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- Ponto De Fusão Capítulo 12
abril 08, 2013
Fanfic Ponto De Fusão
Escrita por BellVK
[+16]
SooYoung não precisou esperar. No momento em que ela colocou
o pé para fora da mansão, ela viu todos os seus homens alinhados, esperando por
suas ordens. Um sorriso satisfeito apareceu em seu rosto. Ela caminhou entre os
homens, checando seus equipamentos, e de vez em quando parando para corrigir
algo. Assim que satisfeita, SooYoung voltou a ficar diante de todos. Ela chamou
NichKhun, que estava à frente do exército. Hesitante, ele fez seu caminho até a
outra. Suas mãos estavam ocupadas, segurando uma metralhadora de pequeno porte.
SooYoung examinou-o dos pés a cabeça, certificando-se de que o homem estava
propriamente equipado. Por fim, seus olhos se fixaram no rosto do outro.
– Está tudo pronto? - Perguntou. Ele assentiu. - Quem
comandará o segundo exército?
Havia sido combinado de que o exército seria dividido em
dois, como era de costume. Originalmente, o primeiro exército era sempre
liderado por Yuri e Yoona. Enquanto o segundo era liderado por Sunny e
SooYoung. HyoYeon ficava na base, monitorando a guerra, e atacava com um
terceiro exército sempre que preciso. Porém, como só havia SooYoung, ela
precisava de alguém confiável para liderar o segundo exército. Alguém tão bom
quanto as outras garotas.
– Eu mesmo estarei comandando o exército. - NichKhun
respondeu. SooYoung arqueou as sobrancelhas.
– Você tem certeza? - Ela perguntou. O outro assentiu. -
NichKhun, você nunca liderou antes.
– Eu só queria uma chance... - Ele murmurou, hesitante. -
Mas, como eu sei que eu não sou bom o bastante...
– Tudo tem sua primeira vez, não é? - A garota o
interrompeu, sorrindo de canto.
NichKhun sorriu, assentindo. SooYoung disse que ele
precisava se apresentar ao exército como comandante, caso contrário, nenhum
homem lhe obedeceria. Ele assentiu, dirigindo-se ao exército que lideraria.
Aproveitando que estava sozinha, SooYoung afastou-se. Ela puxou uma corrente
que estava em seu pescoço, revelando uma pequena cruz. A garota segurou a cruz
na palma da mão, fechando os olhos. Ela mordeu o lábio inferior, depositando
toda a sua atenção na pequena oração que estava prestes a fazer.
"Senhor, por favor, me dê forças... Eu sei que eu estou
fazendo algo estúpido... Mas eu não consigo evitar... Eu preciso proteger
Sunny... Eu sei que ela não sente o mesmo por mim, eu sei que ela não faria o
mesmo se fosse eu... Mas, mesmo assim... Eu preciso protegê-la... Por favor...
Eu não sei o que eu faria se ela se machucasse... Me dê forças para trazê-la de
volta."
Uma lágrima escapou de seus olhos, sendo imediamente limpa.
A garota voltou a esconder a cruz dentro da camisa. Ela logo se recompôs, voltando
a colocar uma feição determinada no rosto. SooYoung caminhou até o seu
exército, examinando-os mais uma vez. Os homens demonstravam-se confiantes,
porém SooYoung sabia que eles estavam se sentindo exatamente o contrário.
SooYoung levantou a mão, seu dedo indicador apontando para o exército. Os
homens não esboçaram nenhuma reação, afinal, haviam sido treinados para sempre
se manter neutros. Com o dedo indicador levantado, SooYoung fechou os olhos,
deixando sua mão ir da direita à esquerda. Ela parou, seus olhos abriram. Seu
dedo apontava para um homem alto, extremamente forte. Ela sorriu de canto.
– Você. - Chamou. SooYoung viu o homem hesitar, até
finalmente dar um passo à frente.
– Sim, senhora. - Ele respondeu, os olhos fixos no chão. Os
homens de SooYoung foram especialmente ensinados a nunca olhar nos olhos dos
superiores, exceto quando o mesmo pedia o contrário.
– Nome? - Perguntou.
– Kim JongKook, senhora.
