março 18, 2013

Fanfic Ponto De Fusão
Escrita por BellVK
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– Você odeia pessoas como eu, não é?! - Yuri perguntou, levantando-se e caminhando até a outra. Jessica permaneceu imóvel. - Então atire.

Jessica engoliu em seco. Yuri estava perto demais, a arma tocando em seu peito, onde seu coração se localizava. Um pequeno movimento seria capaz de desarmar Jessica. Uma troca de olhares acontecia. Yuri desafiava. Jessica hesitava. A última nunca havia matado ninguém, principalmente quando a pessoa estava olhando em seus olhos. Jessica mordeu o lábio inferior, desviando o olhar para a pistola e voltando-o para Yuri. Ela estava nervosa, porém decidira não mostrar. 

– Eu também odeio pessoas assim. - Murmurou, limpando a garganta em seguida e falando um pouco mais alto. - Eu estou fazendo isso por Yoona. Você me mata, e a deixa ir.

– Não é tão fácil assim, Kwon. - A garota sacudiu a cabeça.

– Por quê, Jung? - Yuri jogou a cabeça para o lado.

– Seu clã procurará vingança...

– Porém você é mais forte, não é?

– Eu estaria indo contra meus ideais...

– Você sempre quis me matar. Isso não é ir contra ideais.

– Meu pai ficaria furioso...

– Ele também deseja a minha morte. - Disse, por fim. Jessica procurava por mais razões, porém nenhuma lhe vinha à cabeça. Yuri sorriu de canto. - Você não quer me matar, Jung.

Jessica apenas bufou. Não importava se a pessoa que estava à sua frente fosse Yuri. Ela nunca conseoguiria matar alguém, não importando seus sentimentos para com a pessoa. Jessica não possuía a coragem de TaeYeon, nem o sangue-frio de Tiffany, muito menos a força de SeoHyun. Ela era a inteligência do clã, a estratégia. Jessica não matava. Ela ordenava que matassem em seu nome. Soltando um suspiro, Jessica abaixou a arma e empurrou Yuri para longe. O que ela não esperava era que a garota a segurasse pelo pulso, fazendo-a cair na cama em cima da outra. Yuri levantou a mão, alcançando o rosto de Jessica e acariciando-o.

– Eu sei por debaixo desse ódio, você ainda sente algo por mim. - Sussurrou, olhando a garota nos olhos. Jessica apenas riu, com escárnio.

– Nos seus sonhos, Kwon. - Disse, saindo de cima da outra garota.

– Você vai continuar negando? Yuri perguntou, apoiando-se nos cotovelos. - Nós duas sabemos o motivo desse ódio todo...

– Eu não quero ouvir suas baboseiras, Kwon. - Jessica cortou, caminhando em direção à porta.

– Jessica! - Yuri chamou, captando a atenção da outra. Jessica girou nos calcanhares, fixando o olhar em Yuri que tinha um sorriso provocante no rosto. - Vamos ver por quanto tempo você aguenta.

Jessica apenas deu de ombros, saindo do recinto. Yuri voltou a se deitar na cama, descansando as costas no colchão e a cabeça no travesseiro. Seu sorriso desaparecia aos poucos. Ela sabia que estava errada, e que piorava o erro a cada dia que se passava. Porém seu orgulho não a deixava revertê-lo, muito menos sua posição em seu clã. Yuri respirou fundo. Antigamente ela acreditava que nunca se tornaria o tipo de pessoa que matava por diversão. Ela estava errada. Yuri era o tipo de pessoa vingativa. O tipo de pessoa que se alguém machucasse um de seus conhecidos, ela iria caçar a pessoa até a morte. E, com o passar do tempo, isso se tornara um passatempo. Yuri levou as mãos aos rosto.

– Como eu me tornei esse tipo de pessoa? - Perguntou a si mesma.

Quando criança, Yuri era o tipo de pessoa brincalhona e extrovertida. Porém, depois de alguns acontecimentos em sua vida. Yuri mudou. Sua personalidade mudou de alegre para séria. Ela passou a proteger todos os seus familiares, como uma forma de se redimir pelo que fizera. Infelizmente, Yuri matava os suspeitos, impedindo-os de se explicarem. Somente uma pessoa escapara de suas mãos, graças à sua vulnerabilidade aos seus sentimentos. Essa pessoa era Jessica Jung. A culpada pela sua pior decisão. A culpada pelas mudanças de humor de Yuri. Jessica tinha razão em odiar Yuri. Seus motivos eram válidos, e até fortes. A morena suspirou.

– Não é possível mudar o passado... - Voltou a falar consigo mesma. - Mas é possível mudar o presente.





