dezembro 25, 2013

Fanfic Linha Tênue
Escrita por MyYoona
[+18]



Notas da Autora: Viram que tem capinha? Nhaw hahaha a achei nos tumblrs da vida, então crédito a quem fez rs
Como ainda é dia 25, posso desejar Feliz Natal pra vocês, né? hahaha bem: que vocês tenham ganhado muitos presentes e que tenham comido tanto quanto eu comi hahah

Aqui está um pequeno capítulo especial. Apesar do capítulo ter "natal" no nome, não fala muito dessa data, mas espero que gostem mesmo assim. Coloquei aqui algumas coisas que faltaram nos quatro dessa fanfic ^^

Desculpem qualquer erro que possa aparecer ><



- Ok, calma – A morena inspirou expirou fundo e várias vezes – Vai dar tudo certo. Você é ótima e nenhum outro aluno está tão capacitado quanto você para entrar na Universidade de San Francisco!

- Krystal? Está falando com quem?

Saí do banheiro com a sobrancelha arqueada e parei em frente a ela, que estava de olhos fechados e continuava a falar frases de encorajamento. Virei o notebook para mim e vi que a página do seu e-mail estava aberta e a setinha do mouse parado em cima de um e-mail da USF. Ah, então ela estava com medo de abrir e não ser o que espera?

- Quer que eu veja pra você? – Perguntei e ela abriu os olhos, acenando positivamente com a cabeça – Ok, vamos ao resultado.

Cliquei e uma nova aba se abriu, revelando uma carta escrita em inglês e destinada à minha irmã. Senti um aperto em meu braço e tentei transmitir calma depositando um beijo em sua bochecha esquerda. Nunca fui muito boa nessas coisas, mas estava dando o meu melhor para que ela ficasse bem.

- Informação inútil – Fui abaixando e revirei os olhos ao ver o quanto era grande – Pra quê tanta coisa? Era mais fácil só ter colocado em letras maiúsculas: você foi aceito ou você não foi aceito.

- Fique quieta e ache logo a merda da resposta.

Arquei a sobrancelha para Krystal e voltei minha atenção para o notebook.

- Achei!

- Oh my god, diga logo!

- “Com isso, temos o prazer em dizer que a você, Srta. Krystal Jung, foi aceita em nossa Universidade por conta de suas notas, histórico e recomendações impecáveis.

A aguardamos em nosso escritório para que possa realizar a matrícula. Parabéns e seja bem vinda à Universidade de San Francisco.

Atenciosamente,

Joseph Smith

Reitor.”

Me virei para abraçá-la, mas não fui rápida o suficiente, já que ela já estava pulando e fazendo uns movimentos estranhos com as pernas e os braços no meio do quarto. Ri alto e esperei que seu surto acabasse para que pudesse lhe dar as felicitações.

- Jessi, venha dançar comigo – Falou ofegante e me puxou pela mão – Eu vou morar com você!

Não tive escolha. Fui puxada e tive que aderir à dança esquisita inventada por ela.

Eu estava realmente feliz porque tudo estava dando certo em minha vida: consegui entrar na USF que é uma universidade super conceituada, minha irmã – e agora o meu amor – viria morar comigo e poderíamos ser um casal normal. Bom, se a senhora do prédio vizinho continuasse a nos olhar com cara de assustada, o meu último desejo não se tornaria realidade.

- Ok, vamos nos acalmar e sair para comemorar – Disse quando me joguei na cama e senti o lado esquerdo da cama abaixar e deduzi que ela estivesse deitada ao meu lado – Esse é o seu dia: o que quer fazer hoje?

Normalmente eu gostava de ditar as regras de tudo o que fazíamos, mas como era natal e tínhamos recebido essa notícia tão boa, resolvi que poderia abrir uma exceção e deixá-la fazer a nossa programação do dia.

- Tantas coisas que não teríamos tempo para tudo – Riu.

- Então faça uma lista com as suas prioridades que eu irei tomar banho, ok?

Voltei para o banheiro e continuei o que estava fazendo antes de ser interrompida: tirei a blusa, short, calcinha e entrei no box. Soltei uma exclamação de susto quando a água gelada atingiu minhas costas e logo troquei para quente, relaxando e entrando completamente embaixo do chuveiro. Eu normalmente não demorava nos banhos – esse era trabalho da Krystal – mas eu estava particularmente tensa hoje e calculava que iria ficar debaixo d’água por, no mínimo, meia hora.

Estava tão concentrada em mim mesma que não vi o box ser aberto e outro corpo ocupar o mesmo espaço que o meu. Só senti duas mãos circularem a minha cintura e um beijo ser depositado em meu pescoço, então sorri.

