Não havia sobrado nenhum inimigo em pé. Zero.
Dezenas de corpos inertes cobriam o chão como se estivessem dormindo. Ali estavam quase todos os assassinos de aluguel do mercado, mortos. Papai e Mamãe haviam perdido todos os seus funcionários.
Esperaram um instante, suspeitando de alguma surpresa de última hora, receando que o fim dessa tormenta não tivesse passado. Mas a única coisa que se ouvia naquele silêncio lúgubre era a respiração ofegante dos sobreviventes.
–Engula essa, Papai! Ninguém mexe com Kwon Yuri, bastardos! – Yuri gritava dançando em cima de um corpo comemorando.
Então era verdade. A guerra tinha chegado ao fim. E ainda estavam vivas.
Rindo da explosão de alegria de Yuri, Sunny e Sooyoung se abraçaram e sentaram no chão assistindo com divertimento a dança da chuva que ela fazia.
Então o grito de Taeyeon se fez presente.
– Tippany!
As três garotas levantaram do chão assustadas e correram na direção dos gritos, que ficavam cada vez mais altos. Surpresas com o que via, Yuri foi rapidamente até onde o casal estava. Ela via Taeyeon apertando o corpo de Tiffany contra o seu muito forte.
– Taeyeon! Solta ela, temos que ir a um hospital. – Disse Sunny se aproximando.
Mesmo ouvindo o pedido da amiga, ela continuava agarrada a Tiffany.
– TaeTae... – A morena sussurrava com lagrimas os olhos.
Yuri se aproximou e pegou Tiffany o colo, Taeyeon seguiu todo o caminho segurando na mão da morena.
– Tippany, fique comigo!
Taeyeon entrou no carro, no banco de trás e Yuri colocou Tiffany no colo da esposa.
– Levem ela para o hospital, eu e Sooyoung vamos voltar para a cabana e avisar as outras. – Disse Sunny entregando as chaves do carro para Yuri, que assentiu e seguiu para a porta do motorista.
Na parte de trás do carro Taeyeon já começava a chorar desesperada, talvez aquela culpa tenha sido dela. Se ela estivesse perdoado e apoiado a esposa quando descobriu aquela traição, talvez. Mas agora Tiffany corria risco de vida, e a loira não conseguia pensar direito.
– Tae... Eu te amo.
– Eu também te amo Tippany. Me perdoa por ter fugido, eu devia ter ficado e cuidado de você e-
– Tudo bem TaeTae...
– Eu te amo tanto Pany-ah... Fica comigo. – Taeyeon suplicava olhando nos olhos da esposa.
Yuri assistia a cena pelo retrovisor do carro, enquanto tentava manter o foco na estrada e chegar o mais rápido possível ao hospital.
Pouco a pouco Tiffany ia fechando seus olhos, já tinha perdido muito sangue, ela estava fraca e não conseguiria ficar mais muito tempo acordada. Taeyeon percebeu isso e agarrou com toda a força que tinha o corpo da mulher. Doía, doía muito ver o sangue de Tiffany nas suas mãos enquanto a morena lutava para ficar acordada.
– Me perdoa TaeTae... – Ela sussurrou antes de sentir os olhos pesarem e se entregar a completa escuridão.
– Chegamos. – Yuri falou e saio do carro ajudando Taeyeon a levantar e seguir com Tiffany já desacordada para dentro do local.
– Por favor! Alguém aqui. Temos uma mulher ferida! – Gritou uma enfermeira assim que viu as mulheres entrarem no local.
Horas depois as outras garotas entraram no hospital desesperadas por noticias, viram Yuri sentada em um banco na sala de espera enquanto Taeyeon andava em círculos pelo lugar.
– Hey Yuri. Como ela está? – Disse Sooyoung se aproximando.
– Ela ainda está na cirurgia.