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SooYoung olhou mais uma vez para o relógio. Seu nervosismo estava sendo substituído por preocupação. A xícara de café descansava na superfície da mesa, onde a garota tamborilava os dedos. O olhar fixo na tela à sua frente, ela esperava por notícias de Sunny e HyoYeon. Um rádio ficava acoplado ao cinto, que de minuto em minuto mandava um arquivo de áudio para o computador da mansão. Porém, horas se passaram e ela não recebera nada. A garota bufou, tomando mais um gole de seu café. Se algo de ruim tivesse acontecido, algum soldado teria escapado para lhe avisar ou pedir reforços. Entretanto, nem isso chegou a acontecer. Os barulhos de granadas já haviam cessado, restando somente os sons de disparos. SooYoung voltou a bufar. Ela odiava ficar no escuro. Perdendo o resto de paciência que possuía, SooYoung chamou um de seus homens. A espera foi pouca, o homem logo bateu à sua porta.

– SooYoung-ssi. - Ele entrou no quarto, de cabeça baixa.

– NichKhun, você tem notícias dos nossos exércitos? - SooYoung decidiu ir logo ao assunto.

– Sim, senhora. Eles estão considerando bater em retirada. - Respondeu. A outra suspirou, passando a mão pelo cabelo.

– Há possibilidade de mandar outro exército para ajudar? - Perguntou. NichKhun engoliu em seco.

– SooYoung-ssi, eu vou ser sincero. - Ele começou a falar. - O exército de defesa de Jung é maior e mais potente. A maioria de nossos homens estão mortos, enquanto outros foram presos.

– Sunny e HyoYeon? - Indagou, temendo a resposta. NichKhun tomou um gole de ar.

– A última vez que HyoYeon-ssi foi vista... Ela estava sendo arrastada para dentro da mansão. - Respondeu, murmurando a última parte. SooYoung assentiu, controlando suas emoções.

– E Sunny?

– Possivelmente morta. - Disse, num fio de voz.

SooYoung soltou uma exclamação. Sua mão automaticamente cobriu sua boca. Ela sacudiu a cabeça, incrédula."Sunny não pode estar morta!" pensou. Seu olhar voltou a se fixar em NichKhun, encontrando o homem de cabeça baixa. Ela limpou a garganta, recompondo-se. "Ele disse 'possivelmente', então ainda há chance de ela estar viva". Colocando uma feição determinada no rosto, SooYoung levantou da cadeira e andou até a porta. NichKhun afastou-se, dando espaço para a outra passar. Ele sempre mantinha a cabeça baixa, evitando olhar a mulher nos olhos.

– Nós vamos atacar. - Disse. NichKhun apenas assentiu, sem coragem para se opor. - Equipe seus homens com as melhores armas. Eu quero bazucas, fuzis, metralhadoras e, se possível, bombas de gás.

– SooYoung-ssi, você não acha que isso é um pouco demais...? - Sua voz foi morrendo aos poucos. SooYoung girou nos calcanhares e agarrou o outro pela gola da camisa, fuzilando-o com os olhos. Ele engoliu em seco, arrependendo-se por ter falado.

– Eu quero Sunny de volta nesta mansão hoje! - Ela rosnou. - E o corpo de Jung aos meus pés!

– S-sim, senhora. - Ele assentiu. - M-mas...

– Nós vamos atacar e ponto final! - Disse, soltando o outro.

SooYoung voltou a andar, deixando o homem para trás. Ela sabia que estava se precipitando em sua decisão. Porém, ela não aguentava a sensação de insegurança que estava tomando conta de seu ser. Ela estava com medo. Medo de que Sunny estivesse em perigo, ou pior, morta. Somente em pensar na possibilidade de Sunny estar machucada, levava SooYoung à loucura. Ela só queria proteger a menor. Um suspiro escapou de sua boca. Seu trabalho agora era resgatar as garotas e trazê-las de volta. "Eu não vou cometer o mesmo erro!".





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– Yoona, você acha que Yuri está bem? - Sunny perguntou. A outra garota apoiou o queixo nas mãos, pensativa.

– Acho que sim... - Respondeu. - Jung não a machucaria.

– Como você pode ter tanta certeza? - Indagou, arqueando as sobrancelhas.

– Eu fiz um acordo com Jung.

– Ela pode simplismente quebrá-lo. - Sunny disse. Yoona sacudiu a cabeça.

– Não... Ela é uma mulher de palavra. - Ela voltou a deitar a cabeça no travesseiro.

– Yoona...

– Fique calma, Sunny. - A garota interrompeu. - Jung não machucará Yuri.

– Como você pode ter tanta certeza?! - Ela exclamou, repetindo a pergunta anterior. Yoona riu.


– Apenas acredite em mim.

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