- Eu pensei que queria sair de casa hoje.

- E eu quero – Krys respondeu – Mas eu pensei que poderia tomar banho com você, assim terminaríamos mais rápido.

- Sabe que isso tem grandes chances de não acontecer, não é?

Ela riu.

- Sim, mas estou apostando no nosso autocontrole.

Virei de frente para ela e abracei seu corpo molhado. Sorrimos uma para outra e nossos rostos foram se juntando sem pressa, o que fez com que nosso beijo também fosse calmo; não havia mais necessidade de fazer as coisas com rapidez, com medo de que alguém pudesse nos pegar. Agora era só eu e ela. Podemos fazer o que quisermos, quando e onde quisermos.

Colocaram em mim o apelido de Ice Princess devido a minha falta de paciência e frieza com algumas pessoas e situações, e sou assim mesmo. Mas quando estou com Krystal – principalmente em momentos como este – dou sempre o meu melhor, pois temo que, talvez, ela se canse de mim e queira alguém que seja mais fácil de lidar. Ou simplesmente alguém que possa beijá-la em público, sem medo. Coisa de adolescente, não é? Eu sei.

Desde que descobri que gostava de garotas, comecei a vê-las de outra forma: seus gestos, o jeito com que falam, os olhares e percebi que tudo me encantava. Mas em um dia, mais precisamente quando eu tinha quinze anos, acordei e senti um estalo em minha cabeça quando olhei para Krystal, de repente tudo nela me encantava. Do seu sorriso fácil até a sua mania irritante de me ignorar. Nesse tempo, várias vezes a pergunta “é errado gostar da minha irmã?” tomava conta dos meus pensamentos, mas parei de pensar nisso no momento em que li em um livro a seguinte frase:

“O amor, se puro, é a maior benção que temos em nossa vida.”

Depois disso, aceitei o que estava em mim e decidi que não tentaria nada, mas estaria de braços abertos se ela também sentisse o mesmo. Apesar de ter tido vontade de me declarar em vários momentos – como quando apresentou Kai para a família ou quando vinha me contar de algum menino -, não me arrependo da minha decisão. Sou feliz por tê-la conquistado de forma limpa.

- Jessi?

Saí do meu devaneio e olhei para Krystal, que me encarava com olhos divertidos.

- Já está na Terra novamente?

Sorri.

- Já.

Terminamos nosso banho com algumas provocações por minha parte, mas nada além disso, afinal ainda tínhamos o resto do dia para aproveitar. E enquanto eu secava meu cabelo, ela via algo na internet.

- Tem uma cafeteria perto daqui com boas recomendações – Disse e voltou para terminar de se vestir – Quero dar uma passada lá.

- Como quiser – Coloquei a calça, uma blusa branca de manga longa e o sobretudo preto por cima – Viu o meu sapato preto, Krys?

- Não – Ela respondeu em frente ao espelho – Já tentou ver dentro do guarda-roupa?

- Engraçadinha – Baguncei seu cabelo e ouvi uma reclamação.

Abri a porta e achei no fundo o meu Scapan preto. Resolvi não fazer muito alarde, pois não queria ouvir sermão do tipo “você nunca sabe onde deixa suas coisas” ou “se arrumasse tudo ao invés de jogar pelo chão, acharia coisas sem problemas”, por isso apenas o calcei e fui para o outro espelho começar a fazer a minha maquiagem. Coloquei apenas um lápis, uma sombra clara, um pó para dar um pouco de vida ao meu rosto e um batom não muito chamativo. Joguei meu cabelo para o lado e olhei satisfeita para o espelho.

- Nós só vamos até a cafeteria da esquina, não precisava se produzir assim.

Krystal olhava emburrada para mim e eu olhei para o que estava vestida: calça jeans branca, blusa rosa babylook, blusa de frio colorida e um all star preto. Estava simples, mas linda. Sempre admirei essa sua facilidade em conseguir ficar bonita com qualquer coisa.

- Mas eu estou normal – Respondi confusa.

- Não, está parecendo que acabou de sair de uma sessão de fotos e eu pareço que saí da escola – Sentou-se na cama irritada – Não quero mais ir.

- Está com ciúmes?

Estava achando graça da situação, pois a ciumenta em questão era eu. E estar do outro lado era realmente engraçado.

- Não, estou insegura.

Ah, então é isso?

- Seu medo é de que eu saindo assim te troque pela primeira garota americana que me der uma cantada?

- Exatamente!

- Bom, não está errada...

- JESSICA!

Ri alto e sentei ao seu lado, passando meus braços ao seu redor e a trazendo para perto. Beijei sua bochecha carinhosamente e fiz com que olhasse para mim.