Sunny e Seohyun seguiram para perto de Taeyeon tentando acalma-la, o que não parecia surtir efeito algum já que a loira continuava, mesmo que sentada, inquieta no lugar. Os minutos tornaram-se intermináveis. Por diversas vezes, Taeyeon foi até a recepção procurando uma informação sobre Tiffany, mas ninguém sabia lhe informar o seu estado. Tudo o que sabiam é que ela ainda estava em cirurgia.
Uma esperança brotou no peito da loira ao ver um médico vindo ao seu encontro. Prontamente ela levantou-se.
– Senhora Kim? – perguntou um senhor de mais ou menos 60 anos. 
– Sim... Como ela está? – disse Taeyeon enquanto andava apressadamente em direção ao medico.
– A boa noticia é que ocorreu tudo bem na cirurgia, a sua mulher ainda está desacordada mais passa bem e está fora de risco. – a frase do medico fez Taeyeon sorrir como uma criança que acabou de ganhar o maior e mais gostoso dos doces. – Mas infelizmente não conseguimos salvar a criança. Sua esposa estava muito agitada e teve que ser sedada, ela ainda terá que ficar em estado de observação por um tempo, pois perdeu muito sangue.
Taeyeon deu um suspiro frustrado, mas logo mudou a postura de frustrada para preocupada novamente.
– Podemos vê-la? – perguntou Seohyun que ouvia tudo atentamente bem atrás de Taeyeon.
– Só uma pessoa pode entrar.
Então todos olharam para Taeyeon e Yuri se pronunciou.
– Vai lá, loirinha.
– Boa sorte Taengoo. – disse Jessica sorrindo docemente e enquanto era abraçada por Yuri.
– Acompanhe-me Srª Kim.
Taeyeon seguiu o prontamente o medico em direção ao quarto de Tiffany.
Ela respira fundo tomando coragem, e gira o trinco da porta. Entra cautelosamente para não fazer barulho e sente um enorme aperto no coração ao ver Tiffany deitada na cama, imóvel, sendo conectada à vários aparelhos.
Aproxima-se e pega a mão delicada da morena entre as suas.
– Você precisa acordar... – pede, num sussurro quase inaudível, antes de ser tomado pela choro.
Tiffany escutava uma série de "bips" e uma voz conhecida falar algo.
– ...Por favor, não me deixa! Eu não irei conseguir viver sem você. Você não pode me deixar! Eu não sei se você está me escutando, mas... Eu só te peço que acorde e volte, nem que seja só pra me odiar...
Tento abrir os olhos, mas não consigo; tento dizer a ele que não chore, que eu estou aqui e jamais irei deixá-lo, abraçá-lo e confortá-lo, no entanto meu corpo não obedece aos meus comandos. Parece-me que estou sonhando e não consigo acordar.
Os "bips" vão aumentando e Tiffany não consegue mais escutar com clareza o que o Taeyeon diz. Por uns segundos, a mente da morena se desliga de tudo ao seu redor, e é tomada por uma série de lembranças.
A primeira vez que se viram...
“Tiffany saia de seu quarto correndo quando viu que o elevador estava se fechando, não queria esperar até ele subir de novo. Conseguiu segura-lo, entrando e apertando o térreo, as portas já estavam fechando quando ela escuta alguém gritar.
– Segura!
Ela parou de novo o elevador e enquanto uma mulher loira com roupa social corria para dentro. A mulher agradeceu e ela sorriu. Ela nunca foi uma pessoa de se apaixonar ou sequer sentir atração por outras pessoas. Até seus olhos se conectarem com um par de castanhos, ela não podia parar de olha-los.”
O primeiro beijo...
“As duas mulheres dançavam feito loucas, coladas uma na outra, não havia espaço entre seus corpo e se movendo lentamente a morena fechou o espaço entre suas bocas.
O beijo começou lento, calmo, estavam apenas testando o território. Logo o ritmo foi aumentando – não sei como – as mão da loira foram parar na bunda da morena. Ela esqueceu onde estava, só se importava com quem eu estava.”
E caiu novamente na profunda escuridão.
**********
– Acho que ela está acordando...