– Pois bem, JongKook. - SooYoung começou a andar, circulando
o homem. - Qual sua posição em meu exército?
– Capitão, senhora.
– Capitão... - SooYoung repetiu, uma idéia se formou em sua
cabeça. - Como capitão, você poderia me dizer o que seus homens estão sentindo?
– Nós estamos confiantes, senhora. - Respondeu, com um aceno
de cabeça. SooYoung sorriu.
– Bom saber. - Ela disse, voltando a ficar de frente com o
exército. - Pode voltar ao seu lugar, Kim JongKook.
O homem assentiu, voltando ao seu lugar anterior. SooYoung
observou os outros demonstrarem sinais de nervosismo. Um homem, mordia o lábio
sem parar. Outro, ficava a se balançar de um pé para o outro. E a maioria não
conseguia focar o olhar em algo, desviando o seu olhar de 10 em 10 segundos. Um
sorriso se fez presente no rosto de SooYoung. "Confiantes? Sei...".
SooYoung colocou a arma que estava segurando no chão, e cruzou os braços. Ela
observava cada homem que estava à sua frente, fazendo anotações mentais sobre
seus comportamentos. Por fim, decidiu falar.
– Vocês estão com medo. - Ela disse, recebendo um coro de
'não, senhora' como resposta. SooYoung suspirou. - Você, um passo à frente.
– Senhora. - O homem fez o que lhe foi mandado.
– Você está com medo? - Ela perguntou. - Seja sincero, caso
contrário, você irá daqui para uma cova.
– S-sim, senhora. - Ele engoliu em seco. - N-nós estamos em
m-menor...
– Não gagueje! - SooYoung repreendeu. O homem fechou os
olhos fortemente, mordendo o lábio inferior com força. - Soldado meu não
gagueja! Você é um homem, então comporte-se como um!
– Desculpe, senhora. - Disse, limpando a garganta. Era
possível ver o homem tremendo, seus olhos arregalados. SooYoung sabia que ele
estava com medo, e era exatamente isso que ela não queria.
– Você tem sorte de que eu estou precisando do maior número
de homens possível... - Ela murmurou. O homem apenas assentiu, engolindo em
seco. - Continue.
– Só estou hesitante, senhora. - Disse, devagar,
certificando-se de que não gaguejaria.
– Hesitante? Por quê?
– Nós estamos em menor número, e Jung nunca perdeu...
– Você está duvidando da capacidade de meus exércitos? -
SooYoung perguntou, arqueando as sobrancelhas.
– Não, senhora! - Ele respondeu, prontamente.
– Então, o que você acha que acontecerá? - Ela perguntou.
– Nós vamos vencer.
– E?
– Vamos matar Jung.
– Exatamente! - SooYoung sorriu, batendo palmas. O homem
suspirou, aliviado. Ela desviou a atenção para o exército que estava atrás do
outro. - Vocês ouviram? Ele sabe o que nós iremos fazer! Não precisa ficar
hesitante, muito menos com medo! Nós vamos acabar com Jung!
Um coro de homens gritando se fez presente. Todos gritavam
apoiando SooYoung. A última sorriu em satisfação. Uma coisa que ela sempre
soube fazer era levantar a auto-estima dos soldados e deixá-los confiantes.
Porém, isso só funcionava com os soldados. SooYoung continuava a se sentir
insegura, o que era comum. Normalmente, ela iria se afastar e respirar fundo,
às vezes rezar. Entretanto, ela estava sozinha. Não havia tempo suficiente para
rezar. Talvez uma pequena prece, mas rezar não seria possível. SooYoung
suspirou. Se Yoona estivesse ali, a garota estaria fazendo SooYoung rir. Sunny
provavelmente estaria reclamando, dizendo que Yuri não estava cooperando.
HyoYeon estaria gritando da janela de seu quarto, mandando Yoona ligar o rádio.
Yuri estaria fazendo o óbvio, ou seja, sentada no chão e ouvindo música. A
garota passou a mão pelos cabelos. Ela estava percebendo a falta que as outras
três faziam em sua vida.
–----
– Choi SooYoung está preparando um exército para atacar
Jung.
– Ou seja, a mansão ficará vazia.
– Não exatamente. Ela deixou uma garota e um pequeno
exército.