- Isso que você está fazendo é absolutamente desnecessário. Bonitinho, admito, mas desnecessário. Não me interessa o resto das garotas desse país, ok? Tudo o que eu quero está em você. Então acho que você deveria tirar esse bico dos lábios e sair comigo, pois estou realmente com fome.

Krystal mordeu o lábio e pensou por alguns minutos, antes de finalmente levantar.

- Mas não solte a minha mão.

Sorri e entrelacei nossos dedos.

- Nunca pensei o contrário.

                                                                                          ***

- Isso é muito bom!

Sorri ao vê-la fechar os olhos e saborear as panquecas que pedi. Eu bebia o meu café e olhava de vez em quando para as crianças que brincavam no parque que tinha em frente. Será que eu seria uma boa mãe?

- E o que mais tem de legal, aqui?

- Huh?

- Eu perguntei o que tem de interessante para fazer por aqui.

- Ah, não sei – Tomei um gole do café – Não tive saco para sair explorando a cidade ainda.

- Sério? Vamos fazer isso hoje! – Bateu palmas animada e bateu em sua testa em seguida – Esqueci de ligar para mamãe. Aish, ela vai me matar! Já volto, ok?

Ela saiu do estabelecimento e pegou o celular, começando a fazer suas manias: andava em círculos, mexia nos cabelos, olhava as unhas, brincava com os pés e olhava de vez em quando sorrindo para mim. Em uma dessas olhadas, pude ler em seus lábios que ela dizia que omma me mandava um beijo, respondi que mandava outro e ela levantou o dedão para mim, sinalizando que tinha entendido a mensagem. Balancei a cabeça e comi mais um pedaço de panqueca.

- Se eu não tivesse falo que a bateria do celular estava acabando, ela continuaria falando até amanhã – Disse quando voltou a se sentar em minha frente.

- Você sabe bem como ela é...

- Sim, mas canso de me surpreender.

Enquanto ela estava falando ao celular, eu tinha bolado algo em minha cabeça. Queria colocar o plano em prática mais rápido possível... E acho que o momento ideal é agora.

- Ei, vamos até aquela praça?

- Por quê?

- Aish, tem uma coisa lá que eu quero te mostrar – Revirei os olhos e joguei o suficiente em cima da mesa o suficiente para pagar a nossa conta – Vamos.

Segurei em sua mão e a arrastei para fora da cafeteria, correndo para o outro lado da rua e a deixando parada no meio das crianças. Enquanto dava a desculpa de que tinha esquecido o meu celular em cima da mesa, voltei para onde estava, porém saí assim que a vi olhar para o outro lado e começar a admirar as crianças que continuavam a brincar no pequeno playground. Segui calmamente para uma floricultura que havia passado há alguns dias atrás e entrei, comprando uma rosa vermelha apenas e voltando para o lado de Krystal.

Assim que ela me olhou, sabia que eu tinha aprontado algo, pois cerrou os olhos e cruzou os braços.

- O que você fez?

Alarguei o meu sorriso e mostrei a flor que tinha comprado. Nunca tinha feito isso pra ninguém, nem pra minha mãe. Achava piegas e muito brega dar flores como presente e ainda mais fazer o que eu planejei, mas tudo isso muda quando se está apaixonado. Nada é brega o suficiente quando se quer fazer a pessoa amada sorrir.

Agora sim eu entendia o porquê das pessoas pagarem tantos micos por causa disso.

- É pra mim?

- Krystal Jung – Me ajoelhei e ela colocou a mão em frente à boca. As pessoas logo se deram conta do que aconteceria ali e começaram a parar para ver como ia terminar – Sei que não sou a melhor pessoa do mundo e que nosso relacionamento não será fácil como os outros, mas estou disposta a fazer isto dar certo. Se você aceitar estar do meu lado, não terei medo de nada. Enfrentarei o mundo com uma mão se você estiver segurando a outra.

Lhe entreguei a flor e Krystal a pegou, sorrindo e limpando algumas lágrimas que caíam em seu rosto. Agora vinha a grande pergunta! Sei que ela não diria não, mas isso não diminuía o peso e o medo de fazê-la em voz alta.

- Você aceita namorar comigo?

- Claro!

Ela me puxou e me beijou ali mesmo, sob aplausos e gritos de várias pessoas. Não nos importamos com o que poderiam pensar ou fazer, apenas curtimos nosso momento e o prazer de sermos finalmente namoradas. Depois de alguns minutos a multidão de dispersou e nós seguimos pelo parque. Krys ainda segurava a rosa e não tirava o sorriso do rosto, igual a mim.

- Não acredito que você fez isso na frente de todo mundo.