Tiffany abre os olhos e imediatamente volta a fechá-los enquanto se acostuma com a claridade.
Sente a garganta seca e pede com a voz extremamente rouca por água.
– Claro - uma mulher jovem responde, dando-lhe água alguns segundos depois.
– Srª Kim, eu sou o Dr. Robert e vou precisar fazer alguns procedimentos com a senhorita - informa um homem de aproximadamente trinta anos, com cabelos castanhos claros e um sorriso simpático.
Ele coloca uma luz chata nos seus olhos, e depois faz uma série de outras coisas, antes de falar novamente.
– Está tudo bem, a senhora é bem forte, e vai se recuperar mais rápido do que o previsto.
– Tiffany, por favor... Chame-me apenas de Tiffany - pede.
– Tudo bem, Tiffany - diz, e sorri. - Você lembra o que aconteceu? - pergunta.
Tiffany faz um esforço inenarrável e as imagens começam a brotar em sua mente.
– Sim, eu levei um tiro - responde, com a voz voltando ao seu estado normal.
– Isso mesmo... Você passou por uma cirurgia e terá que ficar alguns dias em observação. A criança que você esperava, infelizmente não sobreviveu.
– Quando eu vou poder sair daqui? - pergunta, um pouco nervosa.
– Quando você se recuperar. Mas não se preocupe, acho que isso não vai demorar muito à acontecer.
– Ótimo – diz e tenta se sentar, mas o medico a repreende.
– Não, não se sente. Você ainda está muito fraca e precisa continuar em repouso absoluto, entendeu? - pergunta, como se ela fosse uma criança. Após assentir, confirmando que permaneceria sem fazer nada, ele continua: - Vou informar as pessoas lá fora que você já acordou...
A morena na cama escuta a porta chiando e vira seu rosto para ver quem é.
– Oi - Taeyeon diz, com um sorriso incrivelmente branco. Seu semblante está cansado. Seus cabelos estão numa desordem total e seus olhos são contornados por olheiras profundas.
– Você parece-me cansada. - Tiffany acusa, sem nem ao menos cumprimentá-la.
– Nossa, não ganho nem um "oi"? - pergunta, saindo de perto da porta e se aproximando da cama.
– Só depois de me responder o porquê de está parecendo uma mendiga - retruca.
– Nossa, eu fico esse tempo todo aqui, te esperando acordar, e quando você me ver a primeira coisa que faz é me chamar de mendiga? Eu realmente não te entendo... - diz, irônica. - E saiba que você também não está muito melhor!
– Ah! Cala à boca! - brigo, arrancando uma gargalhada da loira. - E sim, eu devo está horrível - Taeyeon continua rindo e Tiffany olha-a atentamente, enquanto ela age de forma natural.
Por mais que esteja com uma aparência cansada, ela ainda continua encantadora, com seu sorriso doce, e sua covinha no canto direito da boca; seus olhos castanhos que conquistaram o coração da morena desde o primeiro momento que o viu.
– Pois pra mim, você continua linda - fala, tirando Tiffany de seu devaneio.
Após dizer isso, nenhuma das duas volta a falar nos primeiros minutos. A tensão no ar é perceptível, e Tiffany resolve quebrar o clima desagradável, perguntando:
– E, como assim "passou esse tempo todo aqui"? Eu só dormir por algumas horas... Não foi?
– Sim, digamos que umas quarenta e oito horas...
– O QUÊ?! Eu não acredito que dormir por todo esse tempo!
– Pois é Bela Adormecida, a senhorita é bem dorminhoca - brinca, e as duas sorriram.
– Eu senti tanto medo – admite Taeyeon, pegando a mão da mulher e a apertando com força. - Nunca mais faça isso! - repreende. - Eu não sei o que faria sem você... - suspira pesadamente, e leva sua mão ao rosto da esposa, fazendo um carinho de leve com o polegar na sua bochecha esquerda.