– Posso saber quem?
– Amber Liu.
– O tamanho de seu exército?
– Possivelmente mais de 100.
– E o exército que Choi levou consigo?
– Dois exércitos contendo no mínimo 200 homens.
– O exército de Jung?
– No total, 500 homens. Jung possui muito mais força.
– As armas que Choi está usando?
– Grande porte.
– Há possibilidade de nos aproveitarmos de sua ausência e
adiantarmos o ataque?
– Acredito que sim... Nosso exército é maior e mais forte.
– Então comece a preparar nossos homens.
–----
– Eu sabia, Jessie. - Tiffany sorriu, seu olhar fixado na
garota. - Eu sabia que você não teria coragem para atirar em Kwon!
– Cala a boca, Tiffany. - Jessica rosnou, escondendo o rosto
nas mãos. Ela estava tentando se manter calma e não gritar com a outra.
Tiffany apenas assentiu e saiu do recinto, deixando a garota
sozinha no quarto. Jessica suspirou. Ela estava ficando sériamente irritada com
relação à Tiffany e suas provocações. Apesar de a garota gostar de provocar os
outros, havia certos momentos em que não era apropriado fazê-lo. Momentos como
este em que Jessica se encontrava. A garota já estava se culpando por ter se
deixado levar pela conversa de Yuri, ela não precisava de alguém lhe culpando
ainda mais. E para piorar, Jessica sabia que as provocações de Tiffany possuíam
um fundo de verdade. Ela passou a mão pelos cabelos, respirando fundo. Tiffany
não fora a única a lhe tirar do sério, TaeYeon acabara de lhe dar uma bronca
por ter ido até a cela de Yuri sem avisar e por ter ameaçado a morena. "Às
vezes eu me esqueço quem é a superior aqui...".
Jessica sabia que TaeYeon estava certa em reclamar, porém
ela não podia evitar em ficar irritada. Jessica possuía o total direito de
entrar naquela cela, e se caso ela quisesse ameaçar Yuri, ela também poderia.
Afinal, ela era a superior de TaeYeon e a filha do chefe do clã. Ela possuía
total direito de matar quem ela quisesse, mesmo se a pessoa fosse a filha do
chefe do clã rival. A questão era... Por que ela não atirou?
– Jessica~! - A garota entrou na cozinha, procurando pela
outra. Logo a encontrou sentada na superfície da mesa, bebendo um copo d'água.
– Me procurando? - Jessica perguntou, um sorriso aparecendo
em seu rosto.
– Eu acordei e você não estava ao meu lado. - Reclamou,
andando em direção à outra.
– Me desculpe... Eu estava com sede.
– Você podia ter me avisado. - Disse, parando em frente à
garota e enlaçando sua cintura. Jessica passou seus braços pelos ombros da
outra, apertando o abraço.
– Eu não queria te acordar. - Explicou. A garota suspirou.
– Tudo bem... Mas você me assustou... - Ela disse, olhando
Jessica nos olhos. - Eu não quero ficar sozinha nessa casa.
– Você não vai. - Disse, sorrindo. - Eu sempre vou estar
aqui ao seu lado para te proteger.
Jessica lembrou o motivo. Ela não poderia matar Yuri, não
agora. Antes ela teria de fazer a garota sofrer. Ela faria a garota sentir o
mesmo que Jessica sentira. Ela faria Yuri chorar a mesma quantidade de lágrimas
que ela chorara. Yuri ficaria sem dormir pelas mesmas quantidades de noites que
ela ficara. E se caso desse sorte, Yuri imploraria para morrer. Um sorriso
maléfico fez seu caminho até o rosto de Jessica. Se fosse preciso esperar, ela
esperaria. Afinal, vingança é um prato que se come frio. Alguém bateu na porta,
tirando Jessica de sua trilha de pensamentos.
– Unnie? - SeoHyun chamou, somente sua cabeça estava para
dentro do quarto.
– Diga, SeoHyun-ah. - Jessica sorriu. SeoHyun franziu o
cenho, mordendo o lábio inferior.
– Er... Temos um problema. - Disse, hesitante. A outra
arqueou as sobrancelhas, interessada. - Eu acho que Kim chamou reforços...