- Não gostou? – Perguntei temerosa pela primeira vez.

- Adorei, babo – Deu um soco fraco no meu ombro – Mas nunca pensei que faria algo assim; não faz o seu estilo.

- Eu sei, mas me tornei oficialmente uma apaixonada. O que significa que terei esses surtos de romântica incorrigível e pagadora de micos de carteirinha ocasionalmente. Acostume-se.

Ela riu alto.

- Acho que posso conviver com isso.

Continuamos a andar em silêncio e quando olhei no relógio vi já estava um pouco tarde, decidi então que era melhor irmos logo para casa. No caminho de volta percebi que ela estava quieta até demais.

- O que está te preocupando?

- E se eles perceberem que somos irmãs? – Perguntou baixo – Não tem medo?

- Krys – Parei e a fiz me olhar – Eu realmente não me importo com o que podem pensar. Mas se isso te conforta, eles acham que nós asiáticos somos todos parentes. Da última vez que vim aqui com a Tiffany pensaram que ela era minha irmã.

Rimos juntas e tirei um pouco da sua preocupação do dia.

***

- Hoje é natal e eu não comprei nada pra você!

Agora eu estava deitada em minha cama e me recusava a olhá-la. Sentia sua mão fazer carinho em minhas costas, mas nada me faria sair da posição que já estava há mais de quinze minutos.

- Mas você não sabia que eu viria, Jessi...

- Não interessa. Eu deveria ter adivinhado, pressentido, sonhado, imaginado, sei lá – Minha voz saía abafada por causa do travesseiro – E por que não me avisou, huh?

- Eu queria que fosse uma surpresa, baby – Krystal respondeu e suspirou – Não precisa de tudo isso.

- Eu sou uma irmã horrível e uma namorada pior ainda!

- Olha pra mim – Ela pediu e eu levantei a cabeça o suficiente para ver o seu rosto a centímetros do meu e um pequeno sorriso se formar em seus lábios – Você já me deu três presentes hoje.

- Quais? – Perguntei confusa. Só me lembrava de um...

- Bom, de madrugada fez amor comigo: um presente que eu agradeço por receber todas as vezes. Depois me deu uma flor e quero que saiba que foi a primeira que recebi em toda a minha vida – Ela falava baixo e distribuía beijinhos por meu rosto e braços, fazendo com que um sorriso aparecesse involuntariamente em meus lábios – E o terceiro que foi o que mais me emocionou: ser sua namorada. Não houve nada material, mas todos eles valeram mais do que qualquer coisa que me comprasse, ok?

É, até que eu não era tão ruim como pensava.

- E que eu me lembre – Tirou o cabelo que cobria a minha orelha e levou sua boca até lá, sussurrando – Ainda tem aquela fantasia de empregada guardada aqui, não é?

Um sorriso malicioso tomou conta do meu rosto e eu inverti as posições rapidamente, ficando por cima. Krystal me encarava da mesma forma e mordia o lábio, apenas esperando o meu próximo movimento.

- Espere cinco minutos – Disse e a beijei com paixão antes de levantar e pegar o embrulho que fica guardado no fundo do guarda-roupa.

Não demorei mais do que o tempo necessário para colocar a fantasia. Retoquei a maquiagem e dei um pouco mais de atenção para os meus olhos, pois sabia que ela gostava deles mais marcados. Coloquei um batom vermelho nos lábios. Queria vê-la toda marcada hoje.

Quando abri a porta, também tive uma surpresa: Krystal estava ajoelhada na cama com uma lingerie preta que me fez salivar ao ver todas as suas curvas expostas daquele jeito para mim. Andei devagar até onde ela estava e subi na cama, ficando em sua frente. Não falamos nada por alguns minutos, apenas apreciávamos a visão que tínhamos. Eu que quebrei todo esse ritual de adoração quando avancei sobre seus lábios e a fiz deitar na cama.

- Achou que só eu teria surpresa? – Perguntou com a voz rouca.

- Fico feliz em saber que não – Respondi depressa e voltei a beijá-la.


Do lado de fora fogos e gritos começaram a se fazer ouvir, mas não ligamos. A verdadeira festa acontecia entre nossas quatro paredes.


Notas Finais: Bom, ela está oficialmente terminada!
Ela deu muito trabalho por se tratar de um shipper não muito comum, mas fiquei feliz com o resultado. Espero que me acompanhem com os novos projetos que postarei aqui ano que vem.
Ah, falando nisso, como tenho quase certeza de que não aparecerei mais aqui, quero desejar um feliz ano novo e um 2014 cheio de comebacks, fanservice e fanfics lindas para todas nós lermos hahaha
 Beijos e obrigada por terem lido ><

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