– Eu sei que você deve está me odiando pelo o que aconteceu. Depois que você me deixou para ir atrás de Jessica, eu fiquei com tanta raiva e acabei indo a um bar perto de onde Yuri tinha nos hospedado. Comecei a beber e encontrei o Siwon. Você sabe que eu sou fraca pra bebida e depois do quinto shot eu já não me lembro de mais nada. Me perdoa TaeTae, eu sei que te machuquei, mas eu me arrependi depois. Me perdoa. – Tiffany já começava a chorar.
– Tudo bem Tippany, isso é passado agora.
– Obrigado Taeyeon. – disse a morena abraçando a esposa.
– Só me prometa que nunca mais vai mentir ou esconder alguma coisa de mim.
– Eu prometo, tudo que você quiser TaeTae. Sem mais segredos?
– Sem segredos. – disse a loira se aproximando.
Olharam uma para a outra. E seus lábios se encontraram mutua­mente com paixão.
E assim elas selaram a promessa com um beijo. Não era errado. Era verdadeiro. Era para sempre. O amor nunca pareceu tão certo. E elas estavam dispostas a lutar por esse amor.
No final, apenas a Dinymix tinha ficado de pé.
Eles não sabiam dizer onde os chefes poderiam estar naquele momento. Mas sabia que, em algum lugar, de alguma maneira, eles tinham assistido a tudo. Podia imaginar a expressão de surpresa no rosto deles. O choque. O horror que sobreviera aos respectivos quadros de funcionários.
Durante muito tempo, ambas as agências dependeriam da cola­boração de terceiros, se quisessem continuar operando. Bem feito para eles.
Apenas uma coisa era certa, elas estavam livres.

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– Uau que história legal! – Key disse após se aconchegar da cama arrumando o cobertor sobre o seu corpo. – Isso é mesmo só uma historia?
– Claro Key, é só uma história!
Hyoyeon levantou se espreguiçando.
– Eu queria saber de onde você tirou ideia sobre isso, Sra. e Sra. Kim até que combina com o nome das Sras. Liu, tudo parece ser tão verdade.
– É, quem vê até pensa que foi verdade! – Hyoyeon ri. – Agora vamos, eu vou apagar a luz. Vá logo dormir. – Disse seguindo até a porta.
Hyoyeon realmente adorou resumir essa história toda para seu neto, sempre quis contar isso para alguém, mas tinha certeza que a internariam se ela o fizesse. Ela não resistiu e pegou a caixa que escondia a sete chaves no compartimento do guarda roupa. Puxou a pasta, viu as fitas gravadas e as fichas preenchidas. E sorriu se lembrando da loucura que foi aquele tempo.
Pegou uma das fichas que roubou sem que Tiffany percebesse:                                    Tiffany Hwang-Kim: Sentimentos.
Era o titulo, e quem diria que a amizade deles duraria tanto. Hyoyeon deixou a loucura da cidade e foi morar no interior, se casou com bom homem que conheceu por lá e criou sua filha. Não teve mais filhos, mas logo veio seu precioso neto e sua vida foi repleta de felicidade.
Jessica e Yuri se casaram, Taeyeon e Tiffany mudaram seus nomes para Liu, adotaram uma menininha que se chamava Amber e moravam em Busan. Yoona e Seohyun começaram a namorar, e apesar dos problemas estavam juntas até hoje.
Sunny casou com Sooyoung e o ciclo se fechou. Todos tiveram seu final feliz.
A nostalgia tinha dominado Hyoyeon, e com certa saudade guardou a ficha no lugar mal esperando as festas de fim de ano para receber seus amigos em sua casa.
Olhou a pasta tendo em sua mente gravado o titulo, o borrado Sr. Transformado em Sra. Foi ali que sua vida mudou.
Hyoyeon sorriu guardando tudo e voltando para a cozinha.

Sra. e Sra. Kim, uma história que ela mal esperava para contar de novo.


Notas Finais: Então, é isso gente. :3 Se gostaram comentem, se não gostaram comentem também e me ajudem a melhorar. ;) Até qualquer dia. ^.